Casa Branca divulga informações sobre a identificação de articulações para ataques cibernéticos. Segundo informações, há um ataque em preparação para atingir infraestruturas críticas. A informação foi confirmada pela Casa Branca na segunda-feira.
No entanto, a Casa Branca não citou que o ataque poderia partir de apoiadores da guerra. Mas, deixou claro que é um ataque idealizado pelo presidente Vladimir Putin. Autoridades norte-americanas disseram que já identificaram todo esquema e nada foi acionado até agora.
Inteligência em evolução” mostra a Rússia se preparando para a guerra cibernética em resposta às sanções relacionadas à Ucrânia.
Disse a Casa Branca
Não há evidências de nenhum ataque cibernético específico que estamos antecipando. Há alguma atividade preparatória que estamos vendo e é isso que compartilhamos em um contexto confidencial com empresas que pensamos que poderiam ser afetadas.
Revela a vice-conselheira de segurança nacional da Casa Branca para tecnologia cibernética e emergente, Anne Neuberger.
Sobre o que estava sendo preparado pela Rússia
Anne conta que após relatos de ataques a outras organizações, o governo dos EUA colocou todas as iniciativas de segurança cibernética em alerta máximo.
O conflito atual colocou as iniciativas de segurança cibernética em alta velocidade e, hoje, os líderes do setor não estão apenas preocupados com os adversários violando a infraestrutura crítica, mas perdendo o acesso e o controle a eles.
Disse Saket Modi, cofundador e CEO da Safe Security, por e-mail.
Além disso, a Casa Branca também emitiu nota para toda imprensa mundial, veja:
Já avisei anteriormente sobre o potencial de que a Rússia poderia realizar atividades cibernéticas maliciosas contra os Estados Unidos, inclusive como resposta aos custos econômicos sem precedentes que impomos à Rússia ao lado de nossos aliados e parceiros. Faz parte da cartilha da Rússia. Hoje, meu governo está reiterando esses avisos com base na evolução da inteligência de que o governo russo está explorando opções para possíveis ataques cibernéticos.
Organizações dos EUA não estão preparadas para ataques russos
Jason Rebholz, CISO da Corvus Insurance, disse que a proteção cibernética básica deveria ter começado há muito tempo. Jason dissr por e-mail, que vê um atraso por parte os EUA em adotar medidas de segurança.
Além disso, ele conta que os EUA já deveria ter feito algo melhor a pelo menos 10 anos. Porém, agora é um outro momento crítico que também merece toda atenção. Mas, ele não concorda com a proteção apenas das infraestruturas críticas, mas de toda ela.
“Embora os governos e as empresas tenham começado a girar em direção à segurança cibernética proativa, é difícil fazê-lo sem abordar os três principais desafios de segurança cibernética que as organizações enfrentam”, explicou.
“Existem muitos produtos de segurança cibernética que não se comunicam, e essa abordagem em leva ao gerenciamento reativo da segurança cibernética. Por fim, apesar da maior atenção à necessidade de um melhor mecanismo de divulgação de ataques cibernéticos, a comunicação de segurança cibernética continua sendo um desafio, pois muitas vezes carece de um contexto de negócios”.
Danny Lopez, CEO da Glasswall comentou o assunto
Danny apontou que o risco real envolve explorações de dia zero e outras ameaças desconhecidas.
“Putin está jogando um jogo longo. A guerra é cara tanto em termos humanos quanto econômicos. Se virmos uma diminuição da situação no terreno, provavelmente veremos uma escalada da guerra cibernética”, disse ele ao Threatpost.
“Não há patches para [dia zero desconhecido] e eles causam estragos em poucas horas, enquanto os serviços de segurança e o setor de tecnologia tentam recuperar o atraso. Estes são extremamente perigosos para os governos, bem como para as empresas.”
“É um momento confuso que envolve duas nações que historicamente possuem e demonstraram habilidades muito boas nas áreas de segurança cibernética e cibercrime”, observou Purandar Das, cofundador e CEO da Sotero, por e-mail. “Países sob coação utilizaram e utilizarão ataques cibernéticos como forma de retaliar e contornar sanções. Os EUA sendo o rosto de tais sanções e um histórico de infraestrutura mal protegida o tornam um alvo tentador. Junte tudo isso e os avisos fazem muito sentido.”