Para os fãs de distribuições Linux que são ao mesmo tempo leves, rápidas e personalizáveis, uma ótima notícia: a equipe do Peppermint OS anunciou o lançamento de sua nova versão flagship. A grande novidade é a mudança da base do sistema para o recém-lançado Debian Trixie (Debian 13), trazendo um core moderno e estável para a experiência enxuta do desktop XFCE. Em outras palavras, o “DNA” minimalista continua — só que agora com fundações mais atuais e com um toque extra de conveniência para o dia a dia.
Instalação de apps mais fácil do que nunca
A mudança mais impactante para os usuários é a reformulação completa da ferramenta “Suggested Packages”. Mantendo a filosofia de “instale apenas o que você precisa”, a seleção de aplicativos agora aparece em uma GUI (Graphical User Interface) com botões de toggle — você liga ou desliga o que quer instalar e pronto. Nada de copiar comandos no terminal para a personalização inicial. Isso deixa o Peppermint OS Debian ainda mais acessível para iniciantes, e ao mesmo tempo agrada veteranos que só querem ir direto ao ponto. Sabe aquele momento pós-instalação em que você monta seu ambiente? Aqui, ele ficou quase lúdico: clique, confirme, use.
Base moderna e novas opções
Migrar para o Debian Trixie significa herdar um ecossistema atualizado, amplo e estável — três coisas que fazem diferença tanto para quem busca desempenho em máquinas modestas quanto para quem quer um desktop fiável para trabalhar. Atendendo a pedidos da comunidade, o Brave entra como opção na categoria de navegadores dentro do “Suggested Packages”, ampliando as escolhas sem forçar nada pré-instalado. O hBlock (bloqueio de anúncios/telemetria por hosts) também foi atualizado, ganhando a habilidade de repetir tentativas automaticamente quando algo falha — um detalhe pequeno, mas que evita tropeços em redes instáveis.
Calamares atualizado para QT6 (e QML6)
Outra modernização importante está no instalador Calamares, que agora usa QT6 e QML6. Na prática, isso se traduz em uma experiência de instalação mais fluida e com visual coerente com o restante do sistema. Para quem instala distros com frequência — seja para reviews, seja para reciclar máquinas — é aquele polimento que não chama atenção até você precisar dele. E quando precisa, faz diferença.
Minimalismo com escolha — do jeito Peppermint
O flagship continua fiel ao espírito do projeto: entregar apenas o essencial e deixar o usuário compor o restante. Com XFCE por padrão, o sistema permanece responsivo mesmo em hardware antigo, sem abrir mão de recursos práticos. É a tal “leveza com boas maneiras”: nada te empurra softwares que você não quer, e tudo o que você precisa está a um toggle de distância. Há também uma nota lateral sobre suporte a 32 bits: o time ainda não decidiu se continuará gerando ISOs nessa arquitetura — o Debian ainda mantém pacotes 32-bit, então a porta não está totalmente fechada, mas isso não é (e não deve ser) o foco desta versão.
No fim das contas, o recado é simples: o Peppermint OS Debian evolui sem perder a identidade. Se você gosta da ideia de começar com um desktop código aberto enxuto, bem acabado e com liberdade real de escolha — agora com um instalador mais moderno e um “primeiro boot” sem terminal — esta é a atualização que vale testar.