Programar não é uma tarefa fácil e, em alguns casos, pode ser bem massante para algumas pessoas. Então, se você não gosta de programar, talvez transformando tudo em game, possa ser a melhor solução para você. E, quem sugere isso é Léo Andrade, que é influenciador e especialista em tecnologia, referência em low-code e no-code no Brasil.
“Muitos estudantes de tecnologia já assumem que odeiam programação e se perguntam se é normal. A resposta é que é algo muito mais comum do que se possa imaginar”, diz Léo Andrade.
Segundo ele, “às vezes, o aluno sente um desconforto enorme em sala de aula. Segue as orientações do professor, abre a ferramenta de desenvolvimento, cria um projeto e, totalmente desanimado, simplesmente copia as coisas que são passadas posteriormente”.
Dificuldade/não gostar de programar pode ser um grande fator para travamento
Léo aponta aina que, se depender da própria iniciativa do aluno, nada sai de sua mente, que se mostra super criativa em outras áreas, por exemplo. “Por vezes, o aluno “mata” a aula se distraindo com outras atividades, só para poder passar o tempo e se livrar daqueles minutos intermináveis de lógica de programação, algoritmos e afins”.
“É um tal de “eu travo na hora” misturado com “não consigo pensar”, “tudo é tão difícil”, que a impressão que dá é que são casos perdidos, que é impossível mudar este cenário”.
A verdade é que a “obrigação” pode fazer com que muitos desistam. As pessoas precisam gostar do que estão fazendo e, não apenas fazer porque está sendo exigido delas. “E o problema não é exatamente do aluno. O problema reside, em tese, no modelo atual de ensino”.
Mas Léo tem um plano para mudar esse quadro. “Uma dica é usar a estratégia da gamificação, criando jogos da vida real para fazer as tarefas com muito mais criatividade e diversão”.
Transforme tudo em um “game”
O primeiro passo apontado pelo especialista é começar do zero, sem se preocupar com o progresso alheio. “Você só precisa ser melhor hoje do que você foi ontem. E agora vem a melhor parte: prepare recompensas para si mesmo. Nosso cérebro precisa desses estímulos. Crie pontuações para cada “fase” que você completar desse jogo. Conseguiu acordar cedo? 10 pontos pra você. Caminhou por algum tempo antes de ir ao trabalho? Mais 20 pontos pra você. A chuva atrapalhou seu treino? Ela é uma das fases mais difíceis de se passar: 50 pontos se caminhar na chuva. E assim por diante. Você não vai precisar de muito tempo para tornar isso um hábito e seu cérebro vai adorar”.
Léo incentiva a usar o sistema de pontos para cada meta alcançada, sobretudo na faculdade, com um programa de recompensa para cada meta. Assim, as coisas podem fluir melhor. “Para estruturar seu game, você pode criar suas pontuações com 10 pontos para um novo projeto do zero; 100 pontos para uma prova ou exercício entregue, por exemplo. Em cada semana, avalie sua pontuação e aproveite suas recompensas”.
“Dada a largada para o game, não esquece de sempre ter um compromisso consigo mesmo e deixá-lo claro publicamente: seja honesto com você e com seu professor. Esclareça sobre seu interesse em progredir, mas assuma suas dificuldades. Isso trará uma sensação de colaboração entre as partes. Mas a honestidade tem que estar à frente de tudo. Não tente passar seu professor “pra trás”, querendo ganhar nota “na malandragem”. Ele irá perceber facilmente. Essa é a primeira fase do seu jogo”, lembra Léo.
De acordo com o especialista, “o jogo vai reprogramar sua mente e sua rotina, trazendo mais leveza e dinamismo para o dia a dia e, principalmente, para as atividades de programação”.