Introdução
A infraestrutura como código (IaC) tem sido um pilar fundamental na transformação digital, permitindo que as organizações gerenciem suas infraestruturas de TI com a mesma eficiência e agilidade que o software. No centro dessa revolução está o OpenTofu 1.7.0, uma ferramenta de IaC de código aberto que tem ajudado as organizações a automatizar o provisionamento e o gerenciamento de suas infraestruturas.
Agora, com o lançamento do OpenTofu 1.7.0, estamos entrando em uma nova era de IaC. Esta versão traz uma série de novos recursos e melhorias que estão redefinindo o que é possível com o IaC. Desde a criptografia de estado até as funções definidas pelo provedor, o OpenTofu 1.7.0 está empurrando os limites do que podemos alcançar com a infraestrutura como código.
Neste post, vamos mergulhar fundo no OpenTofu 1.7.0. Vamos explorar seus novos recursos, discutir como eles melhoram a versão anterior e considerar o impacto que eles terão na maneira como gerenciamos a infraestrutura de TI. Se você é um profissional de TI, um engenheiro de DevOps ou apenas alguém interessado em IaC, este post é para você. Então, vamos começar nossa jornada no mundo do OpenTofu 1.7.0.
O que é código (IaC)?
Infraestrutura como código (IaC) é o gerenciamento e provisionamento de infraestrutura por meio de código em vez de processos manuais. A IaC usa a metodologia de DevOps e o controle de versão com um modelo descritivo para definir e implantar a infraestrutura, como redes, máquinas virtuais, balanceadores de carga e topologias de conexão.
Os arquivos de configuração que contêm as especificações de infraestrutura são criados, facilitando a edição e distribuição das configurações. A IaC também assegura o provisionamento do mesmo ambiente, todas às vezes. Ao codificar e documentar as especificações de configuração, a IaC auxilia no gerenciamento de configuração e ajuda a evitar alterações de configuração ad-hoc não documentadas.
A IaC pode ser declarativa, definindo o estado desejado do sistema, ou imperativa, definindo os comandos específicos necessários para alcançar a configuração desejada. Em ambos os casos, a infraestrutura é provisionada automaticamente com base nas definições da IaC.
Ao automatizar o provisionamento da infraestrutura com a IaC, os desenvolvedores não precisam provisionar e gerenciar manualmente servidores, sistemas operacionais, armazenamento e outros componentes de infraestrutura sempre que criam ou implantam uma aplicação. Isso torna o processo mais eficiente e menos propenso a erros.
Novos recursos em OpenTofu 1.7.0
A versão 1.7.0 do OpenTofu é um marco significativo que introduz uma série de novos recursos. Esses recursos foram projetados para melhorar a segurança, a flexibilidade e a eficiência do gerenciamento de infraestrutura. Vamos explorar esses novos recursos em detalhes.
Além disso, com a aquisição da HashiCorp, a empresa por trás do Terraform, pela IBM, o papel do projeto OpenTofu parece ainda mais importante como garantia de que a ferramenta terá sua versão gratuita disponível para todos usarem sem restrições de licenciamento. Se você nunca ouviu falar sobre, temos um post que falamos sobre o que é o Opentofu.
Criptografia de estado
Um dos principais destaques do OpenTofu 1.7.0 é a criptografia de estado. Este recurso protege seus arquivos de estado de olhos curiosos, independentemente do backend de armazenamento que você usa. Você pode fornecer sua frase secreta de criptografia de forma segura usando variáveis de ambiente ou usar um sistema de gerenciamento de chaves como AWS KMS, GCP KMS ou OpenBao.
Funções definidas pelo provedor
Outra adição significativa ao OpenTofu 1.7.0 é o suporte para funções definidas pelo provedor. Isso permite que um provedor não apenas forneça recursos, mas também funções nativas que você pode usar em seu código OpenTofu. Além disso, os provedores podem definir dinamicamente funções personalizadas com base em sua configuração. Isso permite que você integre totalmente outras linguagens de programação.
