Samsung pode reviver a abertura variável para enfrentar o iPhone 18 Pro

A Samsung pode resgatar a abertura variável da câmera para enfrentar o iPhone 18 Pro.

Escrito por
Jardeson Márcio
Jardeson Márcio é Jornalista e Mestre em Tecnologia Agroalimentar pela Universidade Federal da Paraíba. Com 8 anos de experiência escrevendo no SempreUpdate, Jardeson é um especialista...

A rivalidade entre Apple e Samsung sempre foi marcada por um curioso efeito espelho, onde uma inovação de um lado rapidamente provoca respostas do outro. No centro dessa disputa está a fotografia mobile, hoje um dos fatores mais decisivos na escolha de um smartphone premium. É nesse contexto que surge o rumor de que a Samsung pode trazer de volta o recurso de abertura variável da câmera, utilizado pela última vez no Galaxy S9, como reação direta aos planos fotográficos do futuro iPhone 18 Pro.

A importância desse movimento vai além de uma simples comparação técnica. A Apple exerce forte influência sobre tendências de mercado, enquanto a Samsung costuma apostar em soluções de hardware mais ousadas para se diferenciar. Revisitar uma tecnologia abandonada pode parecer contraditório, mas também pode indicar maturidade técnica e leitura estratégica do momento atual.

Neste artigo, analisamos o que é a abertura variável em câmeras de smartphone, por que a Samsung deixou essa ideia de lado, quais benefícios ela pode oferecer hoje e se esse possível retorno realmente faz sentido para o consumidor moderno.

O que é a abertura variável da câmera e como ela funciona em smartphones

Samsung Galaxy S26 Ultra

A abertura variável da câmera é um mecanismo que permite ajustar fisicamente a abertura da lente, controlando a quantidade de luz que atinge o sensor. Esse conceito é amplamente conhecido na fotografia tradicional, especialmente em câmeras DSLR e mirrorless, onde o fotógrafo escolhe a abertura ideal para cada cena.

Em smartphones, o desafio sempre foi adaptar esse controle a um corpo extremamente compacto. No Galaxy S9, a Samsung resolveu isso com um sistema de abertura dupla, alternando entre f/1.5 e f/2.4. Em ambientes escuros, a lente se abria mais para capturar mais luz. Em cenários bem iluminados, a abertura menor ajudava a manter nitidez e evitar superexposição.

Na prática, a diferença entre f/1.5 e f/2.4 impacta diretamente a exposição e o comportamento da imagem. A abertura maior favorece fotos noturnas e internas, enquanto a menor é mais eficiente sob luz intensa. Esse controle acontece antes do processamento de software, o que dá à imagem uma base óptica mais equilibrada.

O legado do Galaxy S9: por que foi inovador e por que sumiu?

Quando o Galaxy S9 chegou ao mercado, o recurso de abertura ajustável da lente foi recebido como uma inovação real. Pela primeira vez, um smartphone popular oferecia uma solução mecânica inspirada em câmeras profissionais, indo além de ajustes puramente digitais.

Apesar do impacto inicial, a Samsung abandonou a ideia nas gerações seguintes. Um dos principais motivos foi o avanço acelerado da fotografia computacional, capaz de compensar limitações ópticas com algoritmos sofisticados. Outro fator foi o custo e a complexidade mecânica, que competiam por espaço interno com baterias maiores, sensores adicionais e módulos de estabilização.

Além disso, muitos usuários não percebiam claramente a diferença no uso cotidiano. Para boa parte do público, o processamento automático entregava resultados semelhantes, reduzindo o apelo do recurso como diferencial de marketing.

Samsung revivendo o passado: resposta ao iPhone 18 Pro?

Os rumores atuais indicam que a Samsung avalia resgatar a abertura variável da câmera em futuros modelos Galaxy como uma possível resposta às ambições fotográficas do iPhone 18 Pro. A Apple, conhecida por sua abordagem focada em software e consistência de resultados, pode estar preparando mudanças importantes no conjunto de câmeras, o que reacende a disputa direta.

Esse tipo de movimento não é incomum na indústria. Ideias consideradas dispensáveis em um momento podem ganhar novo valor quando sensores evoluem, algoritmos amadurecem e o público se torna mais exigente. O retorno de um recurso antigo, nesse caso, pode ser menos nostalgia e mais adaptação ao contexto atual.

Se a Samsung seguir por esse caminho, a aposta não seria apenas repetir o que já foi feito no Galaxy S9, mas combinar controle óptico, sensores modernos e inteligência artificial para criar um sistema mais eficiente e perceptível ao usuário.

Impacto para o consumidor: a abertura variável é realmente útil hoje?

Do ponto de vista do consumidor, a utilidade da abertura variável da câmera depende do equilíbrio entre hardware e software. Em condições de pouca luz, uma abertura maior ainda oferece vantagens reais, permitindo capturar mais detalhes antes que o processamento entre em ação.

Outro benefício está na profundidade de campo. Embora smartphones dependam muito de desfoque simulado, uma lente com abertura ajustável pode ajudar a criar transições mais naturais em fotos próximas, reduzindo artefatos comuns do modo retrato.

Por outro lado, a fotografia computacional evoluiu a um ponto em que múltiplas exposições, HDR inteligente e aprendizado de máquina conseguem resultados impressionantes mesmo com abertura fixa. Para muitos usuários, a diferença prática pode ser sutil, especialmente em fotos compartilhadas nas redes sociais.

Quem mais usa? A concorrência que não parou

Enquanto Samsung e Apple seguiram caminhos distintos, fabricantes como Xiaomi e Huawei continuaram investindo em sistemas ópticos mais flexíveis. Alguns modelos adotaram abertura variável contínua, permitindo vários níveis de ajuste em vez de apenas dois estágios fixos.

Essa solução é mais avançada do que a abertura dupla vista no Galaxy S9, oferecendo maior controle automático e criativo. No entanto, ela também exige mais espaço interno, engenharia complexa e custos elevados, o que limita sua adoção em larga escala.

Esses exemplos mostram que a tecnologia ainda é relevante, desde que aplicada com propósito claro e benefícios perceptíveis, não apenas como um item de especificação.

Conclusão: um futuro com mais controle manual

O possível retorno da abertura variável da câmera sinaliza um interesse renovado em oferecer mais controle óptico em smartphones, algo que foi gradualmente substituído por soluções puramente digitais. Quando bem integrada, essa tecnologia pode complementar a fotografia computacional, em vez de competir com ela.

Para futuros Galaxy S e até para o próprio iPhone 18 Pro, o desafio será entregar inovação que realmente faça diferença no uso diário, sem complicar a experiência do usuário comum. Recursos avançados não precisam ser manuais, mas devem existir para quem quer explorar mais a câmera do smartphone.

No fim, a discussão vai além de quem copia quem. A pergunta central é se esse tipo de inovação melhora fotos de verdade ou apenas reforça a narrativa de avanço tecnológico. Para você, a abertura variável ainda tem espaço no smartphone moderno?

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