Novas informações sobre o aguardado Galaxy Tab S11 Ultra surgiram de uma fonte confiável: um órgão de certificação europeu. O modelo, que promete ser o novo tablet topo de linha da Samsung, teve detalhes cruciais revelados por meio de documentação da SGS Fimko, órgão finlandês que participa do processo de homologação de dispositivos móveis na Europa.
O destaque do vazamento está na bateria de maior capacidade, que salta levemente em relação à geração anterior, mas sem nenhuma melhoria na velocidade de carregamento, que permanece nos mesmos 45W. Neste artigo, analisamos o que esses números realmente significam para o consumidor, como eles se comparam com a geração anterior e concorrentes, e o que o vazamento nos diz sobre a estratégia da Samsung para o lançamento de seu novo tablet premium.
Em um mercado cada vez mais competitivo, onde a Apple lidera com os iPads Pro e outras marcas chinesas avançam com inovações agressivas, a Samsung parece apostar em uma abordagem mais conservadora — pelo menos por enquanto.

O que o vazamento realmente revela
O Galaxy Tab S11 Ultra apareceu nos registros da SGS Fimko, uma das entidades europeias responsáveis por testes e certificações de segurança e desempenho de dispositivos eletrônicos. Os documentos listam três números de modelo associados ao novo tablet:
- SM-X936B: versão com conectividade 5G internacional;
- SM-X936N: variante específica para o mercado sul-coreano;
- SM-X930: versão apenas com Wi-Fi.
Além da confirmação dos modelos, o documento destaca que a capacidade nominal da bateria será de 11.220 mAh, o que sugere uma capacidade típica de 11.600 mAh, alinhada com os padrões de marketing da Samsung. Outro dado que chama atenção é a manutenção do carregamento rápido de 45W, o mesmo presente na geração anterior, o Galaxy Tab S10 Ultra.
Bateria maior, mas o upgrade é significativo?
O aumento da bateria de 11.200 mAh no Tab S10 Ultra para 11.600 mAh no Tab S11 Ultra representa um crescimento de aproximadamente 3,5%. Em números absolutos, isso equivale a 400 mAh a mais, o que pode parecer irrelevante para muitos usuários.
No uso prático, esse aumento pode sim trazer alguma melhora de autonomia, especialmente se combinado com um chipset mais eficiente em termos energéticos — como o MediaTek Dimensity 9400+, que deve equipar o modelo, segundo rumores recentes. No entanto, é improvável que essa pequena melhoria seja percebida em tarefas pesadas, como jogos, edição de vídeo ou streaming de conteúdo em alta resolução, que exigem bastante da tela e do processador.
Portanto, embora seja sempre positivo ver um upgrade de bateria, o impacto real no dia a dia tende a ser discreto.
Carregamento de 45W: por que a Samsung não avança?
Enquanto concorrentes já oferecem velocidades de carregamento superiores a 60W ou até 100W em alguns modelos de smartphones e tablets, a Samsung parece continuar cautelosa, mantendo os mesmos 45W de carregamento rápido vistos nas últimas gerações.
Mas será que 45W ainda é competitivo em 2025?
Para muitos usuários, especialmente em dispositivos de grande porte como tablets, a velocidade de carregamento se torna um diferencial importante. Um carregador de 45W pode levar mais de 1h30 para carregar completamente uma bateria de 11.600 mAh. Já modelos como o Xiaomi Pad 6 Max, por exemplo, oferecem carregamento de 67W, reduzindo significativamente esse tempo.
As razões por trás da decisão da Samsung podem ser diversas. Entre elas:
- Preservação da saúde da bateria: taxas de carregamento mais baixas ajudam a reduzir a degradação ao longo do tempo;
- Corte de custos de produção: incluir tecnologias de carregamento ultra-rápido pode encarecer o dispositivo;
- Perfil de uso do tablet: a empresa pode acreditar que os usuários de tablet não dependem tanto de recargas rápidas quanto os de smartphones.
Mesmo assim, em um mercado onde a inovação é essencial, a decisão de não melhorar o carregamento pode decepcionar consumidores mais exigentes.
O que mais esperar do Galaxy Tab S11 Ultra?
Além dos detalhes sobre bateria e carregamento, há outros rumores consistentes sobre o Galaxy Tab S11 Ultra.
O principal deles é o uso do MediaTek Dimensity 9400+, um chip que promete entregar alta performance com menor consumo energético — um avanço em relação ao Snapdragon 8 Gen 2 presente na linha anterior. Isso sugere que a Samsung está considerando uma mudança estratégica na escolha de chipsets, abandonando temporariamente a Qualcomm para explorar alternativas mais otimizadas.
Outro ponto importante é que a marca estaria focando em reduzir a linha Tab S11 para apenas dois modelos principais: o Galaxy Tab S11 (modelo base) e o Galaxy Tab S11 Ultra, deixando de lado variantes intermediárias como os modelos “Plus”. Essa decisão pode representar uma tentativa de simplificar o portfólio e aumentar o valor percebido dos modelos lançados, concentrando esforços nos dispositivos mais rentáveis.
Conclusão: um passo incremental para o tablet topo de linha da Samsung
Com base nas informações vazadas, o Galaxy Tab S11 Ultra parece seguir uma linha de evolução contida, apostando em melhorias modestas de bateria e mantendo o carregamento rápido de 45W, já considerado limitado frente à concorrência.
Ainda que o aumento de 400 mAh na bateria represente um ganho técnico, não é o suficiente para configurar um avanço notável. E a ausência de uma atualização na velocidade de recarga pode pesar negativamente na balança para usuários mais exigentes.
Mas e você, o que acha dessa estratégia? Um pequeno aumento de bateria compensa a falta de inovação no carregamento? Deixe sua opinião nos comentários!