A onda do politicamente correto nunca foi tão forte dentro do mundo open source, especificamente em relação ao Kernel Linux, que vai adotar novas diretrizes em relação à linguagem empregada na descrição do código. O trabalho em defesa da chamada “terminologia inclusiva” é feito por desenvolvedores importantes do kernel. Serão, assim, implementadas mudanças nos requisitos de estilo da codificação.
Haverá, portanto, uma troca de termos. A esperança é substituir o código existente por palavras consideradas não inclusivas. A exceção que está sendo concedida é que a alteração da terminologia pode potencialmente quebrar a ABI do espaço do usuário, dadas as garantias de longa data do kernel em não quebrar essa interface.
Essas novas diretrizes para desenvolvedores de kernel Linux exigem inicialmente evitar palavras, incluindo “slave” e “black list”, para usar palavras como subordinate, replica, follower, performer, blocklist, ou denylist. Essas mudanças estão sendo trabalhadas quanto ao estilo de codificação do kernel Linux, pois a terminologia não inclusiva é considerada nociva.
A documentação de terminologia inclusiva que está sendo discutida atualmente pode ser encontrada através deste thread da lista de discussão do kernel.
Kernel Linux vai adotar linguagem politicamente correta
Hoje esse cenário politicamente correto domina em vários ambientes, sejam corporativos ou até mesmo em nosso dia a dia. Afinal, quem quer correr o risco de ser classificado como intolerante ou algo muito pior, mesmo que você a use para se referir a algum software. Por esse motivo, o Linux planeja usar terminologia inclusiva. No e-mail, Dan Williams propôs parar de usar palavras como “escravo”.
Em relação ao que eles propõem, temos alterações como:
- “Escravo” para as palavras em inglês de secundário, subordinado, réplica, respondedor, seguidor, proxy ou artista.
- “Lista negra” por “lista de bloqueio” ou “negação”.
A mudança seria olhar para o futuro, prestando a atenção no passado. A nova terminologia inclusiva seria incluída no novo código do kernel Linux, mas eles também pretendem alterar o que já foi criado. A menos que a alteração possa causar danos significativos. Na verdade esta é uma tendência desde a promulgação do código de conduta que prevê também punições por mau comportamento.