Ferramentas de comunicação corporativa como o Microsoft Teams se tornaram parte essencial do dia a dia das empresas modernas. Reuniões rápidas, trocas de arquivos e mensagens instantâneas são recursos que agilizam a colaboração, mas também ampliam a superfície de ataque para criminosos digitais. Entre as ameaças mais comuns, os ataques de phishing e links maliciosos são destaque, explorando justamente a confiança e a distração dos usuários.
Para enfrentar esse cenário, a Microsoft anunciou uma nova funcionalidade de segurança no Microsoft Teams que promete elevar o nível de proteção contra links suspeitos em conversas privadas. O recurso adiciona uma camada de defesa preventiva, exibindo alertas diretamente na interface do chat.
Neste artigo, vamos detalhar como funciona essa novidade, quem terá acesso, quando será liberada e o impacto que ela pode gerar na segurança corporativa.

O que é a nova proteção de links no Microsoft Teams?
A novidade introduzida pela Microsoft é um sistema de aviso integrado no Teams que alerta usuários sempre que um link potencialmente malicioso for compartilhado em uma conversa, seja ela interna (entre colaboradores da mesma organização) ou externa (com contatos de fora da empresa).
Como funciona o alerta?
Ao identificar um link suspeito, o Microsoft Teams exibirá um banner de aviso dentro da própria mensagem, sinalizando que a URL pode representar risco. Isso significa que, antes mesmo de clicar, o usuário terá uma informação clara para decidir se deve ou não interagir com aquele conteúdo.
Esse tipo de notificação direta ajuda a reduzir a eficácia de ataques de engenharia social, que muitas vezes se aproveitam da pressa ou da confiança entre colegas de trabalho para enganar a vítima.
Quais ameaças são detectadas?
A verificação cobre diferentes tipos de riscos digitais. Os links sinalizados como phishing, spam ou distribuidores de malware serão bloqueados preventivamente.
A nova camada de defesa complementa recursos já existentes, como:
- Safe Links, que inspeciona URLs em tempo real para detectar ameaças.
- ZAP (Zero-hour auto purge), que remove automaticamente mensagens ou arquivos já identificados como nocivos.
Assim, o Microsoft Teams se torna ainda mais robusto no combate a ataques baseados em links, que continuam sendo uma das formas mais comuns de comprometimento em ambientes corporativos.
Quem será beneficiado e quando a novidade chega?
A funcionalidade está direcionada para clientes corporativos com licenças do Microsoft Defender para Office 365 (MDO) integradas ao Microsoft Teams. Isso significa que apenas organizações com os pacotes de segurança avançada terão acesso inicial à proteção.
O cronograma de lançamento é o seguinte:
- Prévia pública (Public Preview): setembro de 2025, disponível em todas as plataformas (desktop, Android, iOS e web).
- Disponibilidade geral (General Availability): novembro de 2025, quando será implementada por padrão para todas as empresas que utilizam o Defender para Office 365.
Essa abordagem gradual permitirá que administradores de TI testem o recurso, ofereçam feedback e ajustem políticas internas antes da adoção em larga escala.
O impacto real para a segurança corporativa
A segurança no Microsoft Teams vai além da simples detecção técnica. O ponto crucial aqui é a proteção do fator humano, considerado o elo mais fraco da cadeia de segurança em qualquer empresa.
Ao receber alertas visuais no fluxo de trabalho, os usuários passam a desenvolver maior consciência sobre riscos digitais. Isso reduz drasticamente o tempo de reação a ameaças e diminui a probabilidade de cliques impulsivos em links suspeitos.
Do ponto de vista corporativo, isso pode:
- Diminuir incidentes de segurança relacionados a phishing.
- Reduzir custos de resposta a incidentes (menos tempo gasto em remediações).
- Fortalecer a cultura de cibersegurança dentro das equipes.
Com ataques cada vez mais sofisticados, medidas como essa ajudam empresas a se manterem resilientes contra campanhas maliciosas.
Como os administradores podem gerenciar a funcionalidade
Os administradores de TI terão papel central na ativação e gestão desse novo recurso.
Durante a prévia pública, será necessário habilitar manualmente a proteção no Centro de administração do Teams. Essa fase servirá para que gestores testem políticas, monitorem relatórios e ajustem regras de segurança.
Após a fase de disponibilidade geral, a funcionalidade será habilitada por padrão em todas as instâncias compatíveis do Teams. No entanto, os administradores continuarão podendo gerenciar os parâmetros tanto pelo portal de administração quanto via PowerShell, garantindo flexibilidade e controle.
Essa abordagem facilita a integração com políticas de segurança já existentes e permite que cada empresa defina o nível de intervenção desejado.
Conclusão: um passo importante para um Teams mais seguro
A introdução da proteção contra links maliciosos no Microsoft Teams representa um avanço significativo para a segurança digital em ambientes corporativos. Ao combinar tecnologia avançada com alertas diretos e acessíveis, a Microsoft dá mais poder aos usuários e ajuda organizações a se protegerem contra ameaças cada vez mais sofisticadas.
Essa atualização chega em um momento crítico, em que plataformas de colaboração online se tornaram alvos frequentes de ataques de phishing e engenharia social. Ao colocar a segurança dentro do próprio fluxo de comunicação, a empresa reforça sua estratégia de proteção em múltiplas camadas.
Sua organização está preparada para essa mudança? Compartilhe suas expectativas sobre essa nova camada de proteção nos comentários!