Já se perguntou por que tantas distribuições usam kernels diferentes? O Mint, por exemplo, tem uma diferença entre os seus. O LMDE usa o kernel 4.9 e o Linux Mint Cinnamon usa o kernel 4.15.0. Mas, deveriam eles todos usar o mesmo kernel?
Há problemas de segurança por não usar um kernel atualizado? Ou está tudo bem em distribuições usarem qualquer kernel?
As 3 razões principais pelas quais distribuições são lançadas com kernels diferentes
Em primeiro lugar, as diferentes distribuições costumam ser lançadas em épocas diferentes. Por exemplo, o Ubuntu 18.04 foi lançado em abril de 2018 e saiu com a versão 4.15 do kernel. O Fedora 28 foi lançado em maio de 2018 e usou a versão 4.16 do kernel. Pequenas diferenças em calendários de lançamento podem fazer uma leve diferença nas versões do kernel.
Em segundo lugar, projetos diferentes usam bases diferentes ou distribuições-pais. Voltando ao exemplo do início deste artigo, o Linux Mint mantém dois ramos principais: um baseado no Ubuntu e um baseado no Debian. Linux Mint Debian Edition 3 foi baseado no Debian 9 e usa a versão 4.9 do kernel de sua distribuição-pai. A principal edição do Mint usa o Ubuntu 18.04 como sua base e herda a versão 4.15 do kernel.
A terceira razão é que diferentes distribuições possuem leves diferenças nos objetivos de suporte e, às vezes, escolherão a dedo seus kernels para casar com o que querem. Kernels diferentes são suportados pelos desenvolvedores do kernel por diferentes períodos de tempo, com mais ou menos a cada quinta versão recebendo suporte de longo período. Distribuições na vanguarda, como aquelas como a família Arch Linux, geralmente usarão a última versão estável do kernel. Outros projetos, como o Debian e o CentOS, que fornecem atualizações de segurança por anos, estarão mais inclinados a usar kernels de suporte de longo período (LTS, sigla em inglês). Você pode ver quais kernels recebem suporte de longo período em kernel.org.
Com informações de DistroWatch.
Leia também: Kernel Linux 5.4 apresenta mais novidades