Um novo termo tem tomado conta do mercado de tecnologia e, Cleison Santos, Coordenador de IoT da Logicalis, uma empresa global de serviços e soluções de tecnologia da informação e comunicação, escreveu um pouco sobre esse termo. A tecnologia Digital Twin, “vem tomando forma por meio de algumas aplicações práticas”.
Segundo o Coordenador de IoT, “Digital Twin nada mais é que a representação virtual de algum objeto, sistema, processo ou ambiente físico. Não se trata apenas da imagem, mas de uma representação dinâmica com a qual é possível interagir. No limite da imaginação, o cinema já retratou o conceito com o filme Matrix (1999), que trazia uma representação virtual do mundo”.
Quando trazemos esse termo para o ambiente de negócios, Santos revela que a tecnologia Digital Twin trataria de “uma tecnologia que permite exercitar cenários e fazer simulações, com a promessa de trazer mais agilidade aos processos representados”. Segundo ele, “é sempre mais fácil testar e fazer alterações em ambientes virtuais do que em um protótipo físico, principalmente durante o planejamento de um produto ou sistema”. Assim, a simulação pode representar um ambiente controlado para testes.
Quando falamos em operação e manutenção, a tecnologia Digital Twin nos permite contar com diagnósticos, previsões e feedbacks que ajudam a realimentar o planejamento. Da mesma forma, um processo operacional ou o funcionamento de um produto pode ser simulado antecipadamente e com variáveis diversas. Com isso, o ambiente virtual tende a se transformar, tornando-se cada vez mais rico, complexo e mais parecido com o mundo real.
No entanto, Cleison lembra que essa tecnologia não caminha só. Ele aponta que “um ambiente com esse grau de complexidade” teria na nuvem um local perfeito para “receber, armazenar e processar um grande volume de dados”. Assim, “junto com a nuvem, o uso de IoT, Inteligência Artificial e Machine Learning se tornam indispensáveis para possibilitar o aproveitamento máximo dessa enorme massa de dados”.
Uso da tecnologia Digital Twin em Smart Building
Apesar de ser tudo novo, a tecnologia já vem sendo aplicada, segundo o Coordenador da Logicalis:
Um exemplo é o Smart Building, que utiliza a nuvem para gerenciar e consolidar as mais diversas aplicações de automação predial. Com essa solução é possível utilizar a visualização 3D e a modelagem de dados para efetivamente reproduzir o prédio em um ambiente virtual a partir de templates pré-formatados. A simulação permite realizar todos os controles e obter detecção automática de falhas, performance, diagnósticos, predição e alertas da forma mais rápida e otimizada.
Ele aponta que, “na prática, cada elemento do prédio está representado no mundo virtual e integrado ao prédio físico por meio de sensores e atuadores. Com isso, o modelo virtual roda em tempo real, permitindo não apenas as simulações, como também prever possíveis problemas e consequentes otimizações”.
Por meio de uma arquitetura de referência, que serve como guia para a adoção, e aceleradores – que incluem componentes de Edge Computing para integração com redes de automação OT, Plataforma de IoT para gerenciamento de dispositivos, Digital Twins para modelagem de objetos e processos, e Modern Data Warehousing para inteligência de dados – é possível posicionar tecnologias e ferramentas que levam a experiência de uso para um outro patamar.
O termo ainda é bem jovem, mas, certamente, ainda o ouviremos bastante!