Um rumor recente movimentou o mercado de tecnologia: a LG Display estaria fazendo pressão para que a Apple adote a tecnologia Tandem OLED em futuros modelos do iPhone, possivelmente a partir de 2028. A ideia é levar para o smartphone mais popular do mundo a mesma inovação já utilizada nos novos iPads Pro, que foram lançados como uma espécie de vitrine tecnológica.
O interesse da LG não é apenas comercial. A tecnologia Tandem OLED é vista como um dos maiores avanços recentes no setor de displays, oferecendo mais brilho, maior durabilidade e melhor eficiência energética. Para a Apple, que sempre procura diferenciar seus produtos por meio de qualidade de tela e desempenho, essa mudança pode ser um divisor de águas.
Neste artigo, vamos explicar de forma clara o que é a tecnologia Tandem OLED, como ela funciona, por que desperta tanto interesse da Apple e quais as implicações dessa possível adoção para o futuro dos smartphones e para o consumidor final.

O que é a tecnologia Tandem OLED?
O OLED tradicional utiliza uma única camada de diodos emissores de luz orgânicos, que são responsáveis por gerar as cores e o brilho da tela. Já o Tandem OLED vai além: em vez de apenas uma camada, ele utiliza duas camadas empilhadas. Essa estrutura garante um ganho significativo em desempenho e durabilidade.
Como funciona o empilhamento de duas camadas
Uma boa forma de entender o conceito é imaginar duas lâmpadas ligadas ao mesmo tempo. Quando apenas uma lâmpada precisa iluminar um ambiente, ela é forçada a trabalhar no limite. Mas quando duas lâmpadas dividem a tarefa, a luz é mais forte, homogênea e cada uma delas sofre menos desgaste ao longo do tempo.
No Tandem OLED, esse “trabalho em equipe” dos diodos garante que a tela consiga entregar mais brilho sem exigir tanto esforço individual de cada camada, o que prolonga a vida útil do painel.
Os três pilares: mais brilho, maior vida útil e melhor eficiência
- Mais brilho: Com duas camadas de diodos, o painel consegue atingir picos de brilho muito mais elevados. Isso é essencial para melhorar a visualização em ambientes externos e também para conteúdos em HDR.
- Maior vida útil: O desgaste dos materiais orgânicos é uma das limitações do OLED tradicional, levando ao famoso “burn-in”. No Tandem OLED, como cada camada divide a carga de trabalho, a degradação acontece de forma muito mais lenta.
- Melhor eficiência energética: Curiosamente, uma tela Tandem OLED consome menos energia para gerar o mesmo nível de brilho de um painel comum. Isso significa mais autonomia de bateria, algo extremamente valorizado pelos usuários de iPhone.
O “tandem simplificado” e o desafio do subpixel azul
Um dos pontos mais interessantes desse rumor é que a Apple não estaria considerando adotar imediatamente um painel Tandem completo, mas sim um “tandem simplificado”, aplicado apenas ao subpixel azul.
Mas por quê? Historicamente, o subpixel azul é o elo mais frágil nas telas OLED. Ele se degrada mais rapidamente do que os subpixels vermelho e verde, afetando a uniformidade e a longevidade da tela.
Ao aplicar o empilhamento duplo apenas para esse componente, a Apple poderia aumentar significativamente a durabilidade dos displays sem elevar tanto os custos de produção. Essa abordagem de engenharia seletiva seria uma solução inteligente e econômica, reforçando a estratégia da Apple de buscar equilíbrio entre inovação e eficiência.
A guerra dos displays: por que a LG está pressionando a Apple?
A disputa pelo fornecimento de telas para iPhones é um dos capítulos mais acirrados do setor de tecnologia. Atualmente, a Samsung Display domina esse mercado, sendo a principal fornecedora dos painéis OLED da Apple.
A LG Display, por sua vez, é pioneira no desenvolvimento do Tandem OLED e já detém centenas de patentes relacionadas à tecnologia. Convencer a Apple a migrar para esse tipo de tela seria uma jogada estratégica que poderia garantir bilhões em contratos de fornecimento e, ao mesmo tempo, reduzir a dependência da Apple em relação à Samsung.
Além disso, a competição entre as fabricantes sul-coreanas costuma gerar benefícios diretos para os consumidores. Quanto mais intensa a disputa tecnológica, mais avançados e acessíveis tendem a se tornar os produtos.
Conclusão: o que esperar para o futuro das telas do iPhone
Seja em sua versão completa ou no formato de tandem simplificado, a tecnologia Tandem OLED representa um avanço real e palpável em relação aos painéis atuais. Os benefícios de maior brilho, durabilidade estendida e eficiência energética são claros e podem elevar ainda mais a experiência de uso do iPhone.
Embora o rumor aponte para 2028 como possível marco de adoção, o simples fato de a Apple estar considerando essa mudança já indica uma transformação importante no horizonte. Afinal, quando a Apple decide adotar uma tecnologia em larga escala, ela costuma redefinir padrões para toda a indústria.
E você, o que acha dessa possível novidade? Vale a pena esperar pelo Tandem OLED ou as telas atuais já oferecem qualidade suficiente? Compartilhe sua opinião nos comentários e participe da discussão.