Google impede CEO de explicar por que o Chrome coleta dados pessoais no 'modo de navegação anônima'

Google impede CEO de explicar por que o Chrome coleta dados pessoais no 'modo de navegação anônima'
Google impede CEO de explicar por que o Chrome coleta dados pessoais no ‘modo de navegação anônima’

No último dia 11 de março, um juiz da Califórnia decidiu que o Google deveria enfrentar uma ação coletiva. Ele alegou que o gigante das buscas coleta secretamente dados de usuários… mesmo quando eles usam sistemas de navegação privada (como o ‘modo de navegação anônima’ do próprio Google Chrome). No entanto, ao que parece, o CEO do Google Sundar Pichai não terá de explicar por que o Chrome coleta dados pessoais no ‘modo de navegação anônima’.

Tudo começou em junho passado, quando três usuários entraram com um processo de US$ 5 bilhões, que o Google/Alphabet vinha tentando há meses para ser indeferido, até que a juíza Lucy Koh decidiu que a empresa:

falha ao notificar os usuários de que o Google está envolvido na suposta coleta de dados enquanto o usuário está no modo de navegação privada.

Sundar Pichai não terá de testemunhar

Nas últimas horas, soube-se que o CEO da empresa-mãe (Alphabet) foi dispensado por outro juiz de se sentar para testemunhar no tribunal neste caso.

A decisão deste segundo juiz alega que a ordem do magistrado original não levou em conta que Pichai não tinha “conhecimento pessoal direto” dos supostos problemas, nem abordou se os demandantes poderiam ter obtido as informações solicitadas sem necessariamente implicar o CEO da Alphabet.

Os queixosos esperavam que as respostas de Pichai ao seu questionamento pudessem tê-los ajudado a fundamentar suas acusações, pois alegam que os documentos internos do Google mostram que a empresa sabia que os usuários que navegavam no modo “incógnito” estavam entendendo mal a segurança de seus sites.

Durante os meses anteriores ao juiz Koh decidir iniciar o julgamento, o Google vinha tentando argumentar que “‘Incognito’ não significa invisível” e que eles avisaram o usuário que

[a mesma] atividade [pode ser visível para os sites que eles visitam […] como indicamos claramente toda vez que uma nova guia anônima é aberta.

José Castañeda, porta-voz do Google, afirmou que a empresa aprecia a decisão do juiz : “Refutamos veementemente as acusações neste caso e continuaremos nos defendendo resolutamente”.

No entanto, Lorraine Twohill, gerente de marketing do Google, terá que comparecer ao tribunal para ser questionada pelos advogados do demandante por no máximo 4 horas.

Google e os problemas com privacidade

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Acontece que Pichai já evitou no mês passado comparecer em outro tribunal que acusa o Google de espionar usuários de seu navegador Chrome, mesmo depois que os afetados indicaram sua recusa em compartilhar seus dados.

E o Google ainda tem que enfrentar processos no Arizona, Texas, Washington, Indiana e Washington DC. Os autores acusam a empresa de buscas de enganar os consumidores para que divulguem seus dados de localização para melhor personalizar os anúncios.

Via Genbeta

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