OnePlus 15: Câmera com ‘Image Engine’ próprio e fim da Hasselblad?

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Jardeson Márcio
Jardeson Márcio é Jornalista e Mestre em Tecnologia Agroalimentar pela Universidade Federal da Paraíba. Com 8 anos de experiência escrevendo no SempreUpdate, Jardeson é um especialista...

OnePlus aposta em tecnologia própria para levar a fotografia de seus celulares a um novo patamar. Saiba tudo sobre o 'Image Engine'.

OnePlus 15 câmera: o rumor que mexe com o mercado é que a OnePlus estaria pronta para estrear um motor de imagem proprietário, chamado informalmente de Image Engine, no seu próximo topo de linha. A mudança, se confirmada, marcaria não só um salto de fotografia computacional, como também o possível fim da parceria com a Hasselblad — um dos acordos mais comentados dos últimos anos no Android.

Para o usuário, isso importa porque a câmera sempre foi um ponto de debate na linha OnePlus. Ao longo das gerações, o desempenho evoluiu, mas a marca ainda buscava um “DNA” visual próprio para competir diretamente com Google e Samsung. Se o Image Engine chegar no OnePlus 15, a empresa ganha controle total do processamento e do estilo de imagem — um passo estratégico que pode reposicionar a marca no pódio da fotografia mobile. E há um tempero extra: a provável conexão tecnológica com a Oppo.

O que é o ‘Image Engine’ da OnePlus 15 câmera?

Image Engine

Em termos simples, um motor de imagem é um conjunto de algoritmos, modelos de IA e ajustes de ISP que define como o smartphone capta, interpreta e finaliza a foto. Ele atua do clique ao arquivo final, orquestrando exposição, redução de ruído, nitidez, cores e alcance dinâmico (HDR), além de recursos de vídeo.

Pelo que se comenta, o Image Engine da OnePlus foca em três frentes:

  1. Baixa luz mais limpa e detalhada, com ruído controlado sem “plastificar” texturas;
  2. Tons de pele mais fiéis e consistentes entre as câmeras;
  3. HDR mais natural, evitando halos e contrastes artificiais.

A vantagem de um motor próprio é a consistência estética: a marca define “como é uma foto OnePlus”. Isso inclui desde o balanceamento de branco até a maneira como o bokeh é renderizado em retratos. Na prática, menos dependência de terceiros e mais velocidade de evolução a cada atualização de software.

A jornada das câmeras OnePlus: do “ok” à parceria com a Hasselblad

Quem acompanha a marca há anos sabe: a OnePlus começou com câmeras competentes, mas raramente referência. Em 2021, firmou uma colaboração com a Hasselblad, priorizando ciência de cores e ferramentas como o Hasselblad Pro Mode. Houve ganhos claros na calibração e na coerência cromática entre sensores, enquanto o marketing do selo Hasselblad elevou a percepção de qualidade.

Mesmo assim, a concorrência também acelerou. Pixels seguiram dominando em fotografia computacional, e os Galaxy avançaram em zoom e vídeo. O resultado: a OnePlus melhorou muito, mas ainda buscava um estilo próprio — aquele “olhar” que você reconhece em um clique, mesmo sem ver a marca.

O fim de uma era: o que o adeus à Hasselblad significa?

Se o rumor do adeus se concretizar, as razões podem combinar custos, identidade visual e autonomia técnica. A parceria cumpriu um papel importante: acelerou o aprendizado interno, ajudou a estabelecer padrões de cor e fluxos de calibração e deu à marca chancela no discurso de câmera premium. Mas parcerias têm ciclo — e talvez a OnePlus sinta que já absorveu o know-how necessário para andar com as próprias pernas.

Para o consumidor, o impacto real dependerá do resultado final. Se o Image Engine entregar cores estáveis, texturas orgânicas e faixa dinâmica equilibrada em todas as lentes, a ausência do selo Hasselblad será apenas questão de logo. Caso contrário, a comparação será inevitável.

A conexão com a Oppo: inovação genuína ou rebranding?

A parte mais crítica do rumor é a possível semelhança com o Oppo Lumo — o motor de imagem que estreou nos topos de linha da empresa-irmã. Faz sentido: OnePlus e Oppo compartilham P&D sob o guarda-chuva da BBK, como já vimos em tecnologias de carregamento SuperVOOC e em otimizações de software.

Mas rebranding não é, por si só, algo negativo. Se a OnePlus adotar a base tecnológica do Lumo e a adaptar ao seu público, ao seu afinamento de cores e às suas prioridades de usabilidade, o resultado pode ser excelente. A chave está no ajuste fino: decisões sobre curvas de tom, mapeamento de ruído, nitidez intraquadro e renderização de pele. É nessa camada que as marcas imprimem sua identidade.

Além disso, um motor próprio facilita sinergia com o hardware. Sensores Sony de nova geração, lentes com melhor controle de flare e revestimentos óticos, tudo isso “conversa” melhor quando os algoritmos são co-desenvolvidos desde o início.

Como o Image Engine pode se encaixar no pacote do OnePlus 15

Embora o foco aqui seja o software, o hardware também importa. Os rumores falam em conjunto triplo de 50 MP (principal, ultrawide e telefoto periscópica), o que oferece base sólida para detalhe e consistência. Do lado do desempenho, a expectativa de um chipset Snapdragon Elite com ISP de última geração abre espaço para pipeline de IA mais rápido, redução de ruído multiquadro e melhor estabilização em vídeo.

Combinando lentes melhores, sensores modernos e um Image Engine afinado, a OnePlus pode atacar pontos onde historicamente alternava entre acertos e tropeços: texturas em baixa luz, balanço de branco sob LED, HDR contra-luz e transição suave entre câmeras durante a gravação.

O que muda para quem já usa um OnePlus?

Para usuários atuais, a boa notícia é que a OnePlus costuma levar recursos de câmera para modelos recentes via atualizações. Nem tudo chega a todos os aparelhos, claro, mas um motor proprietário tende a padronizar a evolução: é mais fácil portar algoritmos do que negociar dependências de terceiros.

Para quem pensa em migrar, o recado é claro: a marca quer que você reconheça uma foto “OnePlus” pela assinatura estética, não pelo selo no módulo. Se a estratégia funcionar, pode simplificar comparativos com rivais e fortalecer a reputação da empresa em fotografia computacional.

Conclusão: o que esperar da OnePlus 15 câmera?

O OnePlus 15 desponta como um dos lançamentos mais importantes da marca. Se o Image Engine entregar o que promete — baixa luz convincente, tons de pele fiéis e HDR natural —, a combinação com câmeras triplas de 50 MP e Snapdragon Elite pode colocar a OnePlus no topo da conversa em fotografia mobile. O fim do selo Hasselblad seria, então, o símbolo de uma nova identidade, não de um retrocesso.

A aposta em tecnologia própria de imagem parece ser o caminho certo para a OnePlus se destacar de vez no pódio da fotografia mobile. O que você acha dessa mudança? Deixe sua opinião nos comentários!

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