Como escolher uma Distribuição Linux? Algumas dicas que podem ajudar você!

Como escolher uma Distribuição Linux? Algumas dicas que podem ajudar você!

Podemos supor como escolher uma distribuição Linux para uso pessoal ou profissional não é nada fácil, e em muitos casos pode gerar uma grande confusão em especial para aqueles que estão chegando neste grande mundo, vou tentar desmistificar algumas coisas que não é bem como se fala por aí.

Antes de mais nada, é preciso entender alguns termos que você vai ouvir muito, e certamente vai ser motivo de discussão. Além disso, fizemos um artigo explicando o que é Linux.

Termos comuns

Kernel – É o núcleo do sistema, ele faz com que o sistema converse com o hardware, é como se fosse uma espécie de coração, só que cheio de códigos e instruções. Porém, às vezes é preciso fazer um implante neste coração, ou seja, o coração (kernel) que foi lançado pela equipe do Linus Torvalds (Criador do kernel Linux) pode não ser suficiente para que tudo funcione de forma adequada no seu computador, e é aí aonde entram os módulos, eles são responsáveis por adicionar novos serviços ao coração do sistema.

Existem vários tipos de Kernel, o linux-libre que é o mesmo kernel do linux mas sem código proprietário, o HURD que é um kernel desenvolvido pela Free Software Foundation, o BSD que é um kernel desenvolvido pelo projeto BSD e o que vamos tratar neste artigo, o popular Kernel Linux. Por isso, quando chamamos de distribuição Linux ou GNU/Linux, estamos dando referência ao kernel ao qual vem nele.

GNU – É tudo aquilo que está ligado ao projeto GNU. Ele é um conjunto de softwares livres que são homologados pela Free Software Foundation. Alguns exemplos são o GNOME, Vera, e outros ambientes, como também o GIMP e outros milhares de softwares. Qualquer pessoa pode ter acesso ao código fonte do programa.

O que não acontece nos software proprietários, pois o código fonte não é fornecido e caso alguém pegue este código proprietário e tente suar, pode ser chamado de criminoso, pois as patentes de software proprietário criminalizam e muito quem os utiliza sem devida autorização que é altamente burocrática. Já no software livre, você pode ter acesso ao código fonte, pode ler, estudar e utilizar como bem entender, e assim você fica sabendo o que há dentro dele, sem surpresas, sem espionagem.

KDE, GNOME, LXDE, Unity, Mate e outros – Estes são os nomes de alguns ambientes de desktop, são muitos espalhados pelo mundo, eles são o visual, a cara do seu sistema, eles vão gerenciar janelas e organizar as atividades. Não há uma fórmula de qual é o melhor, isso vai depender o que você considera usável, e claro, bonito, talvez seja essa a parte em que muitas pessoas tem grande dificuldades. Dentro destes ambientes, é possível personalizar, utilizando outros temas, pacotes de ícones e tantas outras coisas afim de deixar tudo mais bonito e com a sua cara.

Bom, este artigo é dedicado aos iniciantes, para quem esta começando, por hoje vamos tratar destes pequenos tópicos que podem ajudar muita gente a esclarecer algumas dúvidas.

Escolhendo uma distribuição GNU/Linux

Mas, agora chegou o momento de escolher de fato a distribuição. Muitos usuários não sabem, mas toda distribuição Linux, possuem a mesma base, que é o Kernel Linux, o que vai mudar é o empacotamento, onde os mais populares são o .deb (Empacotamento Debian), .RPM (Empacotamento usado pelo Fedora, RedHat, openSUSE, e derivados), temos também o .tar.xz (que é usado no Arch Linux). Enfim, existem vários, mas os populares sãos os dois primeiros.

Mesmo sendo o mesmo kernel, o projeto é que faz toda diferença. ele deve ser bem organizado, ter suas áreas de suporte ativo, não digo suporte ao usuário, mas a própria distribuição no que diz respeito a correções de erros e até mesmo brechas de segurança.

Agora vem a parte que engana muita gente; existem distribuições que são muito bonitas e que muitas vezes utilizam pacotes de outras distribuições. Ocorre que muita gente deixa-se levar pela aparência, mas esquece que podemos reproduzir os mesmos efeitos, temas e pacotes de ícones da mesma forma.

