A Apple acaba de atualizar seu dispositivo mais futurista. O novo Apple Vision Pro chegou prometendo um salto de performance com o poderoso chip M5, despertando curiosidade e expectativas no mercado de Realidade Estendida (XR). Esta atualização surge em um momento em que a competição por atenção no mundo da realidade mista está se intensificando, com empresas como Meta, Google e Microsoft investindo pesado em experiências imersivas.
Neste artigo, vamos mergulhar em todas as novidades do Vision Pro com M5, desde o aumento de poder de processamento até a nova alça de cabeça que promete resolver a maior queixa dos usuários. Mais importante, analisaremos se essas melhorias são suficientes para justificar o preço estratosférico de US$ 3.499 (cerca de R$ 19 mil) e qual o verdadeiro lugar deste dispositivo na estratégia maior da Apple para XR.
Em um mercado de realidade mista cada vez mais competitivo, a Apple joga um jogo de longo prazo. Seria esta atualização um passo decisivo para o futuro ou apenas uma forma de manter a relevância enquanto a verdadeira revolução ainda não chega?
O que há de novo no Vision Pro (versão M5)?

O salto de desempenho com o chip M5
O principal destaque do novo Apple Vision Pro é, sem dúvidas, o chip M5. Ele oferece uma performance significativamente superior ao M2 utilizado na primeira geração, com melhorias gráficas que prometem tornar experiências de realidade virtual mais fluidas e realistas. Jogos em VR, aplicativos profissionais e simulações 3D se beneficiam de uma taxa de quadros mais estável, redução de latência e renderização mais detalhada.
Além disso, a eficiência energética do M5 permitiu à Apple estender a autonomia do headset. Agora, o Vision Pro com M5 oferece até três horas de uso contínuo, um aumento de cerca de 30 minutos em relação à geração anterior. Para sessões mais longas de trabalho ou entretenimento, esse ganho é relevante, ainda que longe de tornar o headset totalmente portátil para o dia inteiro.
Uma resposta à maior queixa: a nova Dual Knit Band
Outro ponto que a Apple destacou nesta atualização é a nova alça de cabeça Dual Knit Band. Projetada para melhorar o conforto e distribuir o peso de forma mais uniforme, esta alça é uma resposta direta às críticas sobre o desgaste físico do headset durante usos prolongados. O design de tecido elástico e acolchoado ajuda a reduzir a pressão sobre a testa e a parte posterior da cabeça, proporcionando uma experiência mais agradável.
No entanto, há um detalhe que pode frustrar alguns usuários: a Dual Knit Band ainda é vendida separadamente. Isso significa que quem já adquiriu a primeira versão do Vision Pro terá que desembolsar mais para atualizar o conforto, o que reforça a percepção de que a Apple continua mirando em um público de nicho e early adopters dispostos a pagar pelo melhor.
Detalhes que importam: mais pixels e o chip R1 mantido
A Apple também elevou ligeiramente a qualidade da tela, adicionando 10% mais pixels. Essa melhoria impacta diretamente na nitidez visual, tornando textos, gráficos e elementos 3D ainda mais definidos e realistas. Para quem utiliza o headset em ambientes profissionais ou de design, essa diferença é notável.
Apesar do salto no processador e na tela, o chip R1 — responsável por processar os dados dos sensores e controlar a interação com o mundo real — permaneceu o mesmo. Isso significa que a captura de movimentos e rastreamento ambiental continua altamente precisa, mas sem grandes avanços nesta área. O R1 garante que o Vision Pro com M5 continue a oferecer uma experiência de realidade mista integrada e responsiva.
O elefante na sala: o que não mudou?
O preço de US$ 3.499 e o ecossistema limitado
Apesar das melhorias, alguns fatores permanecem como barreiras significativas para a adoção em massa. O preço de US$ 3.499 ainda é proibitivo para a maioria dos consumidores, posicionando o Vision Pro como um produto de luxo ou profissional. Para muitos, o investimento não é justificável, especialmente considerando que os concorrentes oferecem experiências razoavelmente imersivas por valores muito mais acessíveis.
Além disso, o ecossistema do visionOS ainda está em fase inicial. A quantidade de aplicativos realmente otimizados e conteúdo relevante para a plataforma é limitada, o que significa que o usuário precisa ser paciente e muitas vezes depender de apps adaptados de outras plataformas. A promessa da Apple de expandir a biblioteca é real, mas o ritmo ainda é lento.
Ainda um produto de nicho?
O público-alvo do novo Apple Vision Pro continua sendo bem específico: desenvolvedores, profissionais criativos e early adopters. Para uso casual ou entretenimento doméstico, o headset ainda não oferece justificativa de preço frente a alternativas como o Meta Quest 3, que entrega boa performance e variedade de conteúdo a um custo muito menor.
A estratégia da Apple: por que lançar esta atualização agora?
Mais um “refresh” do que um “Vision Pro 2”
Analisando o lançamento, fica claro que o Vision Pro com M5 se aproxima mais de um refresh incremental do que de uma segunda geração completa. A Apple parece estar mantendo o produto relevante no mercado, corrigindo pontos de desconforto e oferecendo mais poder de processamento, sem avançar em mudanças estruturais significativas.
Essa estratégia também ajuda a testar a receptividade do público a novas tecnologias e funcionalidades, enquanto prepara terreno para futuras gerações do headset. É um movimento que reforça a filosofia da Apple de evolução constante, mas cuidadosa.
O verdadeiro foco está nos óculos AR?
Rumores indicam que a Apple teria cancelado versões mais baratas do Vision Pro para direcionar esforços a um headset de Realidade Aumentada (AR) mais acessível. Esse produto seria o verdadeiro competidor do Meta Quest 3, voltado para consumo em massa, enquanto o Vision Pro continua sendo uma vitrine tecnológica e um laboratório de inovação.
Essa abordagem evidencia que o novo Apple Vision Pro não é necessariamente um produto destinado a todos, mas sim uma peça estratégica dentro de um ecossistema mais amplo de realidade mista e aumentada.
Conclusão: vale a pena comprar o novo Apple Vision Pro?
O novo Apple Vision Pro com chip M5 oferece uma experiência de realidade mista mais poderosa, confortável e visualmente impressionante. O desempenho do M5, aliado à nova alça de cabeça e ao aumento da nitidez da tela, faz deste headset um dos mais avançados do mercado.
Por outro lado, o preço ainda é elevado, o ecossistema continua limitado e a atualização é incremental, mais um placeholder de luxo do que uma revolução completa. Para a maioria dos consumidores, opções como o Meta Quest 3 ainda oferecem melhor relação custo-benefício.
No final, a decisão de compra depende do perfil do usuário: desenvolvedores, profissionais criativos e entusiastas hardcore podem encontrar justificativa, enquanto o público casual deve ponderar se o investimento faz sentido agora.
E você, o que acha desta atualização? O poder do chip M5 é suficiente para te convencer ou o Meta Quest 3 ainda é a escolha mais sensata para a maioria? Compartilhe sua opinião nos comentários!