Bloco removido
O bloco removido é um novo recurso que permite marcar recursos criados pelo OpenTofu para remoção do arquivo de estado, mas ainda mantém a infraestrutura criada. Isso é útil quando você deseja remover um recurso do estado, mas não deseja destruir o recurso na infraestrutura.
Blocos de importação loopable
Os blocos de importação loopable permitem importar recursos em massa de forma declarativa em seu código OpenTofu, ajudando nas migrações em grande escala.
Comparação com as versões anteriores
Ao comparar o OpenTofu 1.7.0 com suas versões anteriores, é evidente que cada nova versão traz consigo uma série de melhorias e novos recursos.
OpenTofu 1.6.0
A versão 1.6.0 do OpenTofu, lançada antes da 1.7.0, introduziu alguns recursos notáveis. Um desses recursos foi o recurso de teste de tofu, que permitiu aos usuários testar suas configurações e módulos OpenTofu. Além disso, o backend de estado S3 foi aprimorado com novos métodos de autenticação. Outra adição significativa foi um novo registro de provedor e módulo, que simplificou o método de publicação através de solicitações pull.
OpenTofu 1.5.0
A versão 1.5.0 do OpenTofu, que precedeu a versão 1.6.0, foi compatível com as versões 1.5.x do Terraform e a maioria das versões 1.6.x. Isso permitiu que os usuários fizessem a transição do Terraform para o OpenTofu sem a necessidade de fazer alterações em seu código.
OpenTofu 1.4.0
A versão 1.4.0 do OpenTofu introduziu alguns novos recursos, como a saída JSON para o comando tofu init
e a bandeira -concise
para o comando tofu plan
. Além disso, o comando tofu console
passou a funcionar em Solaris e AIX.
Ao comparar o OpenTofu 1.7.0 com essas versões anteriores, fica claro que a versão 1.7.0 trouxe uma série de melhorias e novos recursos. A criptografia de estado, as funções definidas pelo provedor, o bloco removido e os blocos de importação loopable são todos novos no OpenTofu 1.7.0. Esses recursos não estavam presentes nas versões anteriores, tornando a versão 1.7.0 um marco significativo na evolução do OpenTofu.
Conclusão
OpenTofu 1.7.0 representa um grande avanço para a infraestrutura como código. Com seus novos recursos e melhorias, ele está redefinindo os padrões para a maneira como gerenciamos e interagimos com nossa infraestrutura.
A introdução da criptografia de estado, por exemplo, é um marco significativo na segurança da infraestrutura como código. Isso não apenas aumenta a segurança dos dados, mas também dá aos usuários a confiança de que suas informações estão seguras, independentemente do backend de armazenamento que eles escolherem usar.
Além disso, o suporte para funções definidas pelo provedor abre novas possibilidades para a integração de outras linguagens de programação. Isso significa que os usuários agora têm mais flexibilidade e controle sobre como eles gerenciam e interagem com sua infraestrutura.
O bloco removido e os blocos de importação loopable são outros dois recursos que demonstram o compromisso do OpenTofu com a eficiência e a facilidade de uso. Esses recursos tornam o gerenciamento de infraestrutura uma tarefa mais simples e menos demorada.
Estamos ansiosos para ver o que o futuro reserva para o OpenTofu. Com a contínua inovação e desenvolvimento, não há dúvida de que o OpenTofu continuará a desempenhar um papel crucial na transformação digital.
Além disso, a recente aquisição da HashiCorp, a empresa por trás do Terraform, pela IBM, destaca a importância do projeto OpenTofu. Com essa aquisição, a garantia de que o OpenTofu continuará a ser uma ferramenta gratuita disponível para todos usar sem restrições de licenciamento é ainda mais importante. Isso assegura que a infraestrutura como código permanecerá acessível e utilizável para todos, independentemente de seu orçamento ou recursos.
Por fim, o OpenTofu 1.7.0 não é apenas uma atualização de software, mas um passo significativo em direção a um futuro onde a infraestrutura como código é a norma, não a exceção. E com cada nova versão, estamos um passo mais perto desse futuro.