Wearables: Huawei lidera mercado global e ultrapassa Apple

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Jardeson Márcio
Jardeson Márcio é Jornalista e Mestre em Tecnologia Agroalimentar pela Universidade Federal da Paraíba. Com 8 anos de experiência escrevendo no SempreUpdate, Jardeson é um especialista...

Crescimento impulsionado por subsídios na China coloca Huawei no topo do mercado global de dispositivos vestíveis, à frente de Apple e Samsung

A Huawei surpreendeu o setor ao liderar o mercado global de wearables no primeiro trimestre de 2025, superando a Apple e consolidando seu domínio em um segmento altamente competitivo. Segundo um relatório da IDC China, a fabricante chinesa despachou 10 milhões de unidades, representando 21,9% de participação de mercado, impulsionada por forte crescimento na China — especialmente por políticas de incentivo governamental.

Huawei ultrapassa Apple e lidera o mercado global de wearables no 1º trimestre de 2025

Wearable Huawei

Crescimento impulsionado por subsídios e foco em smartwatches

O mercado de dispositivos vestíveis inteligentes cresce aceleradamente, e a Huawei assumiu a dianteira. Seu crescimento anual foi de 42,4%, comparado ao mesmo período de 2024, quando detinha 17% do mercado com 7 milhões de unidades embarcadas. Este avanço é atribuído, em grande parte, à demanda no mercado doméstico, que sozinha respondeu por 17,62 milhões de unidades — equivalente a 38,6% de todas as remessas globais no trimestre.

A China, beneficiada por subsídios estatais, foi a principal propulsora da expansão do segmento de smartwatches. De acordo com a IDC, o país registrou um aumento de 37,6% no volume total de wearables, com destaque para os smartwatches, que cresceram 25,3%, e as pulseiras inteligentes, com expressivo salto de 67,9%.

Xiaomi cresce mais que todos e Apple perde o topo

A Xiaomi garantiu o segundo lugar com 8,7 milhões de unidades enviadas, crescendo 42,6% em relação a 2024, quando detinha 14,7% de mercado. Agora, a fabricante detém 19% de participação global, e mostra sua força não apenas na China, mas também em mercados emergentes como Índia, Sudeste Asiático e América Latina.

Já a Apple, tradicional líder do segmento graças à popularidade do Apple Watch, caiu para a terceira posição, com 7 milhões de unidades e 15,5% de participação de mercado. Apesar da queda no ranking, a empresa teve um crescimento saudável de 37,2%, mas insuficiente para conter o avanço agressivo das marcas chinesas.

Samsung e Garmin completam o ranking com rumos distintos

A Samsung, quarta colocada, enviou 3,4 milhões de unidades, registrando queda de 5,7% em relação ao primeiro trimestre de 2024. Sua participação de mercado caiu de 8,8% para 7,5%, refletindo desafios de competitividade no segmento intermediário, onde perde terreno para rivais asiáticas mais acessíveis.

Por outro lado, a Garmin fechou o top 5 com 2,1 milhões de unidades enviadas, representando 4,7% do mercado. Seu crescimento foi de 29,5%, destacando-se como opção de nicho voltada a esportistas e usuários profissionais que valorizam sensores avançados e robustez.

Perspectivas e tendências para o setor de wearables

O mercado global de wearables registrou um total de 45,6 milhões de unidades enviadas no primeiro trimestre de 2025, um aumento de 10,5% em relação ao ano anterior. Destas, 34,81 milhões eram smartwatches e 10,76 milhões eram pulseiras inteligentes.

A tendência é de que o crescimento continue ao longo do ano, especialmente com o apoio de políticas de incentivo em mercados estratégicos, como o chinês. A IDC prevê que, até o fim de 2025, as remessas na China devem ser 36,9% maiores do que as de 2024, sinalizando que o domínio asiático neste setor ainda vai se intensificar.

Para empresas ocidentais como a Apple e a Samsung, a mensagem é clara: é preciso inovar e adaptar suas estratégias a mercados cada vez mais dinâmicos e dominados por soluções de alto custo-benefício.

Considerações finais

O domínio da Huawei no mercado global de wearables reflete uma mudança de paradigma: marcas chinesas estão conquistando não apenas volume, mas também prestígio tecnológico. Com o crescimento contínuo da demanda por dispositivos vestíveis voltados à saúde, bem-estar e produtividade, a batalha pelo pulso do consumidor global está apenas começando.

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