Shirley Anderson, um veterano do Vietnã de 68 anos, perdeu a metade inferior do seu rosto devido a um câncer de língua, mas uma equipe da Universidade de Indiana foi capaz de projetar uma mandíbula nova para ele usando uma impressora 3D de mesa. O processo apelidado de “IU Shirley Technique”, está sendo usado para ajudar outros pacientes.
Anderson começou o primeiro de seus tratamentos contra o câncer de língua em 1998. Devido a uma série de cirurgias e radioterapia, ele perdeu a língua, mandíbula e o pomo de Adão, tornando-o incapaz de falar e forçando-o a usar uma máscara facial em público.
“A prótese necessária para reabilitar Shirley é maior do que qualquer coisa que fizemos aqui na Universidade de Indiana”, explica Bellicchi em um mini-documentário sobre o caso de Anderson, que foi produzido. Na carreira de alguém em meu campo você nunca pode ser desafiado com uma prótese desta natureza.
Somente na última década com o surgimento de impressoras 3D de mesa, a tecnologia tem sido mais amplamente utilizada para produzir próteses.
“Travis e seus colegas são as primeiras pessoas de casacos brancos a entrarem neste espaço.”
Usando varreduras 3D do paciente, Jacobs projetou digitalmente uma prótese que complementaria perfeitamente a face de Anderson.
Um protótipo da prótese foi produzida de forma rápida e acessível numa impressora 3D, permitindo que a prótese fosse instalada no paciente de uma forma rápida e com o custo das próteses tradicionais, mantendo ainda os detalhes finos do desenho digital. Depois que o projeto foi refinado, o molde para a prótese foi produzido na mesma impressora 3D. Este molde foi então injetado com silicone para criar a prótese real.
A “IU Shirley Technique” é apenas a mais recente inovação nas aplicações protéticas de impressoras 3D. Embora a tecnologia por trás da impressão 3D tenha existido desde o final dos anos 80, ela tem sido principalmente utilizada para fins industriais por pessoas com o poder financeiro muito grande. Somente na última década, com o surgimento das impressoras 3D de mesa, a tecnologia tem sido mais amplamente utilizada para produzir próteses a preços mais acessíveis.
Para se ter uma ideia nas diferenças de preços, as impressoras 3D há uma década custavam cerca de US$120.000. A impressora usada por Bellicchi e sua equipe era uma
Form 2, que encontra-se disponível pelo valor de US$3.499 (ainda está caro, eu sei, mas já é uma grande evolução, né?)
Abaixo, confira o mini documentário feito sobre a criação da prótese e, principalmente, o antes e o depois de Shirley Anderson.