Fraude com criptomoedas: presa quadrilha que roubou € 600 mi (≈ R$ 3,73 bilhões)

Eurojust prende quadrilha que roubou € 600 milhões (≈ R$ 3,73 bilhões) em golpe de investimento. Saiba como funcionava e como se proteger de fraudes de cripto.

Escrito por
Jardeson Márcio
Jardeson Márcio é Jornalista e Mestre em Tecnologia Agroalimentar pela Universidade Federal da Paraíba. Com 8 anos de experiência escrevendo no SempreUpdate, Jardeson é um especialista...

A Eurojust coordenou recentemente uma operação internacional que resultou na prisão de uma quadrilha responsável por uma fraude com criptomoedas que movimentou impressionantes € 600 milhões (≈ R$ 3,73 bilhões). A ação, realizada entre os dias 27 e 29 de outubro, envolveu autoridades de Chipre, Espanha e Alemanha e representa um dos maiores golpes de investimento digital desarticulados na Europa nos últimos anos.

Nove suspeitos foram detidos durante a operação, e as investigações revelaram um sofisticado esquema de plataformas falsas de criptomoedas, voltadas a enganar investidores com promessas de lucros altos e rápidos. Além da prisão dos envolvidos, as autoridades conseguiram apreender € 800 mil (≈ R$ 4,98 milhões) em contas bancárias, € 415 mil (≈ R$ 2,58 milhões) em criptomoedas e € 300 mil (≈ R$ 1,87 milhões) em dinheiro vivo, mostrando a escala do que parecia ser uma operação de lavagem de dinheiro extremamente organizada.

Este artigo tem como objetivo não apenas informar sobre a ação da Eurojust, mas também educar os leitores sobre os sinais de alerta em golpes digitais e fornecer dicas práticas para evitar se tornar vítima de fraudes semelhantes. A proliferação de golpes de investimento em criptomoedas é crescente, atingindo tanto investidores experientes quanto iniciantes, e a conscientização é a melhor defesa.

Imagem com homem de costas, simbolizando crime cibernético

A operação que desmantelou a rede milionária

A investigação foi conduzida de forma coordenada pela Eurojust, em colaboração com autoridades nacionais dos países envolvidos. Durante os três dias da operação, a polícia realizou buscas em residências, escritórios e servidores digitais usados pela quadrilha.

Os resultados foram significativos: além das prisões, foram bloqueados € 800 mil (≈ R$ 4,98 milhões) em contas bancárias, apreendidas criptomoedas no valor de € 415 mil (≈ R$ 2,58 milhões) e confiscados € 300 mil (≈ R$ 1,87 milhões) em dinheiro vivo, evidenciando a complexidade da operação e o esforço para rastrear os fundos obtidos de forma ilícita. A atuação conjunta entre os países europeus foi fundamental para impedir que o esquema continuasse a lesar investidores inocentes.

O modus operandi: como o golpe de € 600 milhões (≈ R$ 3,73 bilhões) funcionava

Segundo informações divulgadas pela Eurojust, o esquema utilizava diversas estratégias sofisticadas para enganar as vítimas e dificultar a rastreabilidade dos recursos.

A criação de plataformas falsas

Os criminosos criaram sites falsos que imitavam plataformas legítimas de investimento em criptomoedas, transmitindo uma falsa sensação de segurança e credibilidade. Muitos desses sites eram visualmente idênticos aos originais, tornando difícil para investidores iniciantes identificar o golpe.

Recrutamento agressivo e engenharia social

A quadrilha usava técnicas de engenharia social para atrair vítimas, incluindo anúncios em redes sociais, ligações telefônicas não solicitadas e envio de e-mails fraudulentos. Depoimentos forjados de supostas celebridades e notícias falsas eram explorados para criar uma falsa confiança no esquema.

A promessa de altos retornos

O principal atrativo do golpe era a promessa de ganhos rápidos e exagerados, um clássico sinal de alerta em fraudes financeiras. Após a transferência do dinheiro, as vítimas percebiam que não conseguiam mais acessar seus fundos, confirmando a fraude. Este padrão evidencia a importância de desconfiar de qualquer promessa de retorno garantido ou excessivamente atraente.

Sinais de alerta: como identificar e evitar uma fraude com criptomoedas

Investir em criptomoedas pode ser lucrativo, mas também atrai golpistas. Reconhecer os sinais de alerta é essencial:

  • Promessas de retorno garantido ou muito alto: “Se parece bom demais para ser verdade, provavelmente é.” Desconfie de oportunidades que garantem lucros elevados em curto período.
  • Pressão para investir rapidamente: Mensagens ou ligações que tentam criar urgência (“invista agora antes que a oportunidade acabe”) são comuns em golpes.
  • Contato não solicitado: Desconfie de consultores, DMs em redes sociais ou e-mails de pessoas que você nunca procurou.
  • Plataformas desconhecidas: Sempre verifique a reputação, o tempo de existência e análises de qualquer site antes de enviar fundos.
  • Uso de celebridades falsas: Confirme se uma figura pública realmente endossou o projeto antes de confiar no investimento.

Seguindo essas orientações, investidores podem reduzir significativamente o risco de cair em golpes de fraude com criptomoedas.

Fraudes cripto estão em alta: um problema global

O golpe de € 600 milhões (≈ R$ 3,73 bilhões) é apenas um exemplo de um problema crescente. Recentemente, outros casos na Europa chamaram atenção, como uma fraude de € 100 milhões e a lavagem de € 460 milhões na Espanha. Nos Estados Unidos, a Comissão Federal de Comércio (FTC) relatou que as perdas com fraudes financeiras atingiram US$ 12,5 bilhões em 2024, sendo US$ 5,7 bilhões apenas com golpes de investimento, evidenciando que o problema é global.

A popularidade das criptomoedas e o acesso cada vez mais fácil a investimentos digitais criam um ambiente propício para golpistas, tornando a educação financeira e a vigilância individual ainda mais cruciais.

Conclusão: o velho golpe em uma nova roupagem

Embora a tecnologia das criptomoedas seja relativamente nova, as táticas usadas por golpistas seguem um padrão clássico: prometer enriquecimento rápido para induzir vítimas à fraude. A ação da Eurojust representa uma vitória significativa na proteção de investidores, mas a principal defesa continua sendo a atenção e a desconfiança dos usuários.

Investir com cautela, checar informações e não se deixar levar por promessas milagrosas são passos essenciais para evitar se tornar vítima de golpes digitais. Compartilhar este artigo com amigos e familiares também ajuda a aumentar a conscientização e proteger mais pessoas de fraudes com criptomoedas.

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