O Honor Magic V5 entrou para o Guinness World Records de uma maneira impressionante: o smartphone foi capaz de suportar o peso de um adulto, cerca de 104 kg, enquanto permanecia dobrado. Esse feito não é apenas um truque de marketing — ele representa um marco significativo na durabilidade de celular dobrável, tema que há anos desperta desconfiança entre consumidores. Afinal, os primeiros dobráveis eram frequentemente associados a telas frágeis e dobradiças propensas a falhas.
Neste artigo, vamos analisar em detalhes o que está por trás dessa resistência recorde, explorar a evolução da tecnologia de dobradiças e discutir se os celulares dobráveis finalmente atingiram maturidade em termos de confiabilidade. Mais do que celebrar o recorde, o objetivo é oferecer uma visão crítica e informativa para entusiastas de tecnologia e consumidores curiosos.
A questão da durabilidade sempre foi o “calcanhar de Aquiles” dos dobráveis. Muitos consumidores ainda hesitam em investir nesses dispositivos devido ao receio de vinco na tela, falha da dobradiça ou fragilidade geral. Com o Honor Magic V5, parece que essa percepção começa a mudar — mas até que ponto?

O que significa o recorde de resistência do Honor Magic V5?
O destaque do Honor Magic V5 não é apenas o fato de levantar 104 kg. A certificação oficial do Guinness World Records garante que o teste foi realizado sob condições rigorosas, tornando o feito reconhecido mundialmente.
O segredo por trás dessa resistência está na Super Steel Hinge, a dobradiça de aço de alta resistência desenvolvida pela HONOR. Ela suporta até 500.000 dobras, o que significa que, na prática, um usuário que dobra e abre o aparelho 100 vezes por dia poderia utilizá-lo por mais de 13 anos sem comprometer a integridade do mecanismo. Para o consumidor, isso traduz-se em confiabilidade e durabilidade real, superando a maior parte das expectativas iniciais para celulares dobráveis.
A engenharia da Super Steel Hinge combina materiais de ponta e um design pensado para reduzir a pressão sobre a tela flexível, distribuindo o esforço e prevenindo deformações. Essa abordagem representa uma evolução importante em relação às primeiras gerações de dobráveis, que ainda sofriam com falhas recorrentes.
A jornada de superação: uma breve história da dobradiça dobrável
Para entender a importância do recorde, é essencial contextualizar a evolução das dobradiças em celulares dobráveis.
As primeiras gerações: medo e desconfiança
O Samsung Galaxy Fold, lançado em 2019, foi o primeiro grande smartphone dobrável a chegar ao mercado. No entanto, ele ficou marcado por problemas como telas frágeis, vinco acentuado e falhas na dobradiça. Esses incidentes ajudaram a criar uma percepção negativa, fazendo com que muitos consumidores enxergassem os dobráveis como produtos experimentais e pouco confiáveis.
A evolução da Samsung e o design ‘gota d’água’
A Samsung, líder no segmento, investiu fortemente em aprimorar sua tecnologia de dobradiças. A introdução da Flex Hinge trouxe melhorias significativas: redução do vinco central, resistência maior a poeira e proteção aprimorada contra água. Esses avanços tornaram os modelos da linha Galaxy Z Fold e Z Flip muito mais confiáveis para o uso diário, elevando o padrão de mercado.
A abordagem de outras marcas: Google, Motorola e mais
Outros fabricantes, como Google e Motorola, também desenvolveram suas próprias soluções. O Google Pixel Fold e o Motorola Razr adotam mecanismos internos que equilibram a pressão e minimizam o desgaste da tela. Embora cada marca tenha uma abordagem diferente, todas compartilham o objetivo de aumentar a durabilidade e a confiabilidade dos dobráveis, respondendo às críticas das primeiras gerações.
Marketing vs. realidade: o que realmente importa na durabilidade?
Embora testes impressionantes, como o do Guinness, gerem manchetes, a durabilidade de celular dobrável envolve muito mais do que suportar peso estático. Existem diversos fatores cruciais que determinam se um dobrável é realmente resistente para o dia a dia:
- Resistência a quedas: telas flexíveis ainda podem quebrar se sofrerem impacto direto. A proteção contra impactos continua sendo um desafio.
- Certificação IP: resistência à água e poeira é vital. Muitos dobráveis ainda possuem limitações, especialmente em modelos mais finos.
- Longevity da tela flexível: mesmo com dobradiças reforçadas, a tela em si precisa resistir a desgaste, arranhões e dobras repetidas.
Portanto, embora o recorde da HONOR seja um marco, ele não substitui testes de uso cotidiano. Ainda assim, o feito é um indicativo claro de avanço tecnológico e da maturidade crescente da categoria.
Conclusão: a era da confiança nos celulares dobráveis começou?
O recorde do Honor Magic V5 deve ser visto com uma perspectiva crítica: é um feito de marketing, mas também é um sintoma do amadurecimento tecnológico. A durabilidade de celular dobrável melhorou drasticamente desde as primeiras gerações, e os mecanismos de dobradiça, como a Super Steel Hinge, mostram que a resistência não é mais o ponto fraco que assombrava os consumidores.
Se antes os dobráveis eram vistos como frágeis, hoje eles oferecem confiabilidade e durabilidade reais, abrindo caminho para uma adoção mais ampla. Claro, desafios permanecem, como quedas e proteção completa contra poeira, mas a trajetória indica que o mercado está no caminho certo.
E você, já se sente seguro para investir em um celular dobrável? Acredita que a questão da resistência foi superada? Deixe sua opinião nos comentários!