Se você já participou de uma videochamada em um ambiente pouco iluminado, provavelmente sabe como é frustrante parecer que está “vivendo em uma caverna”. O problema da iluminação insuficiente é universal, afetando profissionais, estudantes e qualquer pessoa que precise aparecer bem em frente à câmera. Pensando nisso, a Apple introduziu no macOS 26.2 beta um recurso chamado Edge Light, que promete melhorar a visibilidade do rosto sem necessidade de luzes físicas adicionais. Mas, se você é usuário de Linux, deve estar se perguntando: existe alguma alternativa Edge Light Linux para alcançar resultados semelhantes?
Neste artigo, vamos explorar o Edge Light, entender como ele funciona, e investigar soluções práticas para quem utiliza Linux. Vamos comparar a abordagem da Apple com o ecossistema open source, mostrando tanto ferramentas existentes quanto “gambiarras” criativas que podem ajudar a iluminar sua face durante chamadas. Ao final, você terá um panorama completo sobre como enfrentar o problema da iluminação no seu desktop Linux.

O que é o Edge Light e por que ele importa?
O Edge Light é uma novidade do macOS que cria uma borda de luz ao redor da tela do Mac para iluminar o rosto do usuário durante videochamadas. Ele funciona de forma dinâmica, utilizando o Neural Engine da Apple para ajustar brilho e temperatura da cor, variando entre tons mais quentes e frios conforme o ambiente. Além disso, ele é inteligente o suficiente para detectar o cursor do mouse e se apagar quando necessário, evitando distrações.
A importância do Edge Light vai além do brilho: ele valida o conceito de iluminação via software, permitindo que usuários obtenham resultados de um ring light físico apenas com o computador e a tela. Para quem participa de reuniões frequentes ou grava conteúdos, isso representa uma grande melhoria sem custos adicionais com hardware.
A busca por um ‘ring light’ de software no Linux
Enquanto o macOS consegue centralizar soluções como o Edge Light graças à padronização de hardware e ao Neural Engine, o Linux enfrenta desafios diferentes. A diversidade de ambientes gráficos (GNOME, KDE Plasma, XFCE) e de servidores gráficos (Wayland vs. X11) torna mais complexo desenvolver uma solução universal de ring light software Linux. Não há um padrão de Neural Engine, e cada distribuição pode ter APIs e restrições distintas para manipular a tela e a webcam.
Além disso, a natureza open source do Linux significa que novas funcionalidades geralmente dependem da iniciativa da comunidade ou de desenvolvedores individuais, em vez de serem integradas de forma nativa pelo sistema.
Alternativas ao Edge Light para usuários Linux
Apesar das limitações, existem caminhos para tentar replicar a funcionalidade do Edge Light no Linux. Vamos explorar três abordagens: soluções dedicadas, scripts e gambiarras, e ajustes via aplicativos de webcam.
Soluções dedicadas (se existirem)
No momento, não há aplicativos oficiais que reproduzam exatamente o Edge Light no Linux, mas é possível encontrar algumas extensões de tela ou plugins que simulam bordas de luz. No GNOME, por exemplo, há extensões que criam janelas flutuantes sem borda que podem ser ajustadas em brilho, enquanto no KDE Plasma, widgets de iluminação podem ser posicionados manualmente ao redor da tela.
Essas soluções são limitadas, mas podem servir como ponto de partida para quem busca uma alternativa mais próxima do ring light via software.
Usando o que já temos: scripts e gambiarras
Se você gosta de criatividade e automação, o Linux permite algumas “gambiarras” eficientes. Uma abordagem simples é abrir uma janela branca em modo fullscreen ou um arquivo de texto em branco e posicioná-la ao redor da webcam, simulando uma luz suave. É possível também criar scripts de shell que utilizem janelas transparentes sobrepostas, ajustando o brilho e a opacidade conforme necessário.
Embora menos elegante que o Edge Light, essa técnica pode melhorar significativamente a iluminação do rosto em videochamadas, sem depender de hardware adicional.
O papel dos aplicativos de webcam
Outra alternativa é explorar o potencial de softwares de webcam avançados. Ferramentas como OBS Studio e Guvcview permitem ajustes de brilho, contraste e gamma em tempo real, oferecendo um efeito semelhante ao de um ring light. Alguns plugins e filtros podem inclusive simular iluminação direcional, compensando a falta de luz natural ou artificial.
Essa abordagem não cria uma borda luminosa na tela, mas é prática e integrada ao fluxo de chamadas, sendo uma opção viável para quem deseja melhorar a aparência nas reuniões sem complicações.
O futuro: o Linux precisa de um ‘Edge Light’ nativo?
Diante do lançamento do Edge Light, surge a pergunta: será que projetos como GNOME ou KDE deveriam desenvolver algo similar nativamente? Os benefícios seriam claros, conveniência, integração com chamadas e consistência visual , mas também existem desafios: consumo de bateria, complexidade de implementação e fragmentação de ambientes.
Ainda assim, considerando que videochamadas se tornaram rotina para milhões de usuários, é possível que a comunidade open source comece a explorar soluções mais refinadas de iluminação via software nos próximos anos.
Conclusão: iluminando o caminho no open source
O Edge Light representa um avanço interessante no macOS, mostrando como a iluminação do rosto pode ser otimizada via software sem precisar de hardware adicional. No Linux, o caminho é diferente: a diversidade de distribuições e ambientes gráficos exige soluções criativas, que vão desde extensões e widgets até scripts personalizados e ajustes via aplicativos de webcam.
Embora menos elegante, essas alternativas permitem que qualquer usuário Linux participe de videochamadas com melhor iluminação, provando que o open source também tem suas formas de iluminar o caminho, mesmo que seja com criatividade e improviso. E você? Como você resolve a iluminação em suas videochamadas Linux? Esqueceu alguma ferramenta ou script? Compartilhe suas dicas nos comentários!
