A guerra comercial entre China e Estados Unidos ganha mais um capítulo. Após os embargos à Huawei, o governo chinês reagiu. E justamente em um ponto importante da segurança nacional. Assim, as Forças Armadas chinesas desistem do Windows e do Linux. Portanto, desta forma, a China quer fortalecer ainda mais sua rede de computadores com um sistema operacional personalizado que seria instalado em sistemas operados por forças militares.
Desconfiança é geral e Forças Armadas também desistem do Linux
O país desistiria do Windows e desenvolveria sua própria plataforma para bloquear possíveis ataques cibernéticos lançados por hackers ligados ao governo dos Estados Unidos. É o que informa uma reportagem do Epoch Times citando a revista Kanwa Asian Defense, baseada no Canadá.
Apesar do Linux normalmente teria sido a primeira escolha para uma potencial migração do Windows, os líderes chineses não confiam na plataforma de código aberto. A desconfiança em relação ao Linux ocorre apesar de já estar rodando em vários sistemas operados pelo Exército Popular de Libertação.
Como resultado, o que eles querem é um sistema operacional personalizado que seria desenvolvido localmente e que as autoridades chinesas teriam controle total, eliminando tecnicamente todos os riscos da espionagem cibernética.
De acordo com a fonte citada, o desenvolvimento do sistema operacional é de responsabilidade do recém-formado grupo de liderança da informação na Internet. Faz parte deste grupo o Exército Popular de Libertação e se reporta diretamente ao Comitê Central do Partido Comunista Chinês. Portanto, a luta é mais ampla e as Forças Armadas chinesas desistem do Windows e do Linux.
Luta da Microsoft na China
Enquanto um anúncio a esse respeito ainda não é oficial, a China desistir do Windows não é necessariamente uma surpresa. O país asiático quer evoluir do que considera ser um “gigante da rede” para uma “superpotência de rede” global. Portanto, a China quer cortar qualquer potencial elo com software desenvolvido por outros países.
Em 2014, especialistas em segurança da China traçaram planos para remover o Windows de todos os computadores do governo.
O Windows 8 foi proibido nos computadores operados por várias agências chinesas. Então, pessoas familiarizadas com o assunto descrevem o software de Redmond como uma ameaça potencial à segurança nacional. Isto porque a Microsoft poderia ser usada pelo governo norte-americano para espionar as autoridades de Pequim.
A Microsoft permaneceu de boca fechada sobre qualquer coisa relacionada aos planos da China de substituir o Windows em sistemas militares. Resta saber se as Forças Armadas chinesas terão êxito em se livrar do Windows e do Linux para adotar um sistema operacional próprio.