A desvalorização do iPhone Air está surpreendendo até os consumidores mais experientes do ecossistema Apple, já que um produto da marca costuma preservar valor por muito mais tempo, especialmente nos primeiros meses após o lançamento. Segundo dados recentes da SellCell, o modelo Air apresentou uma queda inédita de preço no mercado de usados, algo que chama a atenção tanto pela velocidade quanto pela profundidade da depreciação.
Este artigo analisa os números divulgados pela SellCell, compara o desempenho do Air com outros modelos da linha iPhone 17 e também com gerações anteriores. Além disso, explora possíveis motivos para a perda de valor, considerando posicionamento de produto, estratégia de preço e percepção de inovação.
Para consumidores, essa queda representa um alerta claro sobre o ciclo de troca, especialmente para quem pretende comprar ou vender o dispositivo nos próximos meses. Para a Apple, a situação acende discussões sobre estratégia e diferenciação dentro da linha.
A queda acentuada: os dados do iPhone Air

A SellCell aponta que o iPhone Air perdeu entre 40,3% e 47,7% do valor de revenda em apenas dez semanas após o lançamento. Trata-se do pior desempenho entre todos os modelos recentes da Apple e um sinal claro de que o posicionamento do produto não está funcionando como esperado no mercado secundário. Considerando seu preço inicial, majoritariamente acima de modelos tradicionais da linha Padrão, o impacto financeiro para quem comprou o Air no lançamento é expressivo. Essa rapidez na depreciação reforça a percepção de que consumidores podem estar desconfiados do real diferencial do modelo.
Comparação com gerações anteriores (iPhone 16)
Para entender melhor o cenário, vale analisar a performance de modelos equivalentes da geração passada. O iPhone 16 Plus, por exemplo, registrou uma queda menor, ficando entre 32% e 34% no mesmo período. Já o iPhone 16 Padrão apresentou depreciação semelhante, mas ainda assim mais estável que a do Air. Esses números mostram como a depreciação do modelo Air está fora da curva quando comparada a tendências históricas. A perda acelerada de valor sugere que o mercado não enxerga no Air um diferencial técnico ou de design que justifique o preço de lançamento, o que contrasta com o bom desempenho de modelos tradicionais.
O restante da série iPhone 17 se sai melhor
Enquanto o Air enfrenta um cenário difícil, outros modelos da linha iPhone 17 têm resultados muito mais positivos. O iPhone 17 Pro Max se destaca como o que melhor mantém seu preço de revenda, com perda de apenas 26,1% após dez semanas. Já o iPhone 17 Pro e o iPhone 17 Padrão apresentam quedas na faixa dos 32% a 33%, alinhadas com o desempenho típico dos modelos Apple.
A comparação direta evidencia a falta de tração do Air no mercado. Seu posicionamento intermediário, entre o Padrão e o Pro, parece não ter convencido os consumidores, resultando em menor demanda por unidades usadas, o que pressiona os preços para baixo. Em termos de percepção de valor, a linha Pro continua carregando a reputação de inovação e qualidade premium, enquanto o iPhone Padrão segue como a escolha mais racional. O Air, por sua vez, parece estar preso em uma zona cinzenta de identidade.
Por que o iPhone Air está perdendo valor?
Há diversos fatores que podem explicar a perda de valor do iPhone observada no modelo Air. O primeiro deles é o preço de lançamento, considerado alto para um produto que deveria ocupar um espaço intermediário na linha. Com a proximidade dos preços do iPhone 17 Pro, muitos consumidores preferiram investir um pouco mais e garantir um modelo reconhecido por maior durabilidade e recursos avançados. Outro ponto é a baixa percepção de inovação, já que o iPhone Air, apesar de sua proposta de equilíbrio entre desempenho e custo, não trouxe mudanças suficientes para se destacar de forma clara.
Para muitos usuários, ele é visto como um iPhone Padrão ligeiramente melhorado, mas sem diferenciais realmente fortes.
O terceiro fator é a saturação do mercado, já que a Apple tem expandido a linha com mais variações, o que cria sobreposição entre categorias. Quando um produto não tem identidade definida, seu valor de revenda tende a cair mais rápido. Também há o elemento de posicionamento confuso dentro da família iPhone. A Apple tradicionalmente segmenta seus modelos com clareza entre Básico, Pro e Max, mas o Air surge como uma alternativa híbrida, o que pode ter dispersado o interesse do público.
Implicações para o consumidor e para a Apple
Para consumidores, a desvalorização do iPhone Air significa que o modelo pode ser encontrado no mercado de usados por valores muito mais acessíveis em comparação com seu preço de lançamento. Isso pode ser vantajoso para quem busca um iPhone recente pagando menos, mas representa um prejuízo significativo para quem comprou no lançamento e deseja trocar o aparelho. Essa queda recorde também aponta para mudanças no comportamento do mercado, já que consumidores parecem mais dispostos a optar por modelos Pro ou por versões Padrão com melhor custo-benefício, deixando o Air em segundo plano.
Para a Apple, a mensagem é clara: o posicionamento do iPhone Air precisa ser revisto. A queda rápida no valor de revenda enfraquece a percepção de qualidade e pode prejudicar a adoção do modelo nas próximas gerações. A empresa pode precisar reavaliar preço, diferenciação e estratégia de marketing para evitar que o Air se torne um produto de nicho com baixa procura.
E você, leitor? Acha que o preço de revenda do iPhone Air reflete corretamente seu valor real? Compraria um modelo usado sabendo que ele desvaloriza tão rápido? Deixe sua opinião e participe da discussão sobre o futuro desse dispositivo na linha Apple.
