Pixel 6a pega fogo mesmo após correção: Risco continua

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Jardeson Márcio
Jardeson Márcio é Jornalista e Mestre em Tecnologia Agroalimentar pela Universidade Federal da Paraíba. Com 8 anos de experiência escrevendo no SempreUpdate, Jardeson é um especialista...

A solução de software do Google não foi suficiente para evitar um incêndio. Entenda o risco e saiba como se proteger.

Na madrugada de 26 de julho de 2025, um usuário do Reddit viveu um dos pesadelos mais temidos por qualquer dono de smartphone: seu Google Pixel 6a começou a pegar fogo enquanto carregava ao lado da cama. O relato, publicado no fórum, descreve uma situação assustadora — o usuário acordou com cheiro de plástico queimado, ouviu estalos vindos do aparelho e, ao se aproximar, viu o telefone já derretendo parcialmente e soltando fumaça.

O mais alarmante? O dispositivo estava com a última versão do Android 16, que trazia uma suposta correção de segurança para problemas de bateria. Isso acendeu um sinal de alerta na comunidade de usuários e especialistas: o risco pode estar longe de ter sido resolvido.

Este artigo analisa em profundidade esse novo caso, apresenta o histórico do problema, discute os limites das soluções adotadas pelo Google e oferece um guia prático de segurança para usuários do Pixel 6a, além de alertar potenciais compradores sobre os riscos.

Imagem de Pixel 6a queimado
Imagem: Gizchina

O novo e alarmante incidente: um despertar em chamas

O relato publicado em 26 de julho de 2025 no Reddit causou grande repercussão. O usuário descreve que deixou seu Pixel 6a carregando com o carregador oficial durante a noite. Por volta das 3h da manhã, acordou com um cheiro forte e incomum no quarto. Poucos segundos depois, notou que o aparelho exalava fumaça e calor excessivo, já apresentando derretimento na parte inferior.

O fogo foi contido rapidamente e, felizmente, ninguém se feriu. No entanto, os danos materiais incluíram o carregador, parte da superfície da mesa de cabeceira e o próprio smartphone — completamente inutilizado.

O que chama a atenção é que esse Pixel 6a já estava atualizado com a correção de software mais recente, parte do Android 16, lançada justamente para conter riscos de superaquecimento e inchaço da bateria. Isso levanta sérias dúvidas sobre a eficácia das medidas adotadas pelo Google.

Um histórico preocupante: a saga da bateria do Pixel 6a

Este não foi o primeiro incidente envolvendo o Pixel 6a e sua bateria de íon de lítio. Desde o início de 2025, usuários começaram a relatar problemas como inchaço da bateria, superaquecimento mesmo com uso leve e até rachaduras na tela causadas pela pressão interna.

Em resposta, o Google lançou uma atualização de software que prometia controlar melhor o carregamento do dispositivo, desacelerando a velocidade de carga em aparelhos com muitos ciclos e limitando a temperatura máxima atingida durante o uso e recarga.

A expectativa era de que esse patch fosse suficiente para eliminar os riscos imediatos. No entanto, o novo incidente mostra que a medida pode ter sido apenas paliativa.

Por que a correção de software do Google pode não ser suficiente?

O limite do software diante de uma falha física

Embora o software possa ajudar a controlar a temperatura e o ritmo de carregamento, ele não tem poder absoluto sobre os aspectos físicos da bateria. Se a célula de íon de lítio apresenta defeitos de fabricação, degradação química ou danos estruturais, o software não conseguirá evitar uma falha catastrófica.

Isso significa que, mesmo com o sistema monitorando temperatura e reduzindo a carga, uma bateria fisicamente comprometida ainda pode entrar em combustão espontânea. Essa realidade é um lembrete importante de que atualizações de sistema não substituem ações de recall ou substituição de componentes defeituosos.

O que a resposta do Google nos diz

Após os primeiros casos, o Google ofereceu substituição gratuita de baterias em unidades com problemas identificados. No entanto, o processo tem sido descrito como lento e limitado. Muitos usuários relataram dificuldades em conseguir atendimento, especialmente em países onde não há assistência técnica autorizada próxima ou canais de suporte eficientes.

No caso mais recente, o usuário afetado afirmou que o suporte do Google foi “gentil, porém ineficiente” e que ainda não teve uma solução concreta oferecida — mesmo após o envio de fotos do aparelho danificado.

A impressão que fica é que a empresa tenta ganhar tempo com medidas brandas, sem reconhecer a gravidade da situação de forma transparente e ampla.

O que fazer se você tem um Pixel 6a: um guia de segurança

Diante dos riscos crescentes e da resposta limitada da empresa, é essencial que usuários do Pixel 6a adotem medidas preventivas para proteger sua segurança e de quem está ao redor.

Sinais de alerta: como identificar uma bateria perigosa

Fique atento a qualquer um dos seguintes sintomas no seu Pixel 6a:

  • Inchaço da bateria: A tela pode começar a se soltar ou a parte traseira parecer estufada.
  • Superaquecimento constante: O aparelho esquenta de forma anormal mesmo em repouso ou durante tarefas simples.
  • Carregamento instável ou drenagem rápida de bateria: A carga se esgota muito rápido ou a recarga parece irregular.
  • Mudanças físicas: Rachaduras, deformações ou aumento do espaçamento entre os componentes.

Esses sinais indicam que a integridade da bateria pode estar comprometida e que há risco potencial de incêndio ou explosão.

Passos imediatos a seguir se você suspeita de um problema

Se notar qualquer um dos sintomas acima, siga estas recomendações imediatamente:

  1. Pare de usar e carregar o aparelho.
  2. Coloque o dispositivo em uma superfície resistente ao calor, longe de objetos inflamáveis.
  3. Não tente abrir o aparelho ou remover a bateria por conta própria.
  4. Entre em contato com o suporte do Google pelo site oficial, solicitando substituição imediata.
  5. Registre e documente o problema com fotos e, se possível, vídeos, para ter provas do incidente.
  6. Se não houver assistência técnica próxima, considere medidas legais ou reclamações formais, como contato com o Procon ou órgãos de defesa do consumidor.

A segurança deve ser prioridade absoluta.

Conclusão: a segurança do usuário em primeiro lugar

O Pixel 6a pegando fogo, mesmo após uma correção de software prometida pelo Google, representa um sério alerta para toda a comunidade Android. O caso mostra que falhas de hardware críticas não podem ser resolvidas apenas com atualizações remotas — exigem ações práticas, rápidas e transparentes por parte do fabricante.

É fundamental que o Google assuma a responsabilidade total por esses incidentes e ofereça suporte eficaz a todos os usuários afetados.

Enquanto isso, é papel da comunidade e dos meios de comunicação especializados — como o Sempre Update — manter os usuários informados e seguros.

Se você tem um Pixel 6a, compartilhe nos comentários sua experiência com a bateria e ajude a aumentar a visibilidade do problema. Quanto mais relatos forem registrados, mais pressão haverá por soluções reais e abrangentes.

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