Teams mais rápido? Novo gerenciador de chamadas da Microsoft

Teams lento nunca mais? A Microsoft promete o dobro de velocidade.

Escrito por
Jardeson Márcio
Jardeson Márcio é Jornalista e Mestre em Tecnologia Agroalimentar pela Universidade Federal da Paraíba. Com 8 anos de experiência escrevendo no SempreUpdate, Jardeson é um especialista...

Se você usa o Microsoft Teams diariamente, provavelmente já sonhou em ver o Teams mais rápido, especialmente ao iniciar chamadas ou alternar entre conversas. A lentidão crônica sempre foi um problema, gerando frustração em reuniões, perda de produtividade e a sensação de que o aplicativo exigia recursos demais do Windows. Agora, a Microsoft apresenta uma mudança arquitetônica profunda que promete transformar essa experiência. Tudo gira em torno de um novo componente chamado ms-teams_modulehost.exe, um gerenciador de chamadas separado que chega como solução para anos de críticas ao desempenho.

A proposta da empresa é clara, melhorar a velocidade, estabilidade e responsividade do Teams ao dividir sua arquitetura interna, reduzindo o peso sobre o processo principal. Este artigo analisa o que muda na prática, por que isso importa e como essa atualização pode finalmente resolver a fama de lentidão do aplicativo, preparando o terreno para um salto importante em produtividade no Windows.

O calcanhar de aquiles do Teams: lentidão e Electron

O Microsoft Teams sempre carregou consigo um problema difícil de ignorar, o alto consumo de memória e processamento. Grande parte dessa fama se deve ao Electron, framework que permite criar aplicativos desktop usando tecnologias web como HTML, CSS e JavaScript. Embora prático e multiplataforma, o Electron tende a demandar mais RAM e CPU do que soluções nativas, especialmente em aplicativos complexos.

Isso significa que o Teams sempre operou com várias camadas adicionais entre a interface e o sistema operacional, o que, somado às funcionalidades corporativas, resultava em travamentos, inicialização lenta e atrasos perceptíveis ao iniciar chamadas. Usuários e administradores de TI reclamam há anos, e a Microsoft sabe disso.

Microsoft Teams
Imagem: The Hacker News

A promessa do Teams 2.0 e as novas mudanças

Com o Teams 2.0, a Microsoft já havia introduzido melhorias significativas usando o WebView2, reduzindo consumo de memória e melhorando o carregamento. No entanto, a empresa reconheceu que ainda havia gargalos, especialmente na pilha de chamadas. A nova arquitetura com o ms-teams_modulehost.exe surge como o passo seguinte e mais profundo nessa evolução.

Como o ms-teams_modulehost.exe vai acelerar suas chamadas

O destaque da nova atualização é o ms-teams_modulehost.exe, um processo totalmente separado responsável pela pilha de chamadas, gerenciamento de áudio e vídeo e controle das conexões em tempo real. Antes, tudo isso acontecia dentro do processo principal ms-teams.exe, que ficava sobrecarregado com renderização de interface, notificações, autenticação, scripts e dezenas de módulos simultâneos.

A separação funciona como dividir o trabalho entre dois profissionais em vez de um só. Enquanto o ms-teams.exe cuida da interface e da lógica geral, o ms-teams_modulehost.exe se dedica exclusivamente às chamadas. Dessa forma, se algo congela na interface, a chamada continua funcionando, e vice-versa.

Para o usuário final, isso significa desempenho do Teams mais rápido, menos travamentos e uma experiência mais estável em reuniões online. Além disso, o processo separado consegue usar o hardware do Windows de maneira mais eficiente, distribuindo a carga entre núcleos do processador e reduzindo picos de uso.

Impacto na experiência do usuário e a mudança nos bastidores

Para a maioria das pessoas, a mudança será invisível, já que o novo processo roda automaticamente e sem interação direta. Contudo, para administradores de TI, a novidade exige atenção. Firewalls corporativos, sistemas de monitoramento e listas de permissão precisarão reconhecer e liberar o ms-teams_modulehost.exe, evitando bloqueios ou alertas falsos.
Nos bastidores, o ganho é enorme. A Microsoft consegue agora atualizar a pilha de chamadas com mais agilidade, corrigir bugs sem depender do processo principal e isolar falhas, aumentando a resiliência geral do aplicativo.

Além da velocidade: o foco da Microsoft na segurança e desempenho

A aceleração do Teams não vem sozinha. A Microsoft tem investido em melhorias periféricas que reforçam segurança e eficiência no Windows. Entre as novidades estão o bloqueio de captura de tela, que impede gravações não autorizadas em reuniões sensíveis, a proteção avançada contra URLs maliciosas, integrada ao ecossistema de segurança da empresa, e o pré-carregamento otimizado do Explorador de Arquivos no Windows 11, que reduz atrasos na abertura de pastas e arquivos.

Tudo isso constrói um cenário em que o desempenho do Teams não é apenas uma atualização pontual, mas parte de uma estratégia maior da Microsoft para tornar o Windows mais suave, seguro e responsivo.

Conclusão: o fim da lentidão está próximo?

A Microsoft promete que a nova arquitetura estará amplamente implementada até janeiro de 2026, marcando um divisor de águas na história do aplicativo. Se as promessas forem cumpridas, o Teams mais rápido pode finalmente deixar de ser um desejo e se tornar realidade, solucionando um dos maiores pontos de frustração dos usuários.

E você, já sofreu com travamentos ou lentidão no Teams? Acredita que essa mudança realmente vai transformar a experiência? Compartilhe sua opinião e suas expectativas para essa atualização tão aguardada.

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