Preço dos smartphones em 2026 dispara com IA e memória RAM

IA mais poderosa, memória RAM mais cara e smartphones pesando cada vez mais no bolso em 2026.

Escrito por
Jardeson Márcio
Jardeson Márcio é Jornalista e Mestre em Tecnologia Agroalimentar pela Universidade Federal da Paraíba. Com 8 anos de experiência escrevendo no SempreUpdate, Jardeson é um especialista...

O lançamento recente do Xiaomi 17 Ultra marcou mais do que a chegada de um novo topo de linha ao mercado, ele sinalizou um novo patamar de preços para smartphones premium em 2026. O que antes era restrito a modelos ultra caros começa a se espalhar por diferentes categorias, afetando diretamente o bolso do consumidor. Esse movimento não é isolado, Samsung e Apple já indicam que seguirão a mesma tendência nos próximos ciclos de produtos.

O cenário de preço dos smartphones 2026 é resultado de uma combinação complexa de fatores técnicos e econômicos, com destaque para a explosão da inteligência artificial, o aumento no custo da memória RAM e a competição direta entre fabricantes de celulares e gigantes da infraestrutura de IA. Para quem planeja trocar de aparelho nos próximos anos, entender esse contexto é essencial para tomar decisões mais conscientes.

O fator memória RAM e a infraestrutura de IA

O principal motor por trás do aumento de preços está longe de ser apenas o design ou o marketing. O mercado global enfrenta uma pressão crescente na cadeia de suprimentos de memória RAM, especialmente os módulos LPDDR5X e as próximas gerações já projetadas para workloads de IA.

Fabricantes de smartphones agora disputam os mesmos componentes utilizados em servidores de IA generativa, data centers e supercomputadores. Empresas focadas em nuvem e modelos de linguagem em larga escala compram volumes massivos de memória, elevando os preços e reduzindo a disponibilidade para o setor mobile.

Esse fenômeno afeta diretamente o preço dos smartphones 2026, pois a memória deixou de ser apenas um componente comum e passou a ser estratégica. Quanto mais recursos de IA embarcada um celular oferece, maior a necessidade de RAM rápida, estável e eficiente em consumo energético.

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O custo invisível da inteligência artificial

A inteligência artificial nos smartphones vai muito além de filtros de câmera ou assistentes de voz. Recursos como tradução em tempo real, geração de imagens offline, edição de vídeos com IA e processamento local de linguagem natural exigem mais memória, armazenamento rápido e chips mais complexos.

No caso da Apple Intelligence, por exemplo, a proposta de executar modelos diretamente no dispositivo aumenta significativamente os requisitos mínimos de hardware. O mesmo vale para as soluções da Samsung, que aposta em IA integrada ao sistema, câmera e produtividade, e da Xiaomi, que amplia o uso de modelos próprios em fotografia e desempenho.

Esse custo não aparece de forma clara para o consumidor, mas impacta diretamente o valor final do aparelho. Mais IA significa mais memória RAM, maior consumo de silício avançado e investimentos pesados em otimização de software, tudo isso refletido no preço.

Projeções de aumento por categoria de aparelho

Segundo dados e análises da Counterpoint Research, o impacto do aumento de custos não será uniforme. Cada categoria de smartphone deve sentir o efeito de forma diferente, criando um novo equilíbrio no mercado.

Nos aparelhos de entrada, o aumento estimado é de até 25%. Esses modelos sofrem mais porque operam com margens menores e são altamente sensíveis ao custo de componentes básicos, como memória e armazenamento. Mesmo pequenas variações no preço da memória RAM geram impactos significativos no valor final.

Os intermediários devem registrar um aumento médio de 15%. Essa categoria é a mais disputada do mercado e, ao mesmo tempo, a que mais recebe recursos antes exclusivos dos modelos premium, incluindo funções de IA e telas avançadas. O resultado é um encarecimento gradual, porém consistente.

Já os smartphones premium devem ter um reajuste em torno de 10%. Embora o percentual seja menor, o valor absoluto é elevado. Modelos como o Xiaomi 17 Ultra, futuros Galaxy S e iPhones já partem de preços altos, e qualquer aumento representa milhares de reais a mais para o consumidor.

Essas projeções reforçam que o preço dos smartphones 2026 não será apenas uma percepção, mas uma realidade mensurável em todas as faixas de mercado.

O que esperar de Samsung e Apple para 2026

A Samsung já sinaliza que a próxima geração, possivelmente representada pela linha Galaxy S26, terá foco ainda maior em IA embarcada. Isso inclui melhorias em fotografia computacional, automação de tarefas e integração profunda com serviços baseados em aprendizado de máquina. Tudo isso demanda mais memória e chips mais caros.

No lado da Apple, o ciclo do possível iPhone 18 deve consolidar a estratégia iniciada com a Apple Intelligence, ampliando a execução local de modelos e reduzindo a dependência da nuvem. Essa abordagem aumenta a privacidade, mas também eleva os requisitos de hardware, pressionando o custo de produção.

Ambas as empresas têm poder de repasse ao consumidor, especialmente em mercados onde suas marcas são associadas a status, confiabilidade e ecossistema. Assim, o aumento de preços tende a ser absorvido com menos resistência, ainda que gere desconforto para parte do público.

Conclusão e o novo cenário de consumo

O encarecimento dos smartphones até 2026 não é resultado de ganância isolada das fabricantes, mas de uma transformação estrutural do setor. A combinação de inteligência artificial, disputa por memória RAM e evolução tecnológica cria um novo padrão de custos difícil de ser revertido no curto prazo.

Para o consumidor, o desafio será avaliar se os recursos de IA realmente justificam pagar mais caro por um novo aparelho ou se faz mais sentido estender o ciclo de uso do smartphone atual. O preço dos smartphones 2026 redefine prioridades e pode mudar hábitos de consumo, favorecendo compras mais planejadas e conscientes.

Diante desse cenário, fica a reflexão, você pretende antecipar a compra do próximo celular ou prefere esperar para ver como o mercado vai se ajustar nos próximos anos?

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