A troca do homem por máquinas têm sido uma constante na humanidade. Já se sabia que programas de Inteligência Artificial poderiam, por exemplo, redigir matérias jornalísticas ou somente escolhê-las para serem publicadas. Pois são extamente essas duas coisas que a Microsoft resolveu aplicar na troca de jornalistas por Inteligência Artificial.
Este é o primeiro passo a ser dado no mercado editorial, mesmo com possibilidades ainda limitadas ao se fazer essa mudança. O impacto no mercado de trabalho será ainda mais inevitável. Neste caso, tudo ocorrerá no curto prazo, ainda mais quando isso foi adotado pela gigante de tecnologia. Assim, a Microsoft demite jornalistas para dar lugar à Inteligência Artificial na seleção e edição de artigos nas plataformas Microsoft News e MSN.
Jornalistas da Microsoft trocados por Inteligência Artificial
Até o momento, a Microsoft contava com uma equipe de jornalistas dedicada à seleção de notícias e histórias que surgem nas suas plataformas MSN e o Microsoft News. No entanto, a empresa começou a dispensar estes profissionais para colocar a Inteligência Artificial (AI) a escolher as notícias e outros conteúdos aí apresentados.
E não podemos esquecer de um outro agravante: com a pandemia da COVID-19, o mercado editorial de grandes empresas de comunicação sofreu grandes retrações de publicidade, obrigando ao enxugamento de quadros. Contudo, a Microsoft garante que esta medida nada tem a ver com a pandemia, tratando-se apenas de mais uma reestruturação da empresa.
Como todas as empresas, avaliamos os nossos negócios regularmente. Daí pode resultar um aumento do investimento em algumas áreas e, de tempos em tempos, ajustes noutras. Estas decisões não são o resultado da atual pandemia, diz um porta-voz da empresa.
Segundo o site Business Insider, cerca de 50 empregos serão afetados nos Estados Unidos. Porém, as perdas devem se espalhar para outros escritórios como no Reino Unido, que deve demitir mais 27 pessoas.
Há cerca de 2 anos, com o lançamento do serviço Microsoft News, a empresa chegou a revelar que contava com mais de 800 editores a trabalhar em 50 locais diferentes, incluindo o Brasil. Resta saber até que ponto isso vai funcionar.