Linux, macOS ou Windows: qual funciona melhor no universo das criptos

Linux, macOS ou Windows: qual funciona melhor no universo das criptos

O mercado de tecnologia é o habitat natural das criptomoedas – moedas digitais descentralizadas baseadas no blockchain, que utilizam criptografia para garantir transações seguras e transparentes. Portanto, este artigo se propõe a analisar como o domínio de Linux, macOS e Windows é percebido e valorizado, especialmente para profissionais de Bitcoin e cripto.

Com a dinâmica pouco convencional em comparação ao mercado financeiro tradicional e analógico, desenvolvedores e mineradores de criptomoedas enfrentam decisões cruciais que podem impactar significativamente seu sucesso. Uma dessas escolhas envolve a opção pelo sistema operacional ideal para suas operações. Aliás, faz todo sentido lembrar que quando o Bitcoin surgiu, em 2009, a obtenção desse ativo era muito difícil por exigir habilidades específicas em computação. Hoje, há meios simples sobre como ganhar Bitcoins até mesmo de graça.

A seguir, vamos analisar as vantagens e desvantagens de três dos principais sistemas operacionais – Linux, macOS e Windows – do ponto de vista dos desenvolvedores e mineradores de Bitcoin, proporcionando uma visão apurada sobre os prós e contras de cada um no contexto das criptomoedas, tanto no que diz respeito à mineração como também sobre o desenvolvimento de soluções em blockchain.

Linux no âmbito das criptomoedas

O Linux se notabilizou como a escolha preferida dos mineradores de Bitcoin em função da sua estabilidade, desempenho e flexibilidade. A natureza de código aberto desse sistema operacional – pouco popular entre os usuários domésticos, diga-se de passagem – permite uma experiência de uso personalizada do sistema para maximizar a eficiência da mineração. Outro ponto muito importante a ser destacado: a eficiência do Linux em ambientes de servidor garante que ele possa lidar com operações de mineração intensivas sem falhas frequentes.

Vantagens do Linux para Mineração

Desempenho Superior: uso eficiente de recursos; ideal para operações de mineração intensivas;

Estabilidade/uptime: alta estabilidade com menor tempo de inatividade;

Segurança: menor suscetibilidade a malwares e invasões, fator primordial na proteção de criptomoedas;

Investimento: gratuito, o Linux reduz os custos operacionais.

Desvantagens do Linux para Mineração

Vida dura para iniciantes: exige conhecimentos técnicos para configuração e manutenção;

Suporte de Software: algumas aplicações de mineração podem não estar disponíveis para Linux, embora isso seja completamente sanado em um futuro próximo.

macOS: pouco convencional, mas não menos eficiente

Embora menos comum quando o assunto é programação, o macOS também é usado para mineração de Bitcoin – principalmente quando lidamos com operadores domésticos. Os dispositivos da Apple oferecem uma interface de usuário intuitiva e experiência bastante focada no design. Por sua vez, apesar de sua reconhecida qualidade e segurança, a linha de computadores da marca da maçã impõe uma capacidade de investimento maior que seus principais concorrentes.

Vantagens do macOS para Mineração

Interface: fácil de usar e configurar, um iMac ou MacBook quase te “pegam pela mão”;

Segurança: ponto alto dos computadores inventados por Steve Jobs, cuja proteção contra malwares e ataques respondem por muitas decisões de compra de um gadget da Apple.

Base Unix: ao compartilhar uma base Unix com Linux, isso facilita a execução de alguns scripts e ferramentas.

Desvantagens do macOS para Mineração

Vai doer no bolso: computadores Apple são significativamente mais caros, ainda mais com o dólar nas alturas;

Flexibilidade baixa: personalizável praticamente zero, sendo um grande contraste em relação ao Linux;

Opções limitadas: as opções de software de mineração compatíveis são escassas.

Windows: Compatibilidade x Riscos

Não é surpresa para quase ninguém que o Windows é amplamente utilizado devido à sua enorme adesão e ampla compatibilidade com softwares de mineração. No entanto, há muito o que melhorar em termos de segurança e eficácia. Porém, isso não impede sua expressiva fatia de mercado em relação aos demais por questões triviais. Segundo a International Data Corporation (IDC), uma das líderes de pesquisa de mercado no setor, foram vendidos quase 60 milhões de PCs em todo o mundo no primeiro trimestre deste ano.

