Correção para o bug da “tela preta” de Linus Torvalds já está a caminho do Linux 6.17

Correção do DSC elimina tela preta e destrava o 6.17!

Escrito por
Emanuel Negromonte
Emanuel Negromonte é Jornalista, Mestre em Tecnologia da Informação e atualmente cursa a segunda graduação em Engenharia de Software. Com 14 anos de experiência escrevendo sobre...

Menos de 24 horas após Linus Torvalds relatar uma tela preta no boot em sua máquina com GPU AMD, a equipe da AMD agiu rápido: Alex Deucher submeteu o “amdgpu drm-fixes-6.17” com a correção específica no caminho de DSC (Display Stream Compression). A mensagem do pull deixa claro: o pacote “inclui o fix do DSC para o Linus”, sinalizando que o problema foi identificado e endereçado com prioridade.

A causa do problema: uma falha no Display Stream Compression (DSC)

A raiz da regressão estava em um divide by zero (divisão por zero) no código de display do amdgpu ao calcular parâmetros ligados ao DSC — tecnologia de compressão “visualmente sem perdas” usada para viabilizar resoluções e taxas de atualização muito altas sem estourar a largura de banda de interfaces como DisplayPort. Em termos simples: quando um parâmetro indevido chegava a zero, o driver errava o cálculo e o sistema podia iniciar com a tela apagada. A correção adiciona as validações necessárias e evita o cenário que levava à falha.

O que muda para os usuários

Para quem acompanha os -rc do kernel, a mensagem é direta e positiva: a amdgpu bug fix já foi enviada para o ciclo do Linux 6.17. Assim que esse conjunto de correções for integrado, as instalações afetadas pelo sintoma de tela preta no início do boot — especialmente em setups que usam DSC — devem voltar ao comportamento esperado, permitindo que o desenvolvimento do kernel siga sem esse bloqueio crítico.

Outras melhorias incluídas no pacote

Embora o foco seja o DSC, o mesmo pull traz ajustes de manutenção que fortalecem o stack gráfico da AMD: correções para backlight, PSR, caminhos atômicos, resets do DC, melhorias em userq, mapeamentos do MMHUB e suporte a um novo “kicker” de firmware para GPUs mais recentes. É uma rodada rotineira de estabilização que chega junto com a entrega crítica que resolve a tela preta.

A velocidade e a transparência com que tudo aconteceu — do relato público ao envio do patch — mostram o kernel open source em seu melhor: colaboração direta entre mantenedores e correção ágil de uma regressão que poderia atrasar o lançamento do Linux 6.17 para usuários com GPUs Radeon.

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