E aí aonde começa a grande confusão, seguem os erros, instabilidades, uma vez que algumas distribuições não possuem testes necessários de controle de qualidade, segurança e estabilidade. O que vai fazer o usuário frustar-se no primeiro uso, por isso, é preciso saber sobre a equipe trabalha em tal distribuição.

Então, Como escolher uma Distribuição Linux?

Pensando nisso, e lembrando das distribuições mais populares, vou tentar apresentar para você algumas distribuições, algumas especificações e curiosidades.

Debian

O foco do Debian é ter estabilidade e redução de bugs, pois existe um controle de qualidade intenso através de vários testes. Por isso, que muitas vezes o Debian é tido como uma distribuição velha, devido a seus pacotes não serem os mais recentes.

Isso ocorre justamente porque ainda estão precisando ser testados. A equipe do Debian é imensa, e os testes são rigorosos. Ela ainda conta com vários repositórios como:

  • Experimental;
  • Instável;
  • Teste;
  • Estável;
  • Velho estável.

Por isso, o Debian é muito cuidadoso, nele você encontra quase todos os ambientes de Desktop, mas não é foco do Debian ser bonito, e sim, ser estável e evitar dores de cabeça.

Ubuntu

Ele é baseado no Debian e também possui uma equipe sólida e mais próxima da comunidade em geral, tudo isso porque o foco do Ubuntu é o usuário final. O Ubuntu conta com a Canonical por trás do projeto, seguido por muitos usuários que colaboram com a distribuição pelo mundo. O objetivo do Ubuntu é ser amigável, em especial para quem esta tentando sair do Windows e migrar de vez para o Linux.

Logo, o Ubuntu torna-se mais popular porque ele já vem pronto para uso, e claro, foi uma das primeiras distribuições que mudou o conceito de “pronto para usar”. Afinal o usuário não precisa fazer esforço nenhum para começar a usar.

Linux Mint

Filho do Ubuntu, a distribuição usa os pacotes dele, possui as mesmas características do Ubuntu no que se diz respeito a facilidade de uso.

Atualmente eles ajustam muito as questões de aparência, para que o usuário tenha também uma melhor experiência.

Fedora:

Filho da versão empresarial (paga) RedHat, o Fedora é uma distribuição laboratório da versão empresarial, chamada de forma singular RHel. Neste caso os recursos que em breve vão ser implementado na versão paga é testado antes no Fedora.

Existe toda uma estrutura empresarial e comunitária. Existem várias ilhas que controlam a qualidade da distribuição, corrigindo erros e garantindo falhas de segurança. Afinal de contas, tudo precisa ser testado muito bem e corrigido logo, antes da versão final do Fedora e também para tudo ir funcionando para o RHel.

openSUSE

Filho da versão empresarial SUSE (paga), eles utilizam também o empacotamento .RPM. o openSUSE utiliza toda parte do código aberto do SUSE, e também com foco no usuário final.

Esta distro possue diferentes formas de instalação de softwares, afim de facilitar a vida dos usuários finais, também conta com algumas ferramentas que dão poder aos usuários mais avançados de remover itens até mesmo do Kernel Linux via interface gráfica, a transparência de código é um dos diferenciais da distribuição. Claro, todas as outras você consegue fazer as remoções, mas o camaleão consegue deixar isso mais claro e fácil.

Considerações

Todas distribuições fornecem os mesmos ambientes, e você pode personalizar todos eles para escolher uma distribuição Linux para que você a deixe personalizável.

Claro, se você está começando utilize as mais fáceis. Posteriormente, você vai experimentando todas as outras com o nível maior. Mas isso você vai ter que experimentar e descobrir.

Se você for um profissional de TI ou área relacionada qualquer distribuição irá te ajudar. Mas, acredito que é obrigatório conhecer um pouco de cada uma, afinal de contas você precisará aprender o manuseio de cada uma.

Mas se não for um profissional de TI ou também não tiver interesse em aprender nada sobre sua distribuição, o seu intuito for só usar mesmo, vale muito começar pelas mais fáceis e amigáveis.

Agora que você já sabe mais um pouco da minha visão de como escolher uma Distribuição Linux.