S Pen no Galaxy Z Fold: O retorno é inevitável?

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Jardeson Márcio
Jardeson Márcio é Jornalista e Mestre em Tecnologia Agroalimentar pela Universidade Federal da Paraíba. Com 8 anos de experiência escrevendo no SempreUpdate, Jardeson é um especialista...

Samsung removeu a S Pen do Z Fold7, mas executivo confirma: ela pode voltar. Entenda os desafios técnicos e o que esperar do futuro dos dobráveis.

Samsung removeu a S Pen do Z Fold7, mas executivo confirma: ela pode voltar. Entenda os desafios técnicos e o que esperar do futuro dos dobráveis.O lançamento do Galaxy Z Fold7 chamou a atenção do mercado por seu design extremamente fino e leve, consolidando a Samsung como líder em inovação no segmento de celulares dobráveis. Porém, entre as melhorias e elogios, uma ausência foi sentida por muitos fãs da marca: o suporte à S Pen Galaxy Z Fold foi removido. Essa decisão gerou um grande debate entre entusiastas e consumidores, especialmente aqueles acostumados à produtividade proporcionada pela caneta stylus.

Recentemente, Kang Min-seok, diretor da divisão Samsung MX, concedeu uma declaração que traz luz ao futuro da S Pen nos dobráveis. Segundo ele, o design fino do Galaxy Z Fold7 exigiu sacrifícios técnicos, mas a Samsung não descartou o retorno da caneta no futuro. Este artigo vai analisar os motivos por trás dessa escolha, os desafios técnicos envolvidos na incorporação da tecnologia da S Pen em celulares dobráveis e o que podemos esperar para os próximos lançamentos da linha Fold.

O dilema entre a busca por um aparelho mais fino e leve e a demanda por funcionalidades que definiram a linha Note e foram incorporadas ao Fold é um dos principais pontos desta discussão. Afinal, será que o Galaxy Z Fold sem S Pen representa uma perda irreparável ou um passo necessário para a inovação?

S pen Fold
Imagem: GSMArena

O dilema do Galaxy Z Fold7: fino e leve, mas sem S Pen

A principal notícia em torno do Galaxy Z Fold7 é a remoção do suporte à S Pen. Diferente das versões anteriores, que contavam com a tecnologia da caneta stylus para aumentar a produtividade, a Samsung optou por retirar essa funcionalidade para conseguir entregar um dispositivo com perfil mais fino e leve, algo bastante valorizado pelos consumidores atuais.

A declaração oficial da Samsung

Em uma entrevista, Kang Min-seok explicou que a decisão de remover o suporte à S Pen foi consciente e baseada no feedback dos consumidores, que priorizam cada vez mais aparelhos finos. Ele afirmou que “a tecnologia ainda não está lá” para unir o melhor dos dois mundos — ou seja, um celular dobrável fino, leve e com suporte total à caneta stylus.

Essa declaração deixa claro que a Samsung reconhece o valor da S Pen e não pretende abandonar essa tecnologia, mas que, para o momento, as limitações técnicas impedem a integração ideal entre design e funcionalidade.

O que os consumidores realmente perderam?

Muitos podem pensar que a remoção da S Pen significa apenas a ausência de um slot para guardar a caneta. No entanto, a realidade é mais complexa. Para funcionar, a S Pen Galaxy Z Fold depende de uma camada extra na tela chamada digitalizador — um hardware sensível que detecta a caneta com alta precisão.

Essa camada digitalizadora não é algo simples de incluir em uma tela dobrável, pois adiciona espessura e complexidade ao conjunto. Ao removê-la, a Samsung conseguiu reduzir a espessura do aparelho, mas também eliminou a possibilidade de usar a caneta diretamente na tela, impactando a experiência dos usuários mais produtivos.

Por que é tão difícil colocar uma S Pen em um dobrável?

Para entender o desafio técnico por trás do Galaxy Z Fold sem S Pen, é importante conhecer o funcionamento da tecnologia que torna possível o uso da caneta stylus.

A camada digitalizadora (digitizer) é uma película especial embutida na tela que detecta os sinais eletromagnéticos emitidos pela S Pen. A Samsung utiliza a tecnologia Wacom EMR (Electro-Magnetic Resonance), que permite alta precisão e resposta rápida sem a necessidade de bateria na caneta.

Desafios de engenharia

Espessura: O digitalizador é uma camada extra que fica sobre o painel OLED. Em celulares dobráveis, onde o espaço entre as camadas já é apertado, adicionar essa película significa aumentar a espessura, o que vai contra a busca por um design mais fino.

Durabilidade: O principal desafio está no vinco da tela dobrável. A tela precisa suportar milhões de dobras, e o digitalizador deve ser flexível e resistente para não romper ou apresentar falhas. Garantir essa durabilidade é um desafio técnico e de engenharia gigantesco.

Flexibilidade: Os materiais usados para o digitalizador devem ser ao mesmo tempo flexíveis e precisos para captar os movimentos da caneta com alta fidelidade, sem interferir na qualidade de imagem da tela. Essa combinação ainda está em evolução para telas dobráveis.

O futuro da S Pen nos dobráveis: o que esperar?

Na mesma entrevista, Kang Min-seok revelou que a Samsung está “pesquisando e desenvolvendo tecnologias mais finas e inovadoras para a S Pen”. Isso indica que a empresa não pretende abandonar a caneta stylus, mas está focada em encontrar soluções que conciliem o design fino com a funcionalidade completa da S Pen.

Possíveis inovações tecnológicas

Podemos esperar avanços como:

  • Novos materiais para o digitalizador que sejam ultrafinos e extremamente flexíveis, capazes de suportar a dobragem sem perder a precisão.
  • Tecnologia da S Pen sem necessidade de camada digitalizadora — talvez por meio de sensores embutidos na caneta ou na tela que funcionem com outros princípios físicos.
  • Miniaturização dos componentes para que a caneta e seu suporte não comprometam a espessura do aparelho.

Além disso, a Samsung pode optar por um “equilíbrio perfeito de produto”, onde futuros Galaxy Z Fold sejam ligeiramente mais espessos para reincorporar a S Pen, além de baterias maiores e carregamento mais rápido, atendendo à demanda do público por mais produtividade.

Conclusão: um sacrifício temporário por uma inovação futura?

A retirada da S Pen Galaxy Z Fold no Galaxy Z Fold7 representa uma escolha estratégica da Samsung, que priorizou o design fino e a leveza do aparelho. Embora isso tenha frustrado parte dos usuários fiéis à caneta stylus, o compromisso da empresa com a inovação e a promessa de desenvolver tecnologias mais avançadas indicam que a S Pen deve retornar em breve.

Esse sacrifício pode ser temporário, um passo necessário para que a Samsung entregue um dobrável que não comprometa a usabilidade, a durabilidade e a produtividade.

E para você, a Samsung fez a escolha certa? Você prefere um dobrável mais fino e leve ou não abre mão da produtividade da S Pen? Deixe sua opinião nos comentários!

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