Vantagens do Windows para Mineração

Intimidade com as janelas: fácil de usar para a maioria dos usuários;

Compatibilidade de Software: ampla gama de softwares de mineração, além de extensa documentação e suporte disponíveis.

Desvantagens do Windows para Mineração

Segurança aquém do ideal: o Windows sofre com muita vulnerabilidade a malwares e ataques;

Desempenho: em termos de eficiência e estável, quase sempre perde para o Linux;

Custo: para se ter um sistema operacional Windows de forma legal, o usuário precisará abrir a carteira.

Desenvolvimento de Soluções em criptomoedas com Linux, macOS e Windows

Para a maioria dos desenvolvedores, o Linux é quase sempre a principal escolha no que diz respeito à sua flexibilidade, segurança e robustez. A vasta quantidade de ferramentas de desenvolvimento disponíveis para esse sistema operacional – cuja primeira versão oficial veio ao mundo em 1991 –, além da formação de uma engajada comunidade de desenvolvedores, justificam a escolha do Linux na construção de soluções baseadas em Bitcoin.

Apesar de caro e inúmeras limitações para personalizar seu funcionamento, os computadores que rodam macOS têm como grande diferencial suas poderosas ferramentas de desenvolvimento, como o Xcode. A base Unix do sistema operacional rodado nas badaladas máquinas da Apple também facilita a portabilidade de aplicações entre macOS e Linux, o que se configura como vantagem significativa. Porém, será sempre uma opção de elevado investimento, que traz seus benefícios, sendo a segurança o maior deles – algo essencial no âmbito das operações financeiras com blockchain.

Por fim, o bom e velho Windows segue amplamente utilizado e se destaca por oferecer uma vasta gama de ferramentas de desenvolvimento. Vale lembrar que o Visual Studio, um dos IDEs mais avançados disponíveis, se notabiliza como grande vantagem para desenvolvedores que trabalham no ecossistema do sistema operacional da Microsoft.

Um dado interessante e que ilustra bem a primazia da maior das criações de Bill Gates: segundo a empresa de estatísticas digitais StatCounter, o Windows é o líder absoluto entre usuários de desktops, ao responder por 82,68% do mercado de sistemas operacionais. Porém, a segurança limitada segue sendo um problema crônico.

O que não podemos deixar de reforçar é que a escolha do sistema operacional para mineradores e desenvolvedores de criptomoedas depende, em linhas gerais, de fatores como necessidades específicas, nível de habilidade técnica e orçamento. Por tudo o que foi exposto acima, o Linux se destaca como a melhor escolha para aqueles que procuram flexibilidade, segurança e desempenho, especialmente em ambientes de mineração e desenvolvimento intensivo.

No caso da Apple (macOS), a escolha vai pesar para quem não abre mão de uma interface intuitiva e grafismos modernos, além de ferramentas de desenvolvimento reconhecidas pela alta capacidade de entrega, estabilidade e segurança. Por fim, o Windows, que inegavelmente lidera com sobras em relação aos seus principais concorrentes, se destaca pela ampla compatibilidade de software e facilidade de uso. Porém, quando o assunto são criptomoedas, segurança é tudo; e o sistema operacional da Microsoft perde nesse quesito para Linux e macOS.

Quem vence a disputa: Linux, macOS ou Windows?

Levando em conta todos os quesitos apontados sobre capacidades especificadas para o universo das criptomoedas, o Linux fica à frente de Windows e macOS por aliar segurança e custo zero de operação. No geral, o que pesa será sempre a necessidade de o usuário dispor de habilidades avançadas.

Aliás, para quem quer crescer neste mercado no que diz respeito a desenvolvedores de aplicações de criptomoedas, vale ressaltar que as empresas que operam grandes data centers, desenvolvem software open-source ou trabalham com infraestrutura de rede frequentemente procuram aqueles que dominam o Linux. O mesmo vale para as áreas de segurança cibernética, DevOps e administração de sistemas. Profissionais com certificações como Red Hat Certified Engineer (RHCE) ou Linux Professional Institute Certification (LPIC) são altamente valorizados. Fica a dica.