Malware Sorvepotel WhatsApp: Alerta e como se proteger

Escrito por
Jardeson Márcio
Jardeson Márcio é Jornalista e Mestre em Tecnologia Agroalimentar pela Universidade Federal da Paraíba. Com 8 anos de experiência escrevendo no SempreUpdate, Jardeson é um especialista...

Alerta de segurança: Sorvepotel, o novo malware que se espalha pelo WhatsApp, tem brasileiros como alvo principal.

O malware Sorvepotel WhatsApp se tornou a mais recente ameaça digital que coloca milhões de brasileiros em risco. Identificado por pesquisadores de segurança da Trend Micro, o worm malicioso vem se espalhando rapidamente pelo WhatsApp Desktop, explorando a confiança entre contatos e aproveitando a popularidade do aplicativo no país.

Neste artigo, você vai entender o que é o Sorvepotel, como ele se propaga de forma autopropagadora e quais medidas você precisa adotar imediatamente para se proteger contra essa campanha. O objetivo é fornecer um guia claro, prático e acessível que ajude tanto usuários comuns quanto profissionais de TI a se manterem seguros.

O Brasil, com sua altíssima taxa de uso do WhatsApp, tornou-se o foco dessa ameaça. Por isso, a atenção deve ser redobrada, principalmente para quem utiliza a versão WhatsApp Desktop no Windows, que é o principal alvo desse ataque.

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O que é o Sorvepotel e por que ele ataca o WhatsApp

O Sorvepotel é um malware do tipo worm que se espalha de forma automática pelo WhatsApp, principalmente na versão Desktop/Web. Diferente de outros ataques que visam roubar dados de forma direta, o foco inicial do Sorvepotel é se propagar o mais rápido possível, explorando a rede de contatos da vítima para alcançar novas máquinas.

De acordo com a Trend Micro, essa campanha se concentra no sistema operacional Windows, já que os arquivos maliciosos são preparados para rodar nesse ambiente. O ataque se aproveita da confiança que os usuários têm em mensagens recebidas no WhatsApp: ao receber um arquivo de um contato próximo, a tendência é abrir sem desconfiança.

Esse fator, aliado ao grande número de brasileiros que usam o WhatsApp diariamente, explica por que o Brasil foi escolhido como alvo principal da campanha.

O ciclo de infecção: do phishing à propagação

O processo de infecção do worm Sorvepotel começa com uma mensagem enviada automaticamente de uma conta já comprometida. O usuário recebe um arquivo ZIP ou LNK disfarçado como se fosse um recibo, documento ou comprovante aparentemente legítimo.

Ao abrir o anexo no Windows, um script em PowerShell é executado em segundo plano. Esse script estabelece comunicação com um servidor de comando e controle (C2), que envia instruções para o malware continuar sua propagação.

Ou seja, basta abrir o anexo para que a máquina já esteja comprometida e comece a trabalhar na disseminação do ataque.

A tática do worm: como ele se espalha automaticamente

A principal característica do Sorvepotel é sua capacidade de se espalhar automaticamente pelo WhatsApp Web/ Desktop. Assim que infecta uma máquina, ele passa a enviar os mesmos anexos maliciosos para os contatos da vítima, replicando o ciclo sem que o usuário perceba.

Esse comportamento lembra os worms clássicos dos anos 2000, mas adaptados para o cenário atual, em que aplicativos de mensagens dominam a comunicação. Um efeito colateral relatado por pesquisadores é que muitas contas acabam sendo banidas pelo WhatsApp devido ao excesso de mensagens automáticas enviadas pelo malware, o que prejudica ainda mais as vítimas.

Como se proteger: medidas essenciais contra o Sorvepotel e worms em geral

Embora o malware Sorvepotel WhatsApp seja preocupante, existem medidas práticas que podem reduzir drasticamente os riscos de infecção:

  • Nunca abra anexos inesperados: arquivos .zip ou .lnk recebidos no WhatsApp, mesmo que enviados por contatos de confiança, devem ser tratados com extrema cautela.
  • Verifique com o remetente: antes de abrir qualquer anexo, confirme se a pessoa realmente enviou aquele arquivo. Muitas vezes, o contato nem sabe que sua conta foi comprometida.
  • Mantenha o Windows atualizado: instalar as últimas atualizações de segurança do sistema operacional reduz brechas exploradas por malwares.
  • Use um antivírus confiável: soluções de segurança atualizadas podem bloquear scripts maliciosos e detectar comportamentos anômalos.
  • Prefira versões móveis para mensagens suspeitas: no smartphone, os arquivos maliciosos usados pelo Sorvepotel não são executados da mesma forma, o que reduz o risco imediato.
  • Evite o uso de atalhos .lnk: esse tipo de arquivo é frequentemente utilizado em ataques de malware, pois pode acionar scripts ocultos.

Essas práticas são fundamentais não apenas contra o Sorvepotel, mas também contra outros worms e campanhas de phishing que continuam a circular no Brasil.

Conclusão/impacto

O malware Sorvepotel WhatsApp é um lembrete de que a confiança digital pode ser explorada de forma massiva. Ao utilizar o aplicativo mais popular do Brasil como vetor de propagação, os cibercriminosos aumentam as chances de infecção e maximizam os danos.

Para o usuário comum, a lição é clara: redobre a atenção com anexos recebidos no WhatsApp, mesmo de pessoas conhecidas. Para profissionais de TI e empresas, é essencial investir em conscientização de colaboradores e reforçar práticas de segurança no uso do WhatsApp Desktop.

Compartilhe este alerta com seus contatos e ajude a conter a propagação dessa ameaça que mira diretamente os brasileiros.

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Jardeson Márcio é Jornalista e Mestre em Tecnologia Agroalimentar pela Universidade Federal da Paraíba. Com 8 anos de experiência escrevendo no SempreUpdate, Jardeson é um especialista em Android, Apple, Cibersegurança e diversos outros temas do universo tecnológico. Seu foco é trazer análises aprofundadas, notícias e guias práticos sobre segurança digital, mobilidade, sistemas operacionais e as últimas inovações que moldam o cenário da tecnologia.