As redes móveis para uso privativo por empresas em diversos segmentos são apontadas como uma promissora nova fronteira de negócios para fabricantes de infraestrutura, operadoras de telecomunicações e integradores de TI. Para muitos, é um oceano azul a ser explorado, o que não significa que a jornada será livre de algumas tempestades, segundo apontam especialistas e consultorias que acompanham este mercado.
A GSA estimou em um relatório publicado em junho passado que existam 794 redes privativas móveis no mundo implementadas ou em processo de implementação. A maioria é em 4G e está concentrada na China. Por sua vez, a IDC prevê que esse mercado vai movimentar US? 8,2 bilhões no mundo em 2026, o que representará um crescimento médio anual de 36% ao longo dos próximos quatro anos — e nesta conta não está computada a receita com conectividade das referidas redes.
Em outra pesquisa, feita pela Omdia no fim do ano passado com representantes de 450 empresas em nove países, 10% dos respondentes já tinham redes privativas móveis implementadas e 6% tinham provas de conceito em andamento, mas o restante possuía planos de lançar uma dentro de dois anos.
A maioria dos projetos de redes privativas móveis no mundo estão sendo feitos para indústrias, varejistas, portos e governos, apontam IDC e Omdia. Mas por que essas empresas estão recorrendo à tecnologia móvel para suas redes? A resposta poderá ser conhecida no MPN Fórum, que reunirá presencialmente, em sua segunda edição no dia 29 de novembro no WTC, representantes do governo federal e baiano, além de especialistas e líderes empresariais para debates e apresentação de casos de uso em vários segmentos.
Está prevista a apresentação de cases da Globo, do governo da Bahia e da PUC-Rio; palestras sobre o projeto da rede privativa do governo federal e sobre o uso de small cells para essa finalidade; e um debate sobre oportunidades e desafios desse mercado no País.
O MPN Fórum contará com a participação de Marta Pudwell, coordenadora de integração do projeto Campo Conectado, CETUC/PUC-Rio, para debater o Campo Conectado; Major PM Jefferson Araújo, gerente de projeto, Secretaria de Segurança Pública, Governo da Bahia, para apresentar a rede privativa LTE para segurança pública do governo da Bahia;
As experiências da Globo com 5G para a transmissão de eventos ao vivo serão abordadas por Francisco Peres, gerente do departamento de estratégia e licenciamento de telecom, Globo. Uma sessão especial está programada para tratar do papel das small cells no avanço das redes privativas móveis no Brasil, com a participação de Marco Szili, sócio-fundador da Telesys. Em seguida, Geraldo Segatto, diretor do projeto de redes privativas do governo federal, EAF, irá analisar o que está por trás do projeto de rede privativa do governo federal.
O MPN Fórum terá encerramento com um painel de debates sobre as oportunidades e desafios para o mercado brasileiro de redes privativas móveis, com a participação de Ari Lopes, gerente para as Américas de mercados de telecom, Omdia; Cristiano Moreira, gerente de negócios com operadoras e soluções avançadas, Embratel; Fransergio Vieira, gerente sênior de desenvolvimento de negócios, Qualcomm; e Luiz Spera, gerente de estratégia para o mercado de telecom, CPQD.
A programação completa e informações para inscrições podem ser vistas na página do evento AQUI.