Usa Fedora 41? Em 15/12 a segurança acaba, atualize hoje

Alerta de segurança: Fedora 41 perde atualizações em 15/12/2025. Atualize para Fedora 42 ou 43 antes do EOL.

Escrito por
Emanuel Negromonte
Emanuel Negromonte é Jornalista, Mestre em Tecnologia da Informação e atualmente cursa a segunda graduação em Engenharia de Software. Com 14 anos de experiência escrevendo sobre...

Se você ainda usa Fedora Linux 41, este é um alerta direto e urgente: o Fedora 41 fim do suporte tem data marcada. A partir de 15 de dezembro, o sistema entra em EOL (End of Life) e deixa de receber qualquer atualização, inclusive correções de segurança. Em outras palavras, o relógio está correndo, e a ação certa é atualizar agora para uma versão suportada, como Fedora 42 ou, de preferência, Fedora 43.

Prazos e datas

  • Data do EOL (End of Life) do Fedora Linux 41: 15 de dezembro de 2025.
  • Depois disso: nada de updates, nada de correções, nada de comunicados de segurança. O fluxo simplesmente para.

Pense no EOL como um “ponto sem retorno” para updates. O seu PC não “para de ligar” no dia seguinte. Ele continua funcionando, abre navegador, roda apps, compila código. Só que ele passa a rodar com a proteção vencida.

O que significa “fim do suporte” na prática?

Alerta de segurança: Fedora 41 fim do suporte em 15 de dezembro de 2025, atualização recomendada para Fedora 42 ou 43
Usa Fedora 41? Em 15/12 a segurança acaba, atualize hoje 3

Quando você lê “sem atualizações”, não é sobre “ficar sem recursos novos”. É sobre ficar sem escudo.

A partir do EOL (End of Life):

  • Novas falhas de segurança (CVEs) descobertas depois do dia 15 não serão corrigidas no Fedora 41.
  • Bugs críticos que afetem estabilidade também não entram mais como patch.
  • Até o ecossistema ao redor começa a fechar a porta: issues ficam mais difíceis de reproduzir, pacotes e dependências evoluem, e você vira o “último da fila”.

A analogia do seguro vencido é perfeita: usar um sistema após o Fedora 41 fim do suporte é como dirigir um carro com o seguro vencido. No dia seguinte ele continua andando normalmente, mas se algo acontecer, você fica completamente por conta própria.

Por que isso é um risco real de segurança (e não “paranoia”)

Vulnerabilidade não avisa. Um dia está tudo ok, no outro aparece um CVE em algo que você usa todo dia:

  • kernel,
  • OpenSSH,
  • navegadores,
  • bibliotecas como OpenSSL,
  • systemd,
  • codecs, parsers e bibliotecas “invisíveis” que rodam por baixo.

Sem patches, você fica preso em versões antigas. E aqui está o ponto que muita gente subestima: não é só “o seu computador”. É a sua rede, suas contas e seus dados. Um Fedora 41 EOL em um notebook pode virar a porta de entrada para roubo de sessão, escalonamento de privilégio, ransomware, mineração, backdoors ou simples sequestro de navegador por extensões maliciosas explorando brechas conhecidas.

E tem um agravante moderno: exploits são industrializados. Quando um bug crítico sai, rapidamente surgem PoCs, scanners e campanhas automatizadas. Você não precisa ser “alvo”. Você só precisa estar desatualizado.

O ciclo do Fedora e por que ele corta rápido

O Fedora é propositalmente rápido. Ele entrega versões novas com frequência e mantém suporte por um período curto. O modelo padrão é: suporte por cerca de 13 meses, com a política de que a versão N-2 chega ao EOL algumas semanas após a versão N ser lançada. Na prática, isso faz o projeto concentrar energia nas versões mais recentes, mantendo o sistema moderno e com correções chegando rápido.

Isso é ótimo para segurança e inovação, mas exige disciplina do usuário: se você fica para trás, você cai do trem.

Ação necessária: para onde atualizar (Fedora 42 ou 43)

Você tem duas rotas seguras:

  • Fedora 43: é o caminho mais direto para voltar ao “trilho principal”, com suporte ativo e atualizações de segurança em dia.
  • Fedora 42: alternativa válida se você prefere uma transição um pouco mais conservadora antes de ir para a mais recente.

Se você está no Fedora 41 hoje, a regra prática é: saia do EOL o quanto antes. O melhor upgrade é o que você faz antes do suporte acabar.

Como atualizar agora (sem drama)

1) Confirme se você está no Fedora 41

Abra o terminal e verifique:

  • cat /etc/fedora-release
    ou
  • hostnamectl

Se aparecer Fedora Linux 41, trate como prioridade.

2) Atualize tudo antes do upgrade

Esse passo é obrigatório para reduzir chance de falha:

  • sudo dnf upgrade --refresh
    Depois, reinicie.

3) Escolha o método de upgrade (GUI ou terminal)

Opção A: GNOME Software (Workstation)

  • Abra o app Software
  • Vá em Atualizações
  • Procure o aviso de nova versão e siga o fluxo

Opção B: Discover (Fedora KDE)

  • Abra o Discover
  • Vá em Atualizações
  • Siga o aviso de upgrade quando aparecer

Opção C: Terminal com DNF (recomendado para servidores e para quem quer controle)

O método oficial é o DNF system-upgrade.

Exemplo indo direto para a versão mais recente suportada:

  • sudo dnf system-upgrade download --releasever=43

Se aparecer conflito de dependências, o sistema pode pedir --allowerasing. Use com atenção: isso pode remover pacotes de repositórios de terceiros que ainda não acompanharam a nova versão.

Para iniciar o upgrade offline, o detalhe importante no Fedora 41 é este:

  • em ambientes com DNF mais novo, o reboot offline é feito com:
    sudo dnf5 offline reboot

Isso reinicia e instala o upgrade num ambiente offline, mais seguro para reduzir interferência de processos rodando.

Checklist rápido para reduzir risco de dor de cabeça

Antes de apertar “vai”:

  • Backup do que importa (documentos, chaves SSH, repositórios, configs).
  • Notebook: na tomada.
  • Garanta espaço livre no disco (upgrade baixa muito pacote).
  • Se você usa drivers e repositórios de terceiros (ex.: GPU, codecs, ferramentas fora do repo oficial), aceite que pode precisar reinstalar algo depois.
  • Em máquina crítica, planeje como administrador: janela de manutenção, acesso físico ou console remoto, e plano de rollback.

Upgrade é rotina no Fedora. Adiar até o EOL é que transforma rotina em incidente.

Atenção extra: Silverblue, Kinoite e “Atomic Desktops”

Se você usa variantes imutáveis (como Silverblue/Kinoite), o caminho pode ser diferente porque elas usam rpm-ostree. Em geral:

  • há suporte a upgrade por interface gráfica,
  • ou por comandos de rebase,
  • e a recomendação costuma ser não pular versões: faça 41 → 42 → 43, especialmente para evitar estados estranhos com camadas e repositórios.

Se você não tem certeza se está em uma variante “Atomic”, confira o nome no hostnamectl e pesquise o procedimento específico para sua edição (sabor) do Fedora.

O que acontece se eu ignorar e ficar no Fedora 41 EOL?

Nada “explode” no dia 16. É exatamente isso que torna perigoso.

O sistema segue “aparentemente normal”, e você se acostuma a viver no risco. Até que:

  • um CVE crítico aparece,
  • o navegador recebe correção nas versões suportadas,
  • o kernel tem patch urgente,
  • e você fica parado no tempo.

Rodar Fedora 41 fim do suporte é escolher operar sem airbag e sem cinto, porque “até agora não deu problema”.

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