Nova variante de malware Bifrost coloca em risco usuários do Linux

Confira como se dá este tipo de ataque.

Pesquisadores de segurança da Palo Alto Networks descobriram uma nova variante do famigerado malware Bifrost, agora visando sistemas Linux com uma reviravolta astuta. Esta última iteração emprega um domínio enganoso, download.vmfare[.] com, para se disfarçar como um site VMware legítimo, ignorando assim as medidas de segurança e comprometendo usuários desavisados. Assim, uma nova variante de malware Bifrost coloca em risco usuários do Linux.

Bifrost, um Trojan de acesso remoto (RAT) identificado pela primeira vez em 2004, tem sido uma ameaça persistente, permitindo que os invasores roubem informações confidenciais, como nomes de host e endereços IP. O recente aumento nas variantes Linux do Bifrost gerou ondas de preocupação na comunidade de segurança cibernética, sinalizando um potencial aumento nos ataques a sistemas baseados em Linux.

O método desta última variante Bifrost é bastante insidioso. Ao aproveitar um domínio que se assemelha a um domínio VMware legítimo, os invasores podem evitar a detecção e obter acesso não autorizado aos sistemas de destino. Essa técnica, conhecida como typosquatting, é uma preocupação crescente no cenário de cibersegurança.

Nova variante de malware Bifrost coloca em risco usuários do Linux

O exemplo de malware, com um hash SHA256 de 8e85cb6f2215999dc6823ea3982ff4376c2cbea53286e95ed00250a4a2fe4729, foi descoberto hospedado em um servidor. Após a análise, descobriu-se que era um binário despojado, compilado para arquiteturas x86, tornando-o mais desafiador de analisar e rastrear.

Uma vez instalado, o Bifrost estabelece uma conexão de soquete para se comunicar com seu domínio de comando e controle (C2) e coleta dados do usuário, que são criptografados usando criptografia RC4 antes de serem enviados para o servidor do invasor. Esse nível de sofisticação destaca a natureza em evolução do malware e a importância de permanecer vigilante diante de tais ameaças.

A descoberta de uma versão ARM do Bifrost hospedada no mesmo endereço IP malicioso indica uma expansão da superfície de ataque, visando uma gama mais ampla de dispositivos além daqueles executados em arquiteturas x86. Esse desenvolvimento ressalta a necessidade de soluções de segurança abrangentes que possam se adaptar às táticas em mudança dos cibercriminosos.

Qual é a grande lição dessa notícia? Bem, o surgimento desta nova variante Bifrost deve servir como um lembrete gritante do cenário de ameaças sempre presente e em evolução. Ele ressalta a importância de medidas robustas de segurança cibernética, monitoramento contínuo e a necessidade de vigilância na proteção contra esse malware enganoso e prejudicial.

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Jornalista com pós graduações em Economia, Jornalismo Digital e Radiodifusão. Nas horas não muito vagas, professor, fotógrafo, apaixonado por rádio e natureza.
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