O sonho de um smartphone com tela ininterrupta, sem entalhes ou recortes visíveis, pode estar mais próximo do que nunca para os usuários da Apple. Um novo rumor sugere que o iPhone Fold, previsto para 2026, pode ser o primeiro dispositivo da empresa a adotar uma câmera sob a tela — uma inovação que já vem sendo testada há anos no ecossistema Android.
Essa possibilidade não apenas chama a atenção dos entusiastas de tecnologia, mas também levanta questões sobre como a Apple pretende superar os desafios técnicos dessa solução e se diferenciar em um mercado de smartphones dobráveis já explorado por concorrentes como a Samsung.
Desde o polêmico “notch” do iPhone X, em 2017, até a transição para a Dynamic Island em 2022, a empresa tem seguido uma linha de design que equilibra inovação e identidade visual. Agora, a remoção completa de recortes poderia representar o próximo passo lógico na evolução estética e tecnológica do iPhone.

O que diz o novo rumor sobre o iPhone Fold
De acordo com um relatório recente do JPMorgan, a Apple planeja lançar o iPhone Fold em 2026 com uma grande novidade: uma câmera frontal de 24 MP sob a tela. O recurso pode estar presente tanto no display externo quanto no interno, permitindo um design sem interrupções visuais.
Outra informação intrigante é a ausência do Face ID. Em vez do tradicional sistema de reconhecimento facial, a empresa poderia apostar em um Touch ID integrado ao botão lateral, o que facilitaria a eliminação de sensores visíveis na parte frontal.
Caso esses rumores se confirmem, estaríamos diante de um dispositivo que redefine não apenas o visual, mas também a experiência de uso, colocando a Apple em rota de colisão direta com as soluções já consolidadas no mercado Android.
A tecnologia por trás da promessa: como funcionam as câmeras sob a tela?
A chamada UDC (Under-Display Camera) funciona permitindo que os pixels acima da lente da câmera se tornem temporariamente transparentes. Isso possibilita a captura de fotos sem a necessidade de recortes ou entalhes.
Apesar de sua proposta futurista, a tecnologia enfrenta desafios técnicos relevantes. O principal é a perda de qualidade de imagem, já que a luz precisa atravessar o painel OLED ou AMOLED antes de alcançar o sensor. Isso gera efeitos indesejados como difração, baixa nitidez e ruído.
Para compensar essas limitações, fabricantes têm recorrido a algoritmos de software avançados, capazes de corrigir as distorções e otimizar o resultado final.
As primeiras gerações de UDC, como as vistas em aparelhos experimentais lançados entre 2020 e 2021, apresentavam resultados decepcionantes. No entanto, as versões mais recentes mostram avanços consistentes, aproximando-se da qualidade de câmeras tradicionais.
Apple está atrasada? O que a concorrência no mundo Android já faz
A adoção de câmeras sob a tela não é novidade. O ZTE Axon 20 5G, lançado em 2020, foi o primeiro smartphone comercial a trazer essa solução, ainda que com resultados aquém do ideal.
Hoje, o exemplo mais notável vem da Samsung, que utiliza uma UDC no Galaxy Z Fold, aplicada ao display interno do dispositivo. Embora a qualidade da captura ainda seja considerada inferior a sensores convencionais, a experiência de imersão na tela é bastante elogiada.
Esse cenário reforça a estratégia histórica da Apple: não ser pioneira, mas esperar o amadurecimento da tecnologia antes de implementá-la de forma mais consistente. Assim como aconteceu com o 5G, telas OLED e até mesmo a adoção da USB-C, a empresa prefere priorizar a confiabilidade da experiência do usuário.
Implicações para o futuro: o fim definitivo dos recortes?
Se a Apple realmente lançar um iPhone Fold com câmera sob a tela, isso pode acelerar uma tendência que já parece inevitável: o desaparecimento definitivo de entalhes e perfurações nos displays.
Do ponto de vista de design, essa mudança abriria espaço para telas totalmente imersivas, ideais para consumo de conteúdo multimídia, jogos e aplicações de realidade aumentada.
Para a experiência do usuário, a promessa é de maior envolvimento visual e uma estética mais limpa e futurista. No entanto, a qualidade da câmera será decisiva. Se os resultados não atenderem às expectativas, a inovação pode acabar sendo vista apenas como estética.
Por fim, mesmo com o fim dos recortes físicos, recursos de software, como a própria Dynamic Island, poderiam continuar existindo em versões adaptadas. Afinal, o conceito já se tornou um elemento funcional dentro do ecossistema iOS.
Conclusão
O rumor de que o iPhone Fold de 2026 pode ser o primeiro da Apple a trazer uma câmera sob a tela representa um marco potencial na evolução do design de smartphones. Se confirmado, o dispositivo não apenas alinharia a empresa a uma tendência já explorada pelo Android, como também reforçaria a busca por uma experiência visual verdadeiramente imersiva.
A grande questão, no entanto, permanece: será que a Apple conseguirá entregar a qualidade de imagem necessária para tornar essa tecnologia realmente prática e desejável?
Você acredita que a Apple vai finalmente lançar um iPhone com tela inteira em 2026? A qualidade da câmera sob a tela seria um fator decisivo para você? Compartilhe sua opinião nos comentários!