Linux no iPhone

Patches do Device Tree permitem linux em iphones e ipads com SoCs apple a7 a a11

Desenvolvedores submetem patches do Device Tree para permitir a inicialização do Linux em dispositivos Apple com SoCs A7 a A11. Patches incluem suporte para SMP, UART, watchdog e mais, com algumas limitações em dispositivos com o chip A11.

Fundo laranja com a logo da apple na cor cinza claro e o mascote tux do Linux ao centro, indicando que o Linux funcionará dentro dos dispositivos da Apple.

Desenvolvedores de código aberto continuam avançando na compatibilidade do Linux com dispositivos Apple mais antigos. Recentemente, foram submetidos patches do Device Tree (DT) à lista de discussão do kernel Linux (LKML) para avaliação e possível inclusão no kernel principal. Esses patches visam habilitar o boot do Linux em iPhones, iPads, iPods e Apple TVs com processadores A7 até A11.

O progresso dos patches no kernel

Os patches, desenvolvidos por Konrad Dybcio e revisados por Nick Chan, incluem suporte para uma gama de dispositivos que utilizam os SoCs Apple A7, A8, A8X, A9, A9X, A10, A10X e A11. Essa série de correções faz parte de um esforço contínuo para resolver problemas críticos e permitir que esses dispositivos executem o sistema operacional Linux.

Nick Chan, em sua carta de apresentação para a série de patches, destacou que essa nova implementação suporta vários componentes essenciais, como SMP (spin-table), UART, framebuffer simples, watchdog, temporizadores, pinctrl e interrupções AIC. Além disso, dispositivos com A7 a A10 SoCs também recebem suporte para teclas GPIO, enquanto dispositivos com A11, como o iPhone X, apresentam limitações devido ao uso de subdispositivos SMC.

Dispositivos suportados e limitações

A série atual cobre um número significativo de dispositivos, incluindo iPhones, iPads, iPod touches e Apple TVs com SoCs A7 a A11. No entanto, dispositivos baseados no T2 (como alguns modelos com SoC A10) ainda não são compatíveis, pois o bootloader não está funcionando corretamente. O HomePod também foi excluído desta série devido à falta de testes e à sua arquitetura diferenciada.

Para os dispositivos com A10 SoCs, o suporte ao cpufreq foi incluído, o que permite uma gestão mais eficiente de energia e desempenho. No entanto, Chan alertou que os processadores A10(X) têm pares de núcleos de desempenho e eficiência que funcionam como núcleos lógicos únicos, o que requer ajustes nas frequências de estados de baixa potência.

Conclusão

Essa iniciativa de habilitar o suporte ao Linux para dispositivos Apple mais antigos representa um avanço significativo para a comunidade de código aberto, especialmente para aqueles interessados em executar o Linux em dispositivos que utilizam os chips da Apple A7 a A11. A série de patches está atualmente sob revisão e pode ser vista na lista de discussão do kernel Linux.

FAQ: Patches do Device Tree para dispositivos Apple com SoCs A7 a A11

O que são os patches do Device Tree para dispositivos Apple?

Os patches do Device Tree são correções submetidas ao kernel Linux que permitem que dispositivos da Apple, como iPhones e iPads com SoCs A7 a A11, possam iniciar o sistema operacional Linux. Esses patches habilitam componentes como SMP, UART, framebuffer simples, e outros necessários para o funcionamento básico do Linux nesses dispositivos.

Quais dispositivos Apple são suportados pelos patches do Device Tree?

Atualmente, os patches suportam iPhones, iPads, iPods touch e Apple TVs com SoCs A7 a A11. No entanto, dispositivos com chips T2 (baseados no A10) e o HomePod foram excluídos por não terem o bootloader funcionando corretamente ou por falta de testes adequados.

O que é suportado nos dispositivos Apple com os SoCs A7 a A11?

Os patches oferecem suporte a SMP (spin-table), UART, watchdog, temporizadores, pinctrl, interrupções AIC e GPIO-keys para os SoCs A7 a A10. Dispositivos com A11 possuem limitações, como o fato de as teclas serem subdispositivos SMC, o que impede o suporte a GPIO-keys.

Qual a importância do suporte ao cpufreq nos dispositivos com A10 SoCs?

O cpufreq permite a gestão dinâmica de frequência do processador, ajustando o desempenho e o consumo de energia conforme a demanda do sistema. No A10, esse ajuste é crítico devido à arquitetura de pares de núcleos de desempenho e eficiência, que funcionam como núcleos lógicos únicos.

Como posso acompanhar o progresso desses patches?

Você pode acompanhar a evolução desses patches na lista de discussão do kernel Linux (LKML). Lá, os desenvolvedores compartilham as atualizações e revisões para a inclusão no kernel principal.