Mercado móvel

Apple pode subir preço do iPhone 17 — e isso afeta também usuários de Android

iPhone 17 Pro

A Apple está considerando reajustar os valores da sua próxima geração de smartphones, a linha iPhone 17, prevista para setembro. Embora os detalhes oficiais ainda não tenham sido revelados, rumores indicam que os preços podem subir em todos os modelos — uma decisão que, surpreendentemente, afeta até os usuários de smartphones Android.

Apple pode subir preço do iPhone 17 — e isso afeta também usuários de Android

iPhone 17 Pro

A justificativa da Apple: design e inovação

Segundo informações divulgadas pelo The Wall Street Journal, o aumento de preços não será oficialmente atribuído às tarifas comerciais impostas a produtos chineses, mas sim à inclusão de novos recursos e possíveis mudanças de design nos próximos iPhones. A empresa parece disposta a convencer o consumidor de que o custo extra se justifica por melhorias tangíveis.

Embora as tarifas americanas aplicadas durante o governo Trump — como a taxa de 20% sobre produtos importados da China — permaneçam ativas, os smartphones continuaram isentos de tarifas recíprocas, mesmo com algumas delas chegando a 125% recentemente.

A Apple tem feito esforços para diversificar sua cadeia produtiva, tentando reduzir sua dependência da China. A Índia surge como alternativa estratégica, mas ainda carece da estrutura necessária para assumir uma produção em escala comparável. Assim, os modelos mais avançados da próxima geração, como o iPhone 17 Pro e Pro Max, ainda devem sair majoritariamente das fábricas chinesas.

Impacto indireto: Android mais caro

A possível elevação no preço do iPhone não deve ficar restrita ao ecossistema Apple. Historicamente, as marcas de Android utilizam os preços da gigante de Cupertino como referência, especialmente no segmento de celulares premium. Atualmente, o iPhone básico parte de US$ 829 (ou US$ 799 com subsídio de operadoras), enquanto a linha Pro começa em US$ 999.

Para manter competitividade, fabricantes de Android tradicionalmente operam com margens menores e recorrem a estratégias alternativas, como a pré-instalação de aplicativos de terceiros (os chamados bloatwares), para compensar custos. Com um iPhone mais caro no mercado, essas empresas terão maior liberdade para aplicar aumentos nos seus próprios produtos — sem perder a percepção de “bom custo-benefício”.

Além disso, marcas como Samsung, Xiaomi e Motorola também enfrentam o peso das tarifas, oscilações cambiais e custos logísticos, que podem influenciar ainda mais a formação de preço. Se a Apple abrir esse precedente, é provável que a indústria como um todo acompanhe o movimento — e isso significa que os smartphones Android também devem pesar mais no bolso.

Um efeito em cadeia inevitável

O padrão é claro: quando a Apple lidera uma tendência, o mercado segue. Isso inclui design, recursos de software e, agora, potencialmente, os preços. O iPhone 17 ainda não foi anunciado oficialmente, mas se a previsão de reajuste se confirmar, os consumidores de todas as plataformas devem se preparar para uma nova rodada de aumentos generalizados no setor mobile.