Prisão hacker

Hacker por trás de vazamento de dados nos EUA é preso em operação no Brasil

Um hacker brasileiro, conhecido como USDoD, foi preso na Operação Data Breach, acusado de invasões a sistemas públicos dos EUA e de vender dados sigilosos.

Imagem com o nome hacker em destaque

Um hacker notório, conhecido como USDoD, foi preso pela Polícia Federal brasileira durante a “Operação Data Breach”, após estar envolvido em vários vazamentos de dados, incluindo os sistemas da National Public Data e InfraGard.

USDoD, que também utiliza o pseudônimo EquationCorp, ganhou notoriedade por realizar brechas em sistemas de segurança de alta visibilidade, divulgando dados roubados em fóruns de hackers e provocando suas vítimas. Entre os casos mais emblemáticos está a invasão da InfraGard, um portal de compartilhamento de informações sobre ameaças, ligado ao FBI, além do ataque ao sistema National Public Data, onde informações pessoais e números de seguridade social de milhões de cidadãos americanos foram expostos.

Venda de dados e reconhecimento público

USDoD tentou vender os dados da National Public Data em plataformas de hackers, mas foi a partir de uma ação contra a empresa de cibersegurança CrowdStrike que ele começou a enfrentar mais pressão. O hacker vazou uma lista interna da CrowdStrike com atores de ameaças, o que resultou em um relatório da própria empresa revelando sua identidade. Segundo o relatório, ele seria um brasileiro de 33 anos, identificado como Luan BG.

Em uma entrevista ao site HackRead, USDoD confirmou que o relatório estava correto e que vivia no Brasil, ironizando que outras empresas já tinham desvendado sua identidade antes mesmo da invasão à InfraGard.

Operação data breach e prisão

Imagem de hacker sendo preso

A Polícia Federal do Brasil, com base nessas informações, anunciou a prisão de USDoD em Belo Horizonte/MG. A “Operação Data Breach”, como foi nomeada, visou investigar invasões a sistemas da própria Polícia Federal e de outras instituições internacionais. A operação resultou na execução de mandados de busca, apreensão e prisão preventiva contra o suspeito, que foi associado a publicações vendendo dados da Polícia Federal, em eventos ocorridos em 2020 e 2022.

A polícia confirmou que o suspeito se vangloriava de várias invasões cibernéticas em diversos países, incluindo o vazamento de dados sensíveis de 80 mil membros do InfraGard, que atua como parceria entre o FBI e entidades privadas de infraestrutura crítica nos EUA.