A Apple está pronta para aprofundar sua parceria estratégica com a Samsung Display, planejando uma grande expansão do uso de telas OLED para além dos iPhones e do iPad Pro. Segundo um relatório recente da Bloomberg, dispositivos como o iPad Air, iPad Mini e até mesmo o MacBook Air estão na fila para receber a tecnologia de tela superior. A medida promete elevar a qualidade de imagem e a experiência do usuário, mas também pode impactar o preço final desses produtos.
A adoção de painéis OLED da Samsung representa um passo importante na estratégia da Apple de oferecer displays mais brilhantes, com cores mais vibrantes e melhor eficiência energética. Com o avanço dessa tecnologia, a empresa reforça sua dependência de fornecedores especializados, especialmente após os problemas legais enfrentados pela chinesa BOE, concorrente que agora enfrenta restrições nos Estados Unidos.
Neste artigo, detalhamos o cronograma previsto para essa transição, analisamos os impactos nos preços e discutimos o contexto crítico da cadeia de suprimentos que coloca a Samsung Display e a LG em posição estratégica.

Roteiro do OLED: iPad Mini e Air são os próximos da fila
O iPad Mini surge como o primeiro candidato a receber tela OLED fora da linha iPad Pro, com lançamento previsto já para o próximo ano. Segundo a Bloomberg, a atualização promete melhorar significativamente a qualidade de imagem, mas deve vir acompanhada de um aumento de preço considerável, estimado em cerca de US$ 100 a mais em relação à versão atual com display LCD.
iPad Air e o dilema do iPad básico
O iPad Air também está no cronograma de transição para OLED, mas de forma mais gradual. Relatórios indicam que os modelos de iPad Air não receberão a tecnologia imediatamente no início de 2025, sinalizando um cronograma mais longo. Por outro lado, o iPad básico de entrada provavelmente continuará com telas LCD por um período considerável, uma decisão que visa manter os custos baixos e preservar a acessibilidade do dispositivo para o público geral.
A expansão do OLED no iPad Air e Mini demonstra a intenção da Apple de democratizar a tecnologia de ponta, levando contraste mais profundo, cores mais precisas e pretos verdadeiros para mais usuários além do público premium do iPad Pro.
A grande mudança: MacBook Air com tela OLED previsto para 2028
A adoção de OLED no MacBook Air é prevista para um horizonte mais distante, estimado para 2028. A transição para telas OLED em laptops é mais complexa do que em tablets ou smartphones devido a fatores como custos elevados de painéis maiores, desafios de durabilidade e risco de burn-in em interfaces com elementos estáticos, comuns em desktops e notebooks.
Apesar desses desafios, a chegada do OLED no MacBook Air promete transformar a experiência do usuário, oferecendo contraste infinito, pretos mais profundos e eficiência energética aprimorada em tarefas específicas, como reprodução de conteúdo multimídia ou navegação em interfaces escuras.
Samsung e LG se fortalecem com banimento da BOE nos EUA
Historicamente, a Apple utiliza Samsung Display, LG Display e, mais recentemente, a chinesa BOE como fornecedores de painéis. No entanto, a BOE foi banida de vender seus painéis nos Estados Unidos pela Comissão de Comércio Internacional (ITC), após ser considerada culpada de infringir patentes de tecnologia OLED da Samsung. Essa decisão reforça a posição estratégica da Samsung e da LG como fornecedores essenciais para os futuros lançamentos da Apple.
O impacto da dependência da Apple
Com a BOE fora do mercado americano, a Apple se torna ainda mais dependente da Samsung Display e da LG para fornecer milhões de painéis OLED necessários para suas próximas gerações de iPad e MacBook. Essa dependência também implica em maior vulnerabilidade a variações de preço e capacidade de produção desses fornecedores, um fator crítico para a estratégia de expansão do OLED em toda a linha de produtos.
Conclusão: O futuro é OLED, mas ele terá um custo
A transição da Apple para OLED em iPads e MacBooks parece inevitável, trazendo qualidade de imagem superior e experiência mais imersiva para os usuários. No entanto, essa melhoria tecnológica terá um custo, tanto em termos de investimento e desenvolvimento para a Apple, quanto no preço final pago pelos consumidores.
A expansão do OLED no iPad Mini, iPad Air e MacBook Air evidencia uma tendência clara: a tecnologia de display que já conquistou os smartphones premium está prestes a dominar os tablets e laptops da Apple, redefinindo expectativas de qualidade visual e consumo de energia.
Você acha que a melhoria da tela OLED justifica um aumento de preço em dispositivos como o iPad Mini e o MacBook Air? Deixe sua opinião nos comentários.
