Tandem OLED no iPhone: A futura revolução nas telas Apple

Imagem do autor do SempreUpdate Jardeson Márcio
Escrito por
Jardeson Márcio
Jardeson Márcio é Jornalista e Mestre em Tecnologia Agroalimentar pela Universidade Federal da Paraíba. Com 8 anos de experiência escrevendo no SempreUpdate, Jardeson é um especialista...

Descubra a Tandem OLED, a tecnologia de tela que a LG quer no iPhone e que promete revolucionar o brilho, a durabilidade e a eficiência dos displays.

Um rumor recente movimentou o mercado de tecnologia: a LG Display estaria fazendo pressão para que a Apple adote a tecnologia Tandem OLED em futuros modelos do iPhone, possivelmente a partir de 2028. A ideia é levar para o smartphone mais popular do mundo a mesma inovação já utilizada nos novos iPads Pro, que foram lançados como uma espécie de vitrine tecnológica.

O interesse da LG não é apenas comercial. A tecnologia Tandem OLED é vista como um dos maiores avanços recentes no setor de displays, oferecendo mais brilho, maior durabilidade e melhor eficiência energética. Para a Apple, que sempre procura diferenciar seus produtos por meio de qualidade de tela e desempenho, essa mudança pode ser um divisor de águas.

Neste artigo, vamos explicar de forma clara o que é a tecnologia Tandem OLED, como ela funciona, por que desperta tanto interesse da Apple e quais as implicações dessa possível adoção para o futuro dos smartphones e para o consumidor final.

Tandem OLED

O que é a tecnologia Tandem OLED?

O OLED tradicional utiliza uma única camada de diodos emissores de luz orgânicos, que são responsáveis por gerar as cores e o brilho da tela. Já o Tandem OLED vai além: em vez de apenas uma camada, ele utiliza duas camadas empilhadas. Essa estrutura garante um ganho significativo em desempenho e durabilidade.

Como funciona o empilhamento de duas camadas

Uma boa forma de entender o conceito é imaginar duas lâmpadas ligadas ao mesmo tempo. Quando apenas uma lâmpada precisa iluminar um ambiente, ela é forçada a trabalhar no limite. Mas quando duas lâmpadas dividem a tarefa, a luz é mais forte, homogênea e cada uma delas sofre menos desgaste ao longo do tempo.

No Tandem OLED, esse “trabalho em equipe” dos diodos garante que a tela consiga entregar mais brilho sem exigir tanto esforço individual de cada camada, o que prolonga a vida útil do painel.

Os três pilares: mais brilho, maior vida útil e melhor eficiência

  • Mais brilho: Com duas camadas de diodos, o painel consegue atingir picos de brilho muito mais elevados. Isso é essencial para melhorar a visualização em ambientes externos e também para conteúdos em HDR.
  • Maior vida útil: O desgaste dos materiais orgânicos é uma das limitações do OLED tradicional, levando ao famoso “burn-in”. No Tandem OLED, como cada camada divide a carga de trabalho, a degradação acontece de forma muito mais lenta.
  • Melhor eficiência energética: Curiosamente, uma tela Tandem OLED consome menos energia para gerar o mesmo nível de brilho de um painel comum. Isso significa mais autonomia de bateria, algo extremamente valorizado pelos usuários de iPhone.

O “tandem simplificado” e o desafio do subpixel azul

Um dos pontos mais interessantes desse rumor é que a Apple não estaria considerando adotar imediatamente um painel Tandem completo, mas sim um “tandem simplificado”, aplicado apenas ao subpixel azul.

Mas por quê? Historicamente, o subpixel azul é o elo mais frágil nas telas OLED. Ele se degrada mais rapidamente do que os subpixels vermelho e verde, afetando a uniformidade e a longevidade da tela.

Ao aplicar o empilhamento duplo apenas para esse componente, a Apple poderia aumentar significativamente a durabilidade dos displays sem elevar tanto os custos de produção. Essa abordagem de engenharia seletiva seria uma solução inteligente e econômica, reforçando a estratégia da Apple de buscar equilíbrio entre inovação e eficiência.

A guerra dos displays: por que a LG está pressionando a Apple?

A disputa pelo fornecimento de telas para iPhones é um dos capítulos mais acirrados do setor de tecnologia. Atualmente, a Samsung Display domina esse mercado, sendo a principal fornecedora dos painéis OLED da Apple.

A LG Display, por sua vez, é pioneira no desenvolvimento do Tandem OLED e já detém centenas de patentes relacionadas à tecnologia. Convencer a Apple a migrar para esse tipo de tela seria uma jogada estratégica que poderia garantir bilhões em contratos de fornecimento e, ao mesmo tempo, reduzir a dependência da Apple em relação à Samsung.

Além disso, a competição entre as fabricantes sul-coreanas costuma gerar benefícios diretos para os consumidores. Quanto mais intensa a disputa tecnológica, mais avançados e acessíveis tendem a se tornar os produtos.

Conclusão: o que esperar para o futuro das telas do iPhone

Seja em sua versão completa ou no formato de tandem simplificado, a tecnologia Tandem OLED representa um avanço real e palpável em relação aos painéis atuais. Os benefícios de maior brilho, durabilidade estendida e eficiência energética são claros e podem elevar ainda mais a experiência de uso do iPhone.

Embora o rumor aponte para 2028 como possível marco de adoção, o simples fato de a Apple estar considerando essa mudança já indica uma transformação importante no horizonte. Afinal, quando a Apple decide adotar uma tecnologia em larga escala, ela costuma redefinir padrões para toda a indústria.

E você, o que acha dessa possível novidade? Vale a pena esperar pelo Tandem OLED ou as telas atuais já oferecem qualidade suficiente? Compartilhe sua opinião nos comentários e participe da discussão.

Compartilhe este artigo