Se você já teve medo de perder suas conversas do WhatsApp ao trocar de celular, ou desistiu de ativar o backup criptografado de ponta a ponta por causa daquela senha de 64 dígitos impossível de lembrar, boas notícias estão a caminho.
O WhatsApp acaba de anunciar uma grande mudança que promete tornar a segurança dos backups muito mais simples e acessível: a adoção das chaves de acesso (passkeys) no lugar da tradicional chave de 64 caracteres.
Com isso, o aplicativo dá um passo importante para unir segurança de nível máximo e facilidade de uso. Neste artigo, você vai entender o que muda, por que essa atualização é crucial para a proteção dos seus dados e como ativar o novo backup criptografado WhatsApp com apenas um toque — ou até com o seu rosto.
Manter o backup seguro sempre foi um desafio. Agora, o WhatsApp promete resolver isso de forma definitiva, permitindo que você use biometria ou PIN do dispositivo para proteger seu histórico de conversas — sem complicações.
O problema do método antigo: a chave de 64 dígitos

Até recentemente, quem desejava ativar o backup criptografado de ponta a ponta no WhatsApp precisava criar uma chave de 64 dígitos. Essa chave servia como a única forma de desbloquear o backup salvo na nuvem (Google Drive ou iCloud), garantindo que nem o WhatsApp nem o provedor de nuvem tivessem acesso às mensagens.
Embora extremamente segura, essa solução tinha um grande problema: era pouco prática. Memorizar 64 caracteres aleatórios é praticamente impossível, e anotá-los em algum lugar físico ou digital gerava o risco oposto — de alguém acessar suas conversas privadas.
Como resultado, muita gente simplesmente optava por não ativar a criptografia, deixando o backup acessível aos provedores de nuvem. Isso comprometia a privacidade completa das mensagens, já que, em tese, essas empresas poderiam ter acesso ao conteúdo do backup.
Com o tempo, a segurança ideal se tornou uma escolha difícil: ou a pessoa aceitava a complexidade da chave de 64 dígitos, ou mantinha seu backup vulnerável. Essa barreira finalmente chegou ao fim.
A solução: backups seguros com chaves de acesso (passkeys)
O WhatsApp anunciou oficialmente que passará a suportar chaves de acesso (passkeys) para a proteção de backups criptografados. A mudança é parte de uma tendência global em direção a uma autenticação mais segura e sem senhas, já adotada por empresas como Google, Apple e Microsoft.
O que são chaves de acesso (passkeys)?
De forma simples, passkeys são um novo padrão de autenticação que substitui senhas tradicionais. Elas utilizam a própria segurança do dispositivo — como impressão digital, reconhecimento facial ou código de desbloqueio — para verificar a identidade do usuário e permitir o acesso a dados sensíveis.
A grande diferença é que a passkey nunca é digitada ou compartilhada: ela fica armazenada com segurança no hardware do aparelho e é protegida por criptografia avançada. Ou seja, mesmo que alguém descubra sua senha do Google Drive ou iCloud, não conseguirá acessar seu backup do WhatsApp.
No caso do WhatsApp, a passkey substitui completamente a chave de 64 dígitos usada até então.
Por que isso é mais fácil e mais seguro?
A principal vantagem está na usabilidade. O usuário não precisa mais memorizar nada, nem lidar com longos códigos aleatórios. Basta usar o mesmo método que já utiliza para desbloquear o celular — biometria, PIN ou reconhecimento facial — e o backup será protegido automaticamente.
Do ponto de vista técnico, as chaves de acesso também são muito mais seguras contra ataques de phishing e engenharia social, já que não podem ser copiadas, interceptadas ou reutilizadas fora do dispositivo original.
Em resumo, com as passkeys, o backup seguro do WhatsApp finalmente se torna fácil e acessível para todos.
Como ativar o novo backup criptografado com chave de acesso
A nova opção está sendo disponibilizada de forma gradual, mas ativar o backup criptografado WhatsApp com passkey será muito simples. Veja o passo a passo:
- Abra o WhatsApp no seu celular.
- Toque nos três pontos (Android) ou em Ajustes (iPhone).
- Vá até Conversas.
- Selecione Cópia de segurança do chat.
- Toque em Cópia de segurança encriptada de ponta a ponta.
- Escolha a nova opção Usar chave de acesso (passkey).
- Siga as instruções na tela para confirmar com sua biometria ou PIN.
Pronto! Seu backup agora estará protegido de ponta a ponta — sem precisar decorar códigos.
Nota importante sobre o rollout
O WhatsApp informou que essa novidade está sendo implementada gradualmente ao longo das próximas semanas e meses.
Isso significa que nem todos os usuários verão a opção imediatamente, mas ela deve aparecer em breve tanto para Android quanto para iOS.
Para garantir que você receba a função o quanto antes, mantenha seu aplicativo sempre atualizado na Google Play Store ou na App Store.
O que isso muda na prática para sua segurança?
Com a adoção das passkeys, o backup criptografado WhatsApp deixa de ser um recurso técnico voltado apenas para usuários avançados e passa a ser uma função essencial e acessível para todos.
O WhatsApp reforça que a mesma criptografia de ponta a ponta que protege suas conversas e chamadas agora também é aplicada aos backups armazenados na nuvem. Assim, mesmo que alguém consiga acessar seu Google Drive ou iCloud, os dados permanecerão inacessíveis sem a autenticação biométrica.
Essa atualização marca o fim definitivo da era das senhas impossíveis e o início de uma nova fase, em que segurança e simplicidade finalmente caminham juntas.
Se você se preocupa com sua privacidade, verifique agora nas configurações do seu WhatsApp se a opção de chave de acesso (passkey) já está disponível. Em poucos segundos, você poderá proteger todo o seu histórico de conversas de forma mais moderna e segura.
Conclusão
O WhatsApp está, enfim, simplificando um dos recursos mais importantes de privacidade digital. Ao substituir a antiga chave de 64 dígitos por chaves de acesso (passkeys), o app torna o backup criptografado de ponta a ponta algo verdadeiramente universal.
É uma mudança que combina tecnologia de ponta com usabilidade real — e que aproxima o mensageiro de um futuro onde segurança não depende de memória, mas sim de confiança no seu próprio dispositivo.

 
			 
		 
		 
		 
		 
		