Desde que foi adquirida por uma grande empresa de mídia, o sucesso do aplicativo Audacity nunca mais foi o mesmo. Principalmente por conta dos boatos que o app passaria a coletar dados de telemetria dos usuários, algo considerado sagrado pelos amantes do open source. Porém, passados alguns meses, as coisas parecem ter se acalmado um pouco. A mais nova versão do programa é o Audacity 3.1 que melhora a edição e implanta recorte não destrutivo.
O Audacity foi adquirido pela MuseCore e, embora o que vemos não tenha mudado, eles coletam dados de telemetria. Por esse motivo, no momento não conheço nenhuma distribuição Linux que inclua as versões mais recentes nos repositórios oficiais, mas é como um pacote Snap, Flatpak e AppImage. Embora esteja listado como “Beta” na captura de tela, o Audacity 3.1 agora está disponível, uma atualização média com um pequeno número de novos recursos.
Audacity 3.1 melhora a edição e implanta recorte não destrutivo
As mudanças introduzidas no Audacity 3.1 são três. A primeira é tão importante que até fez desaparecer um dos seis botões de edição. Nas versões anteriores, quando queríamos mover uma onda, tínhamos que escolher o botão com a seta dupla. No Aucacity 3.1 em diante bastará arrastar da barra superior, onde se coloca o nome do arquivo de áudio.
O Audacity 3.1 vem com um botão a menos
A segunda mudança também parece pequena, mas não é. Nas versões anteriores, quando cortamos ou redimensionamos uma onda, o que removemos desaparecia para sempre. Agora esses cortes ou divisões são não destrutivos, ou seja, podemos cortar ou redimensionar uma onda e recuperar o alvo da remoção clicando em uma aresta e redimensionando. Por último, eles refizeram a ferramenta de loop para tornar as coisas mais fáceis.
Como mencionamos, a compra do Audacity pelo MuseGroup, ou mais especificamente a coleção de telemetria, fez com que as distribuições Linux não atualizassem mais os pacotes para a versão mais recente. Portanto, os usuários Linux que desejam usar o Audacity 3.1 devem escolher seu pacote instantâneo, flatpak ou seu AppImage. Outra opção é compilá-lo por conta própria. Da mesma forma, aqueles que estão em uma distribuição baseada no Arch Linux podem instalá-lo a partir do AUR. É claro que a mudança de dono não agradou a grande maioria dos usuários tradicionais do programa. No entanto, o Audacity ainda é a melhor opção para edição de áudio no Linux. Então, essas novidades que acabam de chegar podem ser muito bem-vidas para quem precisa de um poderoso editor de áudio.
Via Linux Adictos