Recentemente, Linus Torvalds, criador do kernel Linux, tomou uma decisão decisiva ao remover 178 colaboradores, muitos dos quais vinculados a empresas russas, da lista de mantenedores do kernel. A medida foi justificada como uma resposta a “vários requisitos de conformidade”, que incluem, mas não se limitam, a sanções internacionais impostas contra a Rússia.
Justificativa e firmeza na decisão
Torvalds foi claro em suas declarações, deixando explícito que essa decisão não seria revertida, mesmo diante de tentativas de alguns membros da comunidade de enviar patches para reverter a remoção. Em um de seus e-mails, ele descreveu as tentativas de reversão como uma iniciativa de “trolls russos”, rejeitando a possibilidade de reconsiderar a decisão. Ele também destacou que as sanções internacionais não são uma questão exclusiva dos EUA, mas uma resposta global à situação política envolvendo a Rússia.
Impacto na comunidade Linux
Essas remoções afetam diretamente áreas críticas de desenvolvimento do kernel, incluindo drivers para plataformas importantes como Baikal-T1, sistemas de arquivos UFS, e diversas interfaces de dispositivos de mídia. No entanto, Torvalds afirmou que essa ação foi necessária para garantir o cumprimento das sanções internacionais e proteger o projeto de possíveis complicações legais.
Respostas da comunidade e reação de Torvalds
Alguns membros da comunidade, como Peter Cai, levantaram questões sobre a transparência em torno da decisão e sobre os países afetados por essas sanções. Torvalds respondeu diretamente, afirmando que não discutiria questões legais com “pessoas aleatórias da internet”, especialmente aquelas que ele suspeita serem atores pagos. Ele enfatizou que as informações foram fornecidas por advogados e que ele confia no aconselhamento jurídico para guiar essas ações.
Conclusão
A remoção de colaboradores russos da lista de mantenedores do kernel Linux marca um momento importante na história do projeto, mostrando como fatores políticos globais podem impactar até mesmo projetos de código aberto. A firmeza de Torvalds em manter essa decisão sublinha a necessidade de conformidade e reforça a posição do Linux como um projeto que se alinha a diretrizes globais de responsabilidade legal.