O ciclo do Linux 6.17 chega com novidades importantes no subsistema EFI/UEFI que impactam tanto quem administra VMs quanto quem cuida de desktops e servidores físicos. No mesmo “pull request”, mantido por Ard Biesheuvel, o kernel passa a expor os logs de debug do OVMF via sysfs e reduz o ruído visual do efistub durante a inicialização. Resultado: depuração mais prática em ambientes virtualizados e uma experiência de boot mais limpa para usuários finais.
Depuração de VMs facilitada com acesso aos logs do OVMF
Para quem trabalha com virtualização (QEMU/KVM, libvirt, CI/CD), OVMF é o firmware UEFI de código aberto usado nas VMs x86_64. A partir do Linux 6.17, quando o firmware suportar o recurso, o kernel publica o buffer de logs de debug do OVMF em /sys/firmware/efi/ovmf_debug_log. Na prática, você pode coletar as mensagens do firmware diretamente do guest, sem precisar de console serial, redirecionamentos especiais ou instrumentação fora da VM.
O ganho é significativo em cenários de investigação de problemas de boot, Secure Boot/TPM, inicialização precoce de drivers e ajustes de plataforma. Como o acesso é feito por sysfs, fica fácil integrar a coleta de logs em pipelines de testes e automações (por exemplo, anexar os logs do firmware a cada job de validação de imagem). Vale lembrar que a presença do arquivo depende de dois fatores: o kernel ter sido compilado com o suporte correspondente e o firmware OVMF em uso expor o buffer de debug (nas versões recentes). Quando disponível, o fluxo de trabalho fica mais previsível e reproduzível entre diferentes distros e ambientes.
Boot mais limpo: menos mensagens de debug na inicialização
Outra melhoria relevante do Linux 6.17 é a mudança do nível de log padrão do efistub, o trecho do kernel que permite inicializar o Linux diretamente pelo firmware UEFI. Em muitos sistemas, mensagens informativas e de debug podiam “vazar” para a tela e sobrepor o splash do fabricante ou do bootloader. Agora, com um nível mais silencioso por padrão, apenas mensagens mais importantes aparecem, deixando a inicialização visualmente mais limpa.
Para administradores e usuários, isso significa menos poluição visual e menos risco de confundir logs transitórios com erros reais. Para quem precisa de verbosidade durante análises, continua sendo possível elevar o detalhamento de logs com os mecanismos usuais na linha de comando do kernel. O equilíbrio padrão mudou para favorecer a experiência de quem apenas quer iniciar o sistema sem ruído desnecessário, enquanto os recursos de diagnóstico permanecem acessíveis a quem precisa.
