Quem quiser usar o sistema da Microsoft terá que abrir a carteira e pagar um preço salgado pelas atualizações. Em um comunicado, a Microsoft informa que passa a cobrar 61 dólares por atualizações do Windows 10. Conforme a empresa, a cobrança seria a partir de outubro de 2024. Isso mostra que será apenas um ano antes do Windows 10 encerrar o suporte oficial. Assim, a partir de então, a Microsoft vai cobrar nada menos que US$ 61 (mais de 300 reais na cotação atual). E não deve parar por aí. O preço dobra a cada ano, nos 3 anos seguintes. E não adianta tentar pular. Quem se atrasar para a festa e participar do segundo ano, terá que gastar o dinheiro para o primeiro ano também, já que essas atualizações são cumulativas.
Agora, vamos ser claros: essas Atualizações de Segurança Estendidas devem ser uma ponte temporária para organizações que precisam de mais tempo para fazer a transição para o Windows 11. Eles não pretendem ser uma solução de longo prazo. Mas convenhamos, para muitas empresas e indivíduos, atualizar para o Windows 11 não é tão simples quanto acionar um interruptor. Há problemas de compatibilidade, requisitos de hardware e sem mencionar o incômodo de migrar sistemas inteiros. Então, esse movimento da Microsoft parece que está mantendo os usuários reféns – pague ou corra o risco de ficar vulnerável a ameaças de segurança.
O que é ainda mais irritante é que esta não é a primeira vez que a Microsoft faz uma manobra como esta. Lembra do programa Windows 7 ESU? Sim, está seguindo a mesma cartilha. Mas, desta vez, a Microsoft nem sequer está oferecendo novos recursos, correções não relacionadas à segurança ou mudanças de design como parte do acordo. Você está essencialmente pagando pelo privilégio de não ter seu sistema transformado em um playground de hackers.
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Microsoft passa a cobrar 61 dólares por atualizações do Windows 10
E aqui está o pontapé inicial: se você estiver usando uma solução de gerenciamento de atualizações baseada em nuvem, como o Microsoft Intune ou o Windows Autopatch, poderá obter um desconto de ~25% no licenciamento da ESU. Mas, mesmo com o desconto, ele ainda vai custar US$ 45 por usuário (até cinco dispositivos) no primeiro ano. Claro, o gerenciamento baseado em nuvem tem seus benefícios, mas é um conforto frio quando você está sendo prejudicado por atualizações de segurança essenciais.
É hora de a Microsoft repensar essa estratégia. As atualizações de segurança devem ser um direito básico para os usuários, não um item de luxo com um preço alto. Mas se a Microsoft insistir em seguir por esse caminho, talvez seja hora de os usuários considerarem uma alternativa: o Linux. Isso mesmo, o kernel livre e de código aberto que alimenta muitos sistemas operacionais. É conhecido por sua segurança, estabilidade e flexibilidade. Com uma ampla gama de distribuições para escolher, há um sabor de Linux para todos, desde iniciantes até usuários avançados. E a melhor parte? Sem taxas de atualização pesadas.
Então, antes de pegar sua carteira para pagar por ESUs do Windows 10, reserve um momento para explorar o mundo do Linux. Você pode achar que é a solução perfeita para suas necessidades – e seu orçamento. Vamos fazer com que nossas vozes sejam ouvidas e defender atualizações de software justas e acessíveis. A segurança dos nossos sistemas e dos nossos dados está em jogo!
Esclarecimentos
* A Microsoft atualizou sua postagem no blog em 03/04/2024 com a seguinte declaração. Os detalhes e a estrutura de preços descritos neste post se aplicam apenas às organizações comerciais. Os detalhes serão compartilhados posteriormente para consumidores e usuários domésticos em nossa página de suporte ao consumidor final. As organizações educacionais podem encontrar informações personalizadas sobre o fim do suporte do Windows 10 no Blog de Educação da Microsoft.
