O malware Sorvepotel WhatsApp se tornou a mais recente ameaça digital que coloca milhões de brasileiros em risco. Identificado por pesquisadores de segurança da Trend Micro, o worm malicioso vem se espalhando rapidamente pelo WhatsApp Desktop, explorando a confiança entre contatos e aproveitando a popularidade do aplicativo no país.
Neste artigo, você vai entender o que é o Sorvepotel, como ele se propaga de forma autopropagadora e quais medidas você precisa adotar imediatamente para se proteger contra essa campanha. O objetivo é fornecer um guia claro, prático e acessível que ajude tanto usuários comuns quanto profissionais de TI a se manterem seguros.
O Brasil, com sua altíssima taxa de uso do WhatsApp, tornou-se o foco dessa ameaça. Por isso, a atenção deve ser redobrada, principalmente para quem utiliza a versão WhatsApp Desktop no Windows, que é o principal alvo desse ataque.

O que é o Sorvepotel e por que ele ataca o WhatsApp
O Sorvepotel é um malware do tipo worm que se espalha de forma automática pelo WhatsApp, principalmente na versão Desktop/Web. Diferente de outros ataques que visam roubar dados de forma direta, o foco inicial do Sorvepotel é se propagar o mais rápido possível, explorando a rede de contatos da vítima para alcançar novas máquinas.
De acordo com a Trend Micro, essa campanha se concentra no sistema operacional Windows, já que os arquivos maliciosos são preparados para rodar nesse ambiente. O ataque se aproveita da confiança que os usuários têm em mensagens recebidas no WhatsApp: ao receber um arquivo de um contato próximo, a tendência é abrir sem desconfiança.
Esse fator, aliado ao grande número de brasileiros que usam o WhatsApp diariamente, explica por que o Brasil foi escolhido como alvo principal da campanha.
O ciclo de infecção: do phishing à propagação
O processo de infecção do worm Sorvepotel começa com uma mensagem enviada automaticamente de uma conta já comprometida. O usuário recebe um arquivo ZIP ou LNK disfarçado como se fosse um recibo, documento ou comprovante aparentemente legítimo.
Ao abrir o anexo no Windows, um script em PowerShell é executado em segundo plano. Esse script estabelece comunicação com um servidor de comando e controle (C2), que envia instruções para o malware continuar sua propagação.
Ou seja, basta abrir o anexo para que a máquina já esteja comprometida e comece a trabalhar na disseminação do ataque.
A tática do worm: como ele se espalha automaticamente
A principal característica do Sorvepotel é sua capacidade de se espalhar automaticamente pelo WhatsApp Web/ Desktop. Assim que infecta uma máquina, ele passa a enviar os mesmos anexos maliciosos para os contatos da vítima, replicando o ciclo sem que o usuário perceba.
Esse comportamento lembra os worms clássicos dos anos 2000, mas adaptados para o cenário atual, em que aplicativos de mensagens dominam a comunicação. Um efeito colateral relatado por pesquisadores é que muitas contas acabam sendo banidas pelo WhatsApp devido ao excesso de mensagens automáticas enviadas pelo malware, o que prejudica ainda mais as vítimas.
Como se proteger: medidas essenciais contra o Sorvepotel e worms em geral
Embora o malware Sorvepotel WhatsApp seja preocupante, existem medidas práticas que podem reduzir drasticamente os riscos de infecção:
- Nunca abra anexos inesperados: arquivos .zip ou .lnk recebidos no WhatsApp, mesmo que enviados por contatos de confiança, devem ser tratados com extrema cautela.
- Verifique com o remetente: antes de abrir qualquer anexo, confirme se a pessoa realmente enviou aquele arquivo. Muitas vezes, o contato nem sabe que sua conta foi comprometida.
- Mantenha o Windows atualizado: instalar as últimas atualizações de segurança do sistema operacional reduz brechas exploradas por malwares.
- Use um antivírus confiável: soluções de segurança atualizadas podem bloquear scripts maliciosos e detectar comportamentos anômalos.
- Prefira versões móveis para mensagens suspeitas: no smartphone, os arquivos maliciosos usados pelo Sorvepotel não são executados da mesma forma, o que reduz o risco imediato.
- Evite o uso de atalhos .lnk: esse tipo de arquivo é frequentemente utilizado em ataques de malware, pois pode acionar scripts ocultos.
Essas práticas são fundamentais não apenas contra o Sorvepotel, mas também contra outros worms e campanhas de phishing que continuam a circular no Brasil.
Conclusão/impacto
O malware Sorvepotel WhatsApp é um lembrete de que a confiança digital pode ser explorada de forma massiva. Ao utilizar o aplicativo mais popular do Brasil como vetor de propagação, os cibercriminosos aumentam as chances de infecção e maximizam os danos.
Para o usuário comum, a lição é clara: redobre a atenção com anexos recebidos no WhatsApp, mesmo de pessoas conhecidas. Para profissionais de TI e empresas, é essencial investir em conscientização de colaboradores e reforçar práticas de segurança no uso do WhatsApp Desktop.
Compartilhe este alerta com seus contatos e ajude a conter a propagação dessa ameaça que mira diretamente os brasileiros.