A verdadeira revolução da inteligência artificial não está acontecendo apenas nos servidores da nuvem ou nos grandes data centers. Ela está prestes a explodir diretamente no nosso bolso, dentro de cada smartphone que usamos diariamente. Segundo o mais recente relatório da Counterpoint Research, as remessas de chips com IA generativa devem crescer 74% em 2025, marcando uma virada histórica no mercado de dispositivos móveis.
- O que são chips com GenAI e por que eles importam?
- Os números não mentem: o domínio da IA no mercado de smartphones
- Não é só para os caros: a IA chega com força ao segmento intermediário
- O que esperar no futuro? O impacto prático da GenAI no seu bolso
- Conclusão: a era da inteligência artificial embarcada apenas começou
Neste artigo, vamos detalhar o que esses números realmente significam, quais empresas estão liderando essa corrida tecnológica e, principalmente, como essa nova geração de processadores vai transformar a experiência prática dos usuários de smartphones.
Estamos saindo de uma fase em que a IA nos celulares era um recurso limitado a truques de software e caminhando para uma era de processamento nativo. Isso significa mais velocidade, mais privacidade e mais recursos inteligentes funcionando diretamente no aparelho, sem depender da nuvem.

O que são chips com GenAI e por que eles importam?
De forma simples, os chips com GenAI são processadores equipados com unidades especializadas, chamadas NPUs (Neural Processing Units), projetadas para acelerar tarefas de inteligência artificial.
Tradicionalmente, a IA em smartphones dependia de servidores na nuvem para realizar cálculos pesados. Isso exigia conexão com a internet, resultava em maior consumo de energia, atrasos e até riscos à privacidade dos dados.
Com o processamento on-device, tudo muda. Entre as vantagens estão:
- Menor latência: respostas instantâneas, já que os cálculos são feitos dentro do aparelho.
- Maior privacidade: os dados permanecem no dispositivo, sem precisar ser enviados para servidores externos.
- Funcionalidade offline: recursos de IA continuam funcionando mesmo sem internet.
Essa mudança não é apenas técnica, mas estrutural: abre caminho para novas formas de interação com os smartphones, muito mais fluidas e personalizadas.
Os números não mentem: o domínio da IA no mercado de smartphones
O relatório da Counterpoint Research mostra que 2025 será um divisor de águas. As vendas de chips com IA generativa vão disparar, refletindo uma aposta massiva das fabricantes no potencial da tecnologia.
O pódio dos fabricantes: Apple, Qualcomm e MediaTek
A liderança da corrida está clara:
- Apple: 46% de participação, impulsionada pelo chip A19 Pro, que estreará no próximo iPhone.
- Qualcomm: 35%, liderando o setor Android com o Snapdragon 8 Elite Gen 5, projetado para entregar IA avançada em tempo real.
- MediaTek: 12%, apostando no Dimensity 9500, que combina eficiência energética e poder de IA.
Cada empresa segue uma estratégia distinta. A Apple foca em integração total entre hardware e software, a Qualcomm aposta em desempenho bruto e diversidade de modelos Android, enquanto a MediaTek se concentra em custo-benefício e adoção mais ampla.
O segmento premium puxa a fila
Outro dado relevante: 88% dos chipsets premium em 2025 terão suporte nativo a GenAI, um crescimento de 53% em relação a 2024. Ou seja, praticamente todos os novos smartphones topo de linha terão recursos avançados de IA embarcada.
Não é só para os caros: a IA chega com força ao segmento intermediário
O mais empolgante é que a revolução não ficará restrita aos modelos de US$ 1.000 ou mais. O relatório aponta que o maior crescimento da GenAI estará no segmento intermediário (US$ 300 a US$ 499), com expansão de três vezes em relação ao ano anterior.
Isso representa a verdadeira democratização da tecnologia: funções antes exclusivas dos celulares mais caros estarão acessíveis a um público muito mais amplo.
Chips como as séries Snapdragon 7 e 6 da Qualcomm e a linha Dimensity 8000 da MediaTek são os principais responsáveis por essa tendência. A Qualcomm, em particular, lidera esse mercado com 57% de participação no segmento intermediário.
O que esperar no futuro? O impacto prático da GenAI no seu bolso
Se os números são impressionantes, o impacto no dia a dia do usuário é ainda mais transformador. Os chips com IA generativa permitirão recursos como:
- Assistentes virtuais muito mais inteligentes: capazes de entender contexto, hábitos e até emoções, oferecendo respostas personalizadas.
- Edição de fotos e vídeos em tempo real: com qualidade quase profissional, sem precisar de aplicativos pesados.
- Tradução simultânea de idiomas: funcionando de forma fluida e offline, ideal para viagens e reuniões internacionais.
- Recursos de acessibilidade aprimorados: como leitura em voz alta instantânea, legendas automáticas e reconhecimento de objetos.
- Sumarização de textos e e-mails: tudo feito diretamente no dispositivo, sem depender da nuvem.
Na prática, isso significa que o smartphone se tornará não apenas mais rápido, mas um verdadeiro assistente pessoal avançado, pronto para apoiar em tarefas complexas de forma instantânea.
Conclusão: a era da inteligência artificial embarcada apenas começou
O relatório da Counterpoint deixa claro: 2025 será lembrado como o ano em que os chips com IA generativa se tornaram padrão nos smartphones. A liderança da Apple, a força da Qualcomm e a estratégia acessível da MediaTek mostram que o mercado está totalmente alinhado nessa direção.
Com a chegada massiva da tecnologia ao segmento intermediário, a IA deixará de ser um luxo e passará a ser parte do cotidiano de milhões de usuários.
Estamos apenas no começo dessa transformação. A questão agora é: qual recurso de IA generativa você está mais ansioso para ter no seu próximo smartphone? Compartilhe sua opinião nos comentários!