Os cibercriminosos estão sempre um passo a frente, conseguindo executar muitos golpes contra empresas, instituições, organizações e pessoas físicas também. Uma nova ferramenta que tem ajudado esses criminosos em seus crimes digitais são as DeepFakes.
A Resecurity, uma empresa com sede na Califórnia, identificou um novo pico de serviços clandestinos, permitindo que atores mal-intencionados gerem deepfakes para praticarem crimes digitais, por exemplo.
De acordo com especialistas em segurança cibernética, isso pode ser usado para propaganda política, atividade de influência estrangeira, desinformação, golpes e fraudes.
DeepFakes: uma arma poderosa aliada dos criminosos digitais
Introduzidas por pesquisadores canadenses ao público em 2014, as Generative Adversarial Networks (GANs), normalmente imitam os rostos, a fala e os gestos faciais únicos das pessoas, elas se tornaram conhecidas pelas comunidades online como DeepFakes.
Um dos serviços subterrâneos recentemente identificados – “RealDeepFake”, prontamente disponível através de grupos do Telegram. Por uma pequena taxa, o serviço permite que os atores criem uma instância de deepfake com o personagem selecionado, na qual eles aplicam uma voz a partir de um roteiro escolhido, também podem incluir efeitos e texto.
Além disso, o serviço utiliza tecnologias como VoiceR e Lipsing para alterar a voz para que soe como o personagem escolhido. Dessa forma, uma mentira vai sendo criada, que, aos olhos de muitos, são consideradas verdade, já que a imagem e a voz parecem de fato real.
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Exemplos reais de DeepFakes
Exemplos desses DeepFakes incluem a representação de celebridades como Elon Musk, Snoop Dog, Donald Trump e The Rock. Os golpistas também estão usando DeepFakes para se passar por executivos do C-Suite de forma crível em bate-papos por vídeo ou telefonemas para emitir instruções fraudulentas de transferência eletrônica para seus colegas e funcionários, aponta o Security Affairs.
O aumento acelerado de deepfake BEC e Phishing Frauds direcionados à comunidade Web3 ocorre em meio a relatórios da Federal Trade Commission de que os consumidores americanos perderam mais de US $ 1 bilhão (cerca de R$ 5,2 bi) em cripto por causa de fraudes desde o início de 2021.
Além disso, os especialistas destacam que as deepfakes provavelmente serão usadas ??por maus atores para fornecer informações enganosas sobre criptomoedas, bem como Ofertas Iniciais de Moedas (ICOs), usando perfis de celebridades.
A Resecurity espera ver mais ataques híbridos que combinem explosões convincentes de e-mail e mídia social, moedas fraudulentas e deepfakes habilmente renderizadas de influenciadores Web3 de alto perfil para enganar consumidores comuns e profissionais de criptografia.
As DeepFakes são uma ferramenta poderosa e aliada de cibercriminosos, que devem nos deixar atentos, para não cairmos em crimes digitais
