O futuro do armazenamento em um único átomo

Já conseguiu imaginar um disco rígido de bolso capaz de armazenar mais de 35 milhões de músicas? Isso ainda não é prático. Mas, a IBM acaba de dar um grande passo no sentido de melhorar a tecnologia da computação. Pesquisadores descobriram uma maneira de armazenar dados em um único átomo.

O armazenamento de dados está passando por uma evolução drástica. Recentemente, pesquisadores da Universidade Columbia e do Centro de Genoma de Nova Iorque, armazenaram dados digitais com sucesso em filamentos de DNA. Um sistema operacional completo, um filme, um cartão presente da Amazon, um estudo e um vírus de computador. Uma grama de DNA é capaz de armazenar 1.000.000.000 Terabytes de dados por mais de 1000 anos.

Os pesquisadores da IBM desenvolveram um ímã, o menor do mundo, usando um único átomo e embalaram-na com um bit de dados.

Atualmente, os discos rígidos usam cerca de 100.000 átomos para armazenar um único bit de informação – um 1 ou 0 – usando métodos tradicionais. Assim, este avanço poderia permitir que as pessoas armazenem mil vezes mais informações na mesma quantidade de espaço nas aplicações futuras.

A descoberta se deve aos 35 anos de estudos da IBM em Nanotecnologia. Isso inclui também o seu microscópio de tunelamento de varredura (STM), premiado com o Nobel, usado para construir o disco rígido atômico.

Os cientistas usaram um único átomo do elemento Hólmio (um elemento muito raro na Terra), que foi cuidadosamente colocado sobre uma superfície de óxido de magnésio, fazendo com que seus Polos Norte e Sul mantenham-se em uma direção estável. As duas orientações magnéticas estáveis definem o 1 e 0 do bit.

Então, os pesquisadores usaram uma agulha muito precisa e pequena para passar uma corrente elétrica através do átomo de Hólmio que invertera seus Polos Norte e Sul, replicando assim o processo de gravação de dados binários (1 e 0) para um disco rígido magnético tradicional.

Para obter mais informações sobre o projeto, confira o vídeo da IBM logo abaixo:

Para uma ilustração mais prática, os pesquisadores dizem que um sistema que usa os ímãs minúsculos possivelmente um dia armazenará todas as músicas presentes no iTunes, ou seja, 35 milhões de músicas  em um disco rígido do tamanho de um cartão de crédito.

Futuras aplicações de nano estruturas construídas com controle sobre cada átomo poderão algum dia tornar os centros de dados, computadores e outros dispositivos pessoais radicalmente menores e mais poderosos.

O desenvolvimento prático desses métodos, é claro, está no início e pode levar algum tempo para serem comercializados. Mesmo assim, o passo dado pela IBM foi gigantesco.

Share This Article
Follow:
Fundador do SempreUPdate. Acredita no poder do trabalho colaborativo, no GNU/Linux, Software livre e código aberto. É possível tornar tudo mais simples quando trabalhamos juntos, e tudo mais difícil quando nos separamos.
Sair da versão mobile