A espera acabou para os fãs do KDE no ecossistema Fedora. A equipe do projeto anunciou o lançamento oficial do Fedora 43 KDE Plasma “Questing Quokka”. Esta versão traz não apenas as últimas e melhores novidades do KDE Plasma 6.4, mas também alinha a spin KDE com as modernizações de infraestrutura vistas na edição Workstation — incluindo o Anaconda WebUI como instalador padrão e melhorias de desempenho herdadas da base do Fedora 43.
As novidades do Plasma 6.4

O coração do lançamento é o KDE Plasma 6.4.5 — um desktop já maduro que segue polindo a experiência diária, sem abandonar o espírito power user. Entre os destaques:
- Tiling flexível por área de trabalho: agora você pode definir layouts de tiling diferentes para cada área de trabalho virtual. Perfeito para separar “modo foco” (com editor e terminal) do “modo comunicação” (com navegador e mensageiros) — sem gambiarra.
- Novo Spectacle: o utilitário de capturas foi redesenhado e ficou mais direto para recortar, anotar e compartilhar — ótimo para quem documenta bugs ou faz how-tos.
- Calibração de HDR: o painel Display & Monitor ganhou um assistente de calibração de HDR, facilitando ajustar monitores modernos para filmes, jogos e criação de conteúdo.
- Modo “Não perturbe” mais inteligente: quando um app entra em tela cheia (jogo, vídeo, apresentação), o Plasma ativa automaticamente o Do Not Disturb e silencia notificações não urgentes; ao sair do modo tela cheia, você recebe um resumo do que perdeu na System Tray.
Naturalmente, o 6.4.5 também chega com correções e refinamentos de estabilidade — é a edição de setembro da série 6.4, com bugfixes em componentes como KWin, Discover e o próprio Plasma Desktop.
Mudanças no instalador e no Kinoite
Tão importantes quanto o lado KDE são os avanços trazidos pela infraestrutura do Fedora 43. A partir desta versão, o Anaconda WebUI torna-se o instalador padrão também na spin KDE, o que unifica a experiência com a Workstation (GNOME) e moderniza o fluxo de instalação com uma interface web clara e responsiva. Para novos usuários, reduz atritos; para veteranos, facilita opções avançadas sem perder a simplicidade.
Para quem prefere um desktop imutável, o Fedora Kinoite — a variante “Atomic Desktop” com KDE — muda de comportamento: atualizações automáticas por padrão. O sistema baixa as atualizações em segundo plano e as aplica no próximo reboot, mantendo o ambiente protegido e com correções recentes. Quem quiser pode desativar ou ajustar a frequência nas configurações. É o tipo de mudança que você só nota quando não precisa mais se preocupar.
Melhorias de base que você sente no dia a dia
Sob o capô, o Fedora 43 traz ajustes que impactam diretamente a spin KDE. Duas mudanças chamam a atenção: a partição /boot padrão foi ampliada para 2 GiB, minimizando sustos em ciclos longos de atualização, e os initrds comprimidos com zstd aceleram o processo de inicialização — boot mais rápido é sempre bem-vindo, especialmente em máquinas com muitos módulos. É aquela otimização “de base” que vira qualidade de vida.
Para quem é — e por que agora
Se você já vive no ecossistema KDE, o Fedora 43 KDE Plasma entrega a combinação certa: Plasma 6.4 com seus mimos (tiling por workspace, Spectacle renovado, HDR calibrado, Não perturbe esperto) e um Fedora mais coeso, rápido para iniciar e mais simples para instalar. Se você vem de outras spins ou de outras distros, esta é uma boa porta de entrada para sentir o Plasma “como o KDE imagina” — com defaults sensatos, integração afinada e um caminho claro para seguir atualizando sem perrengue, seja no modelo tradicional ou no Kinoite atômico.
