Galaxy Z Fold7 é certificado com Qi 2.1, mas limitações decepcionam

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Jardeson Márcio
Jardeson é Jornalista, Mestre em Tecnologia Agroalimentar e Licenciado em Ciências Agrária pela Universidade Federal da Paraíba. Entusiasta no mundo tecnológico, gosta de arquitetura e design...

Dobrável da Samsung aparece com carregamento limitado a 5 W no Qi 2.1

O Samsung Galaxy Z Fold7 acaba de ser certificado com o padrão Qi 2.1 pelo Wireless Power Consortium (WPC), sinalizando suporte a carregamento sem fio atualizado. No entanto, os detalhes dessa certificação revelam inconsistências técnicas que geram incertezas sobre o real potencial de carregamento do novo dobrável da Samsung.

Galaxy Z Fold7 é certificado com Qi 2.1

Imagem ilustrando a certificação Qi 2.1 do Galaxy Z Fold7 com destaque para suporte limitado a 5 W.
Imagem: GSMArena

Certificação Qi 2.1: O que foi revelado?

De acordo com a documentação publicada pelo WPC, o Galaxy Z Fold7 aparece como compatível com o Perfil Básico de Energia (BPP), que permite carregamento sem fio de até 5 W. Essa informação surpreende negativamente, considerando que o Galaxy Z Fold6 já é compatível com o Perfil Estendido de Energia (EPP), capaz de fornecer até 15 W via Qi.

A listagem, portanto, gera dúvidas: seria um erro de documentação ou um indicativo de que a Samsung não pretende evoluir o sistema de carregamento sem fio em sua linha dobrável de ponta?

Qi 2.1 e perfis magnéticos: o que muda?

O padrão Qi 2.1 introduz recursos magnéticos que, em teoria, trariam a experiência do carregamento por indução para perto do que o MagSafe oferece nos dispositivos da Apple. Há dois perfis relevantes:

  • MCPM (Magnetic Cover Power Magnet): destinado a dispositivos com ímãs embutidos.
  • MCPE (Magnetic Cover Power Enhancement): voltado para aparelhos sem ímãs, mas que podem usar capas com imãs para habilitar o Magnetic Power Profile (MPP).

O Galaxy Z Fold7 parece estar mais alinhado com o perfil MCPE, sugerindo que a experiência magnética pode depender de acessórios, como capas compatíveis, em vez de ser nativamente suportada. Um exemplo disso é o que já acontece na linha Galaxy S25, que adota capas com MCPE para fornecer a funcionalidade magnética.

Um padrão de inconsistências nos modelos dobráveis

Outro ponto curioso é a nomenclatura usada pelo WPC. O modelo listado é o SM-D637U, que não segue a convenção padrão da Samsung (normalmente com prefixo “SM-F” para dobráveis). O Galaxy Z Fold6, por exemplo, aparece como SC-55E, enquanto o Fold5 é listado como SM-D617S. Essas diferenças dificultam a identificação e alimentam ainda mais a incerteza sobre os dados publicados.

Além disso, a imagem presente na página da certificação está marcada como “Coming soon”, o que indica que as informações podem ainda estar incompletas ou sujeitas a revisão.

Análise: o que esperar do Galaxy Z Fold7?

Dado o histórico recente da Samsung, é improvável que a empresa implemente suporte completo ao Qi 2.1 com recursos magnéticos integrados. A marca parece manter sua estratégia atual de recorrer a capas com suporte magnético MCPE, em vez de embutir ímãs nos próprios dispositivos.

A certificação atual pode não refletir a versão final do produto, mas reforça a impressão de que o Galaxy Z Fold7 não trará um salto significativo em termos de carregamento sem fio. Para usuários e desenvolvedores, isso pode representar mais uma oportunidade perdida de alinhar a experiência premium dos dobráveis com as tendências modernas de conveniência e interoperabilidade.

Conclusão

O Galaxy Z Fold7, embora certificado com Qi 2.1, aparenta não aproveitar plenamente as capacidades do novo padrão, especialmente no que diz respeito a velocidade de carregamento e integração magnética. O documento do WPC, com dados limitados e inconsistentes, não ajuda a esclarecer. Caso essas informações se confirmem na versão final do produto, a Samsung pode enfrentar críticas por não acompanhar a evolução tecnológica do ecossistema de carregamento sem fio.

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