Uma nova iniciativa do Google voltada para estudantes universitários está sendo explorada de forma indevida por alguns brasileiros. Lançada para divulgar o plano Google AI Pro, a promoção garante acesso gratuito por tempo limitado à inteligência artificial Gemini 2.5 Pro, entre outros recursos avançados. No entanto, poucos dias após o anúncio, surgiram na internet tutoriais ensinando como burlar as regras usando e-mails falsos com final “.edu”.
O que inclui o plano Google AI Pro?
O Google AI Pro é uma assinatura premium da plataforma Gemini que oferece:
- 2 TB de armazenamento no Google Drive
- Acesso ao modelo de geração de imagens Veo 3
- Ferramentas futuras integradas ao Chrome com IA nativa
- Recursos voltados para escrita, produtividade e estudos
O plano custa atualmente R$ 96,99 por mês no Brasil, o que representa uma economia de mais de R$ 1.400 em 15 meses para quem aproveita o período gratuito oferecido pelo Google aos estudantes.
Como a promoção funciona oficialmente
O benefício foi anunciado durante o Google I/O 2025, com o objetivo de divulgar o potencial do Gemini 2.5 Pro entre estudantes do ensino superior. A página oficial do programa incentiva o uso para preparação para provas, produção de textos e organização escolar, e exige que o usuário tenha um e-mail institucional verificado (com terminação .edu) ou outro vínculo com uma universidade.
O problema: uso indevido da promoção
Apesar da proposta educacional, usuários no Brasil têm compartilhado nas redes sociais e fóruns tutoriais que ensinam como usar domínios .edu temporários ou gerados artificialmente para obter acesso gratuito ao plano premium. Publicações no Facebook e em plataformas de vídeo descrevem passo a passo como preencher o formulário do Google sem comprovação legítima de vínculo acadêmico.
A prática, embora tecnicamente possível, fere os termos de uso do programa e pode resultar em banimento ou revogação de acesso assim que identificada.
O que o Google diz?
Até o momento, o Google não emitiu nota oficial sobre o uso irregular do benefício no Brasil. A reportagem do Tecnoblog informou que está em contato com a empresa para obter um posicionamento.
Vale lembrar que, em casos anteriores, o Google já aplicou medidas retroativas para bloquear acessos indevidos, especialmente quando há violação clara dos termos de elegibilidade.
Conclusão: risco não compensa
Embora a economia possa parecer tentadora, usar dados falsos para obter vantagens em promoções é uma violação contratual e pode levar à suspensão da conta, perda de acesso ao Google Drive e até à desativação de serviços.
Estudantes com vínculo real com instituições de ensino devem aproveitar o benefício conforme proposto. Já quem tenta burlar o sistema corre riscos significativos — inclusive de perder dados pessoais e profissionais armazenados em contas Google vinculadas ao acesso indevido.