Fish-shell 4.0.6 é lançado com uma correção crucial para o $PATH no WSL2 e grandes melhorias para teclados internacionais

Escrito por
Emanuel Negromonte
Emanuel Negromonte é Jornalista, Mestre em Tecnologia da Informação e atualmente cursa a segunda graduação em Engenharia de Software. Com 14 anos de experiência escrevendo sobre...

Um release de polimento que resolve o $PATH no WSL2 e melhora atalhos para teclados internacionais.

O fish shell 4.0.6 chegou como uma atualização de polimento, mas não se engane: para muitos usuários, especialmente os que trabalham no Windows Subsystem for Linux (WSL2) ou em ambientes com teclados não-latinos, este lançamento pode ser a diferença entre frustração diária e fluidez total. Afinal, ninguém gosta de perder tempo com um shell que deveria ser simples e “amigável por padrão”, mas que tropeça em detalhes básicos como variáveis de ambiente ou atalhos de teclado.

Correções cruciais para WSL e internacionalização

Para os muitos desenvolvedores que usam o fish no WSL2, uma grande dor de cabeça foi finalmente resolvida. O shell agora herda corretamente a variável $PATH do Windows, o que significa que comandos externos e ferramentas já configuradas funcionam sem precisar de gambiarras. É um daqueles ajustes invisíveis que só lembramos quando falta — mas, quando presente, muda radicalmente a confiabilidade do ambiente.

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Outro ponto de destaque é o reforço na internacionalização. Usuários de teclados com layouts não-latinos (como o russo) sempre tiveram dificuldades com key bindings. O fish 4.0.6 amplia seu suporte, permitindo que atalhos como ctrl-ц funcionem como se fossem ctrl-w em layouts ocidentais. Além disso, a interpretação de teclas modificadas com shift e combinações mais raras (como ctrl-shift-ä) agora são suportadas de forma consistente. É uma clara mensagem de que o projeto está atento à sua comunidade global.

Melhorias em comandos e completions

Nem só de teclados vive um shell moderno. O printf interno, por exemplo, já não erra mais na largura de caracteres multi-byte — um detalhe crucial para quem trabalha com idiomas que usam acentuação ou alfabetos inteiros diferentes. O commandline também voltou a se comportar como esperado, corrigindo problemas que afetavam scripts de auto-completion.

Falando em completions, há novidades importantes: integrações como nmcli agora consultam informações dinamicamente, e os scripts de Git foram ajustados para não exibirem erros desnecessários. Até problemas de exibição de caracteres estranhos nas sugestões foram eliminados. É polimento em estado puro, mas que garante ao fish uma experiência mais estável no dia a dia.

Ajustes no Vi mode e na interação com terminais

Quem usa o fish no modo Vi mode também ganhou correções finas: colar textos com p ou substituir caracteres com r agora se comporta de forma previsível. Além disso, um detalhe curioso — mas importante — foi adicionado: a possibilidade de desabilitar a marcação de prompt via OSC 133. Essa função existe justamente para contornar terminais que interpretam mal essas sequências de controle, algo que costuma gerar bugs difíceis de diagnosticar.

Com o fish shell 4.0.6, a equipe reforça a promessa de oferecer não apenas um shell bonito e fácil de usar, mas também confiável em diferentes sistemas, idiomas e fluxos de trabalho. É um daqueles lançamentos que não brilha por grandes novidades, mas que melhora a vida de quem já confia no fish para trabalhar todos os dias